sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019. Mulher Negra


Por Mônica Aguiar

São vários fatores que me impulsiona a escrever uma retrospectiva no final de um ano. 
  •     Um belo conto.
  •     Conquistas alcançadas.
  •     Protagonismo.
  •     Marco histórico.
  •     Análises de conjuntura política e social.
Darei uma atenção especial nas divulgações das matérias mais acessadas e comentadas aqui no meu Blog Mulher Negra. 

Este ano  ficou bem difícil acompanhar  todas as informações, diante a velocidade dos acontecimentos.

No sentido amplo da divulgação, acessibilidade e visibilidade em 2019, cresceram muito as divulgações sobre o racismo, práticas racistas, injustiças sociais e violações dos diretos humanos pela imprensa escrita e televisiva de grande poder e circulação no Brasil, expondo dados, provocou debates e reflexões na sociedade com grande relevância.

Observo também que foram crescentes os acessos nos sites e páginas que tratam e retratam a realidade da mulher negra no mundo e no Brasil.  

Aumentou o interesse da população para assuntos específicos antes invisibilizados.

A atual posição de setores da comunicação permitiram desmascarar parcela da sociedade  que sempre praticaram racismo, a discriminações e preconceitos, sem o menor medo da exposições de imagem.

Nunca eram denunciados.

Considerando este novo “sentido político e social” também farei minha retrospectiva olhando diretamente para sociedade e pessoas :
  •       Comportamento e posições humana.
  •       Economia.
  •       Relações institucionais.
  •       Conjuntura sócio-racial.
  •       Interesses da sociedade e conquistas.

Sem cometer excessos , não vou apontar todos os acontecimentos publicado aqui no Blog ou na imprensa que falam das Mulheres e Mulheres negras. 
Esta retrospectiva narrará fatos ocorridos que retratem as lutas, conquistas e desafios das mulheres e das mulheres negras.

Observo que em 2019 milhares de pessoas demostraram com naturalidade falta de  ética e respeito humano .

Os pensamentos individuais, políticos, religiosos foram fomentados nas redes sociais de forma agressiva, em nome de uma moral e costumes inexistentes nas próprias famílias. 

Este grupo da população agressivo, racista e homofóbico elegeu o atual Presidente do Brasil.

Para cada um likes em publicações  racistas, machistas e homofóbicos que ferem diretamente os direitos individuais, expõem os números de pessoas existentes da autointitulada casta da direita racista no Brasil, bem como, o nível de entendimento deste setor sobre o significado de tolerância, alteridade política e pluralismo social. 

Estas likes vem mensurando os assumidamente racistas do Brasil.  

As pessoas deste grupo além do Presidente da república , elegeram a segunda maior bancada na Câmara Federal e muitos Senadores.  São os adeptos declarados a violência, ao racismo, a homofobia, ódio cibernético e totalmente contra os diretos humanos. Estão também nos municípios e estados em opção de legenda como parlamentares .

2019 é um ano que marca fatos relevantes neste “rearranjo social” de criminalização e descumprimento com a declaração universal dos diretos humanos:

Diante de tais fatos que vem ocorrendo no Brasil e no mundo, setores que nunca se manifestaram, passam a reforçar bandeiras das mulheres ativistas e feministas  que sonham por um mundo onde todas sejam dotados de direitos e não apenas deveres.
No Brasil 2019, iniciou o ciclo de um governo que já se colocava em campanha contra defesa dos direitos humanos, reafirmando o racismo, discriminações e violências em posts nas redes sociais como eu mencionei acima. 

Declarações, incitando o ódio e agressões para com pessoas contrárias a sua posição política, valores morais e convecções religiosas foram amplamente divulgadas.

O desrespeito aos preceitos do estado laico e da tolerância foram expostos :

No mesmo instante a economia desaba, a falta de propostas do setor econômico, os atropelos ministeriais, a reforma da previdência e administrativa proposta, as crises estruturais e de poderes, recolocam milhares de pessoas na miséria, desempregados e no subemprego, a maioria são mulheres negras e novos dados do arranjo familiar surgem.
As ações do Governo Bolsonaro colocam diversos setores em protesto na rua.
Não para reivindicar novas propostas, mas para tentar garantir a manutenção do que foi conquistado:
Surge várias ações institucionais que apontam para perda de direitos e mudanças das leis de defesa das mulheres. Acontece o desmantelamento dos ministérios das Mulheres e da Promoção da Igualdade racial  e  ataques com cancelamento de centenas de políticas públicas  historicamente desenvolvidas :
Ressurge matérias com chamadas que reforçam estereótipos sofridos por mulheres negras.
Várias ativistas de defesa dos direitos das mulheres negras cobram nas redes sociais atenção aos excessos cometidos quando o assunto são as mulheres negras, pautas e agendas do movimento negro.

Desejo todas e todos uma boa leitura e um feliz ano novo. 
Que em 2020 as  mulheres com responsabilidade na transformação social se 
tornem maioria das vereadoras e prefeitas no Brasil !
Que a defesa pela vida e cidadania  continue sendo o norte para todas ativistas e feministas .

Nenhum comentário:

MAIS LIDAS