sexta-feira, 8 de março de 2024

COMO NÃO SOFRER? 8 DE MARÇO

Por Mônica Aguiar

É complexo perceber as contradições e variantes  existentes entre as relações dos seres humanos. Contudo, falas e práticas se unem em busca do amor, da paz , do bem viver e por vida.

Nas  linhas que marcam as páginas das nossas vidas, as variantes ocultas alicerçam assimetrias da dominação.  

Da  intocável casta patrimonialistas protetora da supremacia branca, surge a catequização segregadora entre o bem e mal, o belo e feio, o inferno e céu com  as perspectivas esteada nas intratáveis concepções, patriarcais, morais e religiosas.  

Objetivos compartidos através de espaços institucionais. Obediência, subserviência, sem o direito de encontrar seu papel na sociedade.

Alimentam as estruturas da educação com pejorativos de inferioridade que moldam as múltiplas manifestações de racismo, violências e auto responsabilização.

Ajustam e moldam suas ações na política para dominar os propósitos de emancipações econômicas, educacionais reprimindo qualquer projeto verdadeiramente de igualdade.

Estabelecem regras androcentristas que passam ser vistas sugestivamente como culturais. Utilizam de práticas mágicas mantendo interferência direta nas decisões pessoais, na vida sexual e reprodutiva das mulheres. Dos corpos á sexualidade, racionalidade e sentimentos.

Revelam-se, sem o menor constrangimento, todos os níveis de desumanização, preconceitos, discriminações, intolerância e violências.

A assertiva delatada repetida vezes por participantes dos movimentos de mulheres feministas negras, sobre genocídios, desigualdades sociorracial, sempre apontaram para a supremacia branca existente e sobre as implicações das assimetrias do racismo nas relações raciais no Brasil.

Um mito de democracia racial institucionalizado, provavelmente,  um dos mais poderosos mecanismos ideológicos de dominação já produzidos no mundo.

Regam os canteiros com migalhas, criam uma satisfação em comum de bem estar,  um apartheid invisível aos olhos da sociedade e  concreta aos anseios humanos.

Em alertas restabelecem novas bases com conceitos e ações que interferem diretamente nas agendas e concepções emancipatórias do feminismo. Reajustam as roupas moldando as silhuetas.  

Estão em maioria nos espaços de poderes, com isto, as possibilidades são infinitas para criar jogos abstraídos das concepções ideológicas e teorias masculinas, para este imenso tabuleiro.

Na busca do amor, paz, bem viver, pela vida sigamos com independência e liberdade para construir novos caminhos livres do racismo e do patriarcado.


Um comentário:

Tsars disse...

Brilho radiante em sua postagem! Esclarecedor, bem articulado e um prazer de ler. Obrigado por compartilhar sua valiosa perspectiva.

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