Por Mônica Aguiar
Nas linhas que marcam
as páginas das nossas vidas, as variantes ocultas alicerçam assimetrias da dominação.
Da intocável casta patrimonialistas protetora da supremacia branca, surge a catequização segregadora entre o bem e mal, o belo e feio, o inferno e céu com as perspectivas esteada nas intratáveis concepções, patriarcais, morais e religiosas.
Objetivos compartidos através de espaços
institucionais. Obediência, subserviência, sem o direito de encontrar seu papel
na sociedade.
Alimentam as estruturas da educação com pejorativos de
inferioridade que moldam as múltiplas manifestações de racismo, violências e auto
responsabilização.
Ajustam e moldam suas ações na política para dominar os propósitos
de emancipações econômicas, educacionais reprimindo qualquer projeto verdadeiramente
de igualdade.
Estabelecem regras androcentristas que passam ser vistas sugestivamente
como culturais. Utilizam de práticas mágicas mantendo interferência direta nas
decisões pessoais, na vida sexual e reprodutiva das mulheres. Dos corpos á sexualidade,
racionalidade e sentimentos.
Revelam-se, sem o menor constrangimento, todos os níveis de
desumanização, preconceitos, discriminações, intolerância e violências.
A assertiva delatada repetida vezes por participantes dos
movimentos de mulheres feministas negras, sobre genocídios, desigualdades
sociorracial, sempre apontaram para a supremacia branca existente e sobre as
implicações das assimetrias do racismo nas relações raciais no Brasil.
Um mito de democracia racial institucionalizado,
provavelmente, um dos mais poderosos
mecanismos ideológicos de dominação já produzidos no mundo.
Regam os canteiros com migalhas, criam uma satisfação em
comum de bem estar, um apartheid invisível
aos olhos da sociedade e concreta aos anseios
humanos.
Em alertas restabelecem novas bases com conceitos e ações que
interferem diretamente nas agendas e concepções emancipatórias do feminismo. Reajustam
as roupas moldando as silhuetas.
Estão em maioria nos espaços de poderes, com isto, as
possibilidades são infinitas para criar jogos abstraídos das concepções ideológicas
e teorias masculinas, para este imenso tabuleiro.
Na busca do amor, paz, bem viver, pela vida sigamos com
independência e liberdade para construir novos caminhos livres do racismo e do patriarcado.