Por Mônica Aguiar
Neste sábado, dia 22, falando sobre as reivindicações nos ministérios por partidos políticos o Presidente do Brasil ironizou “Não sei por que, ninguém pede (o ministério) da Damares.”
Em março o Presidente do Brasil
já havia dito que a Ministra da pasta da Mulher, Família e Direitos
Humanos em seu governo, é "uma ministra com importância não muito
grande".
O Presidente do Brasil também desqualificou
o papel do Ministério em umas de suas entrevistas, afirmando que a ministra Damares Alves está empenhada em desfazer os malfeitos de gestões anteriores, prezando por
respeito e responsabilidade com o brasileiro.
Neste sábado, dia 22, ao dar
entrevistas sobre as revindicações nos ministérios por partidos políticos
o Presidente ironizou “Não sei por que, ninguém pede (o ministério) da Damares”.
Em várias entrevistas o Presidente do Brasil vem demostrando descontentamento
com a atuação política de seus ministros. Em uma delas
chegou a declarar que a maioria de seus Ministros não tem habilidade política.
Várias contradições estão sendo notada na
atuação do Presidente do Brasil e seus Ministros.
Entre o que falam da prática, a
distância tem se tornado grande e frequente.
As contradições na concepção de governar entre Ministros e Presidente tem se tornado cada dia mais explícitas.
Neste cinco primeiros meses de governo, boa
parte de Ministros já conseguiram gerar várias polêmicas. A ministra Damares tem superado por fomentar polêmica fúteis a partir de seus valores pessoais. Já declarou ser a
favor do tão questionado projeto Escola sem Partido.
No dia Internacional da Mulher, ao
assinar convênios em conjunto com ministro da justiça, declarou que o Governo
do “seu presidente”, vai ensinar meninos a "levar flores" e a
"abrir porta do carro" para mulheres.
Atribuiu parte das agressões sofridas
pelas mulheres a supostas ideologias que, segundo ela, pregavam que as mulheres
são iguais aos homens.
Logo nos primeiros dias de governo soltou a
pérola de que vivemos em uma “nova era” em que “menino
veste azul e menina veste rosa”.
Obviamente, o que não faltaram foram
memes sobre o assunto, pois suas afirmações notadamente sempre estão precedidas
da falta de conteúdo politico e técnico.
De janeiro até hoje, 24 de junho, três Ministros e Dirigentes já abandonaram importantes pastas do Governo JB: Secretaria
de Governo, Ministério da Educação, Secretaria geral da presidência, presidência
dos Correios, presidente do BNDES.
No momento de compor seu
governo, o Presidente do Brasil não demostrou nenhuma vontade política em respeitar
minimamente a paridade na composição ministeriais estabelecidas no plano nacional
de políticas para mulheres, tratados, convenções e no Art. 5º da Constituição Brasileira
.
Ao ser questionado sobre a composição, afirmou que sua composição de ministérios é equilibrada, pois cada Ministra vale por dez homens.
Com tantas declarações calamitosas
por parte do dirigente maior do Brasil, somando com a falta de postura, substituição
do conceito da moralidade administrativa por valores morais comuns, parcela da sociedade
que o apoiou e votou, tem respondido com a mesma agressividade e moralidade do
que foi apresentado em sua plataforma de campanha.
Mesmo que não mensurado, observa-se um aumento de número de casos de violência doméstica,
homofobia, racismo e desrespeito aos princípios de diretos humanos com vítimas fatais. A maioria são mulheres.
E ainda observando a agenda e postura
do Ministério da Mulher, podemos afirmar que este Ministério com esta Ministra não dará resposta republicana contra o aumento de casos de violências acometidos
contra mulheres, negros e negras e homossexuais no Brasil .
Recentemente o Supremo Tribunal
Federal entendeu que a
pratica de homofobia e a transfobia enquadram-se no artigo 20 da Lei
7.716/1989, que criminaliza o racismo.
O
presidente do Brasil em um café da manhã com jornalistas, no dia (14), não
perdeu tempo em criticar o Supremo, afirmou que o Supremo estava totalmente
equivocados sobre a decisão tomada. Não deixou
de demostrar sua falta de conhecimento técnico e político durante sua entrevista (Café com Jornalistas), afirmando que o
Supremo esta“.... legislando e aprofundando a luta de
classes cada vez mais, não poderia ter esse tipo de penalidade.....”, finalizando a fala que a decisão do Supremo poderá prejudicar os homossexuais nas relações de trabalho, que é necessário no STF um
ministro evangélico.
A soma
de várias derrotas de Bolsonaro nestes primeiros meses de governo, são fruto de sua decisão equivocadas nas políticas
específicas implantadas em governos anteriores, historicamente reivindicadas pelos movimentos
de mulheres, negros e negras, LGBTQ+ e indígenas.
O maior
exemplo foi o resultado da votação na Câmara federal, a reforma administrativa proposta pelo Governo, a Fundação Nacional do Índio (FUNAI), que havia sido transferida
para o Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos, voltou para a alçada
do Ministério da Justiça e a demarcação de terras indígenas, que o governo
havia passado para o Ministério da Agricultura, voltou sob responsabilidade da
Funai.
Para
se tiver um ideia das polêmicas e tomada de decisões desastrosas, O governo federal congelou todo o Orçamento previsto
neste ano para políticas em áreas sensíveis.
O Ministério da Mulher, Família e
Direitos Humanos perdeu toda a verba destinada à publicidade de programas de
utilidade pública, de R$ 475 mil. A pasta também ficou sem 45,9% da verba para
implantação do Memorial da Anistia Política no Brasil. Também foi totalmente congelado o valor
previsto (R$ 4,4 milhões) pelo Ministério da Justiça para prevenção de uso de
drogas.
Já o Ministério da Agricultura perdeu toda a verba calculada para
assistência técnica para agricultura familiar (R$ 8 milhões) e para a reforma
agrária (R$ 19,7 milhões) ( Este é parte do estudo da Associação Contas Abertas, feito a pedido
do jornal O Estado de São Paulo, mostra que cerca de 140 projetos de 11
ministérios estão com 100% de seus recursos bloqueados, a maioria deles na área
de infraestrutura ).
Fontes : Isto É/Valor / Último
Segundo/OGlobo/NotíciasUOL/G1/Brasil e Fato
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