quarta-feira, 31 de julho de 2019

Mulheres negras fecham mês de julho marchando por direitos


Por Mônica Aguiar 

 Marchas de Mulheres Negras aconteceram no Brasil, 
Marcando o 25 de Julho 

 As Marchas vieram com  pautas históricas, fazendo duras criticas ao atual Governo, no mês que marca luta das Mulheres Negras em especial o dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Afro-Latina, Americana e Caribenha e também Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

São Paulo 
No Brasil as mulheres negras são mais de 55,6 milhões de habitantes e ouve um  aumento do número de famílias chefiadas por mulheres proporcionando gradativa reconfiguração e rearranjos familiares no Brasil.

Os altos índices de desigualdades socioeconômicas estão concentrada nas famílias  chefiadas por mulheres negras, que chegam a  41,1%  .  Cabe ressaltar que as famílias chefiadas por mulheres não são exclusivamente aquelas nas quais não há a presença masculina: em 34% delas, existe a presença de um cônjuge. 

Conforme a pesquisa A distância que nos une – Um retrato das Desigualdades Brasileiras” da ONG britânica Oxfam, dedicada a combater a pobreza e promover a justiça social,  apenas em 2089, daqui a pelo menos 72 anos, brancos e negros terão uma renda equivalente no Brasil. 

As Marchas ocorreram em vários Estado do Brasil marcando mes de julho com concentração desde dia (20), muitas atividades seguem com programações  e agendas específicas até final de agosto.  

Os estados com maior concentração de pessoas foram  :  Santa Catarina, Espirito Santo ,
Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Para, Manaus, Bahia, Paraíba. Reuniram milhares de mulheres negras .

Apesar das diferenças socioeconômicas regionais existente, reivindicações históricas se unificam em todo Brasil : fim do feminicídio em especial com as mulheres negras, fim do racismo e sexismo na mídia, genocídio, o acesso à saúde de qualidade, fim da  mortalidade materna e violência obstétrica,  fim da violência contra religiões de matrizes africanas e LGBTfobia.

As manifestações também fizeram criticas contra os cortes na educação, reforma da previdência e o pacote de segurança pública do Ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Em Belém  a Marcha teve como  tema central "Mães negras amazônidas em luta contra o genocídio do povo negro".

Na Paraíba o  Movimento de Mulheres Negras realizou um cortejo em João Pessoa, com o  lema ‘Mulheres Negras em Movimento pela Democracia e o Bem Viver’. Contra o racismo, o sexismo, o alto índice de homicídios e outras formas de opressão ainda vivenciadas pela mulher. 

A professora Solange Rocha destacou como principais demandas, as políticas públicas especificas de enfrentamento às desigualdades sociais e ao neoliberalismo, ao racismo e o machismo. “ Para que possamos construir um sociedade equânime”.

Em Salvador, a  marcha teve o intuito de ressaltar a importância da população negra da região Nordeste contra o fascismo e o retrocesso de direitos, destacando a vanguarda da região nas lutas por liberdade, contra o racismo, o patriarcado, a democracia plurirracial e pelo Bem Viver com o tema “Por uma Bahia livre do racismo”.




No Rio de Janeiro a Marcha aconteceu neste domingo(28), com o tema "Mulheres Negras resistem: em movimento por direitos, contra o racismo, o sexismo e outras formas de violência".

A marcha contou com a participação de movimentos de mulheres negras de vários municípios e regiões fluminenses. 
“A marcha insere a luta das mulheres negras num novo patamar, que vem se somar às outras pautas, como a do enfrentamento ao racismo patriarcal, às violências e preconceito”, explicou na  entrevista à coluna Geledés Nilza Iraci, comunicadora social e coordenadora de comunicação do Geledés – Instituto da Mulher Negra.
Queremos um país sem violência, sem racismo, sem discriminação e sem fome; 
e com dignidade, educação de qualidade, trabalho e emprego, 
aposentadoria e saúde, para todas!”



terça-feira, 30 de julho de 2019

Ministra da Mulher no Brasil declarou que meninas são abusadas por não usar calcinhas


por Mônica Aguiar 

A Ministra da Mulher, direitos Humanos e da Família Damares Alves, promove mais uma vez indignação na sociedade brasileira  ao culpar meninas de provocar o estupro e violência sexual por não usar calcinhas, sugerindo  como política de estado para combater a prostituição infantil doações de roupas íntimas e construção de fábrica de calcinhas na ilha de Marajó.  

O fato ocorreu  dia (24),  em Brasília(DF),  no  programa Abrace o Marajó.

“Se a mulher permanece com o agressor porque depende dele financeiramente, vamos trazer oportunidade a elas no emprego ou no empreendedorismo.
Se as crianças são trocadas por alimentos ou óleos diesel que movimentam os barcos, vamos atacar o crime, conscientizar,  mas também trazer as empresas que promovam a renda dessas famílias” declarou a ministra.

Tudo isto indica uma falta de competência técnica da Ministra Damares. 

Já se passaram seis meses de gestão do criado  Ministério das Mulheres, Direitos Humanos e Família e até o presente momento não foi demostrado porque Damares Alves é Ministra, nem muito menos, para o que este Ministério serve. 
Suas declarações despropositadas, vem demostrando uma falta de conhecimento em  gestão de política públicas para mulheres. 
Suas propostas sempre polêmicas, estão distantes das ações e leis de enfrentamento a exploração e violência sexual de meninas e adolescentes no Brasil.

Com tal afirmação, ignora o Plano Nacional de Enfrentamento da Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes, aprovado pelo Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), em julho de 2000. 
Um marco nos  10 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente, revisado em 2018 por várias entidades, Governo Federal e Comitê Nacional de Enfretamento à Violência Sexual contra Crianças e Adolescentes (Cnevsca).

Desde a adoção do Plano, foram registradas conquistas significativas como a instituição do Comitê Nacional de Enfrentamento à Violência Sexual de Crianças e Adolescentes e da Comissão Intersetorial do governo federal; o fortalecimento das redes locais/estaduais; a realização de campanhas de sensibilização permanentes e periódicas e a adesão de um número crescente de organizações públicas e privadas ao enfrentamento da violência sexual. 

A Ministra parece não conhecer os dados disponíveis da sua gestão no país.

Dados dos serviços Disque 100 apontam que, apenas em 2017, foram recebidas por telefone mais de 20 mil denúncias de abusos sexual em todo o País. 
Somente  no ano passado, foram registradas um total de 17.093 denúncias de violência sexual contra menores de idade. A maior parte delas é de abuso sexual (13.418 casos), mas há denúncias também de exploração sexual (3.675). 
Só nos primeiros meses deste ano, o governo federal registrou 4,7 mil novas denúncias.

O abuso sexual acontece quando a criança ou adolescente é usado para satisfação sexual de uma pessoa,  a exploração sexual envolve uma relação de mercantilização, em que o sexo é fruto de uma troca, seja financeira, de favores ou presentes.

Existe um abismo econômico na região citada pela Ministra.  

A região tem baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, seus habitantes convivem com o problema alarmante da exploração sexual que atinge diretamente crianças inocentes que tem que trabalhar para ajudar no sustento ou na complementação de renda da família.

Combater a esse tipo de crime é uma obrigação dos governantes, do Estado ! 

A Ministra propõe com isto,  substituir o protocolo para atendimento às vítimas, que já tem carências de equipamentos do poder público por construção de fábrica de calcinhas.
Abandono e substituição da responsabilidade do Estado pela iniciativa privada. Com certeza a mão de obra será a mais barata.  

Várias manifestações de repúdio estão acontecendo 

O primeiro a repudiar a declaração da ministra foi o procurador-geral de Justiça do Pará, Gilberto Martins, em nota divulgada na sexta-feira (26). 
Para o procurador, “a infeliz manifestação reforça a ‘cultura do estupro’, ainda observada em nossa sociedade, que tende a culpabilizar as vítimas pela violência sexual sofrida, neste caso, sustentando a ausência de vestuário íntimo como justificativa à prática dos atos ofensivos pelos agressores”.

Cantora Fafá de Belém 
A cantora Fafá de Belém que é paraense, postou um vídeo no dia (27), fazendo criticas contra a posição da ministra Damares Alves, em suas declarações relacionando o estupro de meninas na Ilha de Marajó, no Pará, à falta do uso de calcinhas. Ela disse que iria dedicar seu sábado ao repúdio às declarações da ministra.
 "Não é uma fábrica de calcinhas, ministra, que vai resolver o problema das meninas. É uma política séria, social, 
de amparo às essas meninas e a suas famílias. O dia inteiro será dedicado a essas meninas que precisam de proteção e não de fábrica de calcinhas". 
Afirmou Fafá de Belém

A cantora ainda compartilhou uma nota de repúdio publicada pelo Ministério Público do estado.
"Não é a primeira vez que a Ministra fala algo infeliz, mas desta vez passou dos limites".

O deputado federal  Alexandre Frota, base aliada  do atual governo,  fez criticas duras a declaração proferida pela ministra Damares Alves.
“Eu já ouvi muita coisa nessa vida mas a Ministra Damares superou tudo. Na Ilha do Marajó casos absurdos de estupro vem acontecendo e a Ministra foi até lá mas não criou uma força tarefa com justiça e Polícia , ela disse que precisaria construir na ilha uma fábrica de calcinhas”, tuitou Frota.

Centenas de  entidades estão manifestando nas redes sociais  contrarias a fala da Ministra da Mulher.  
Uma Carta Aberta de Entidades da Sociedade Civil Organizada foi produzida pelos movimentos sociais : -   Movimento de mulheres negras da floresta ,Espaço Feminista Uri Hi e Coletivo Lélia Gonzalez.

Carta de Repúdio - Carta Aberta de Entidades da Sociedade Civil Organizada

As entidades da sociedade civil organizada se manifestaram em  repúdio à declaração da Ministra Damares Alves sobre a exploração e o abuso sexual de mulheres e meninas da Ilha do Marajó.
Em vídeo divulgado em 24 de julho de 2019, a Ministra de Estado do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Senhora Damares Alves expressa que a exploração e o abuso sexual de mulheres e meninas da Ilha do Marajó ocorrem porque elas supostamente não usam calcinha: "elas são exploradas porque não têm calcinha, não usam calcinha, são muito pobres".
Esse posicionamento indica a falta de embasamento técnico do Ministério e de sua Ministra para tratar da temática da violência contra mulheres e meninas, reflete uma visão preconceituosa diante das populações amazônidas, reforça a “cultura do estupro” e demonstra ignorância diante das reais causas da violência contra mulheres e meninas. Esta é multicausal, multidimensional, multifacetada e tem caráter crônico na sociedade  brasileira, uma vez que está relacionada ao machismo estrutural e à opressão a que estão submetidas as mulheres de várias grupos etários.
É inadmissível que uma Ministra de Estado, que deveria ser responsável por promover políticas públicas para a redução das iniquidades de gênero e para o enfrentamento à violência contra as mulheres e crianças, reproduza falas que culpabilizam as vítimas e atribuam a elas a coautoria dos crimes. Entendemos ser necessária uma retratação pública, assim como o efetivo cumprimento da legislação nacional e dos tratados e acordos de que o país é signatário, a fim de proteger e promover os direitos humanos de todas as mulheres da Amazônia e do Brasil.

segunda-feira, 29 de julho de 2019

Ruth de Souza parte no mês de luta das Mulheres Negras


Por Mônica Aguiar 

Ruth de Souza deixa heranças de luta para todas as mulheres, foi a primeira brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema.

Primeira mulher negra a atuar no Teatro Municipal do Rio, atriz de carreira prolífica morreu aos 98 anos ontem 28 de julho, três dias após o dia 25 de julho.Dia que marca a luta das mulheres negras.

Ruth de Souza deixa uma historia construída com luta no combate ao racismo, discriminação e preconceito que as mulheres negras sofrem cotidianamente.

Ícone de várias gerações de atores,  deixa legado na dramaturgia e pioneirismo construído no teatro, cinema e TV brasileira ao longo de sua carreira.
Foi a primeira atriz negra a se apresentar no Theatro Municipal do Rio, a  primeira brasileira indicada a um prêmio internacional de cinema – no Festival de Veneza de 1954.

Ruth de Souza Pinto nasceu em 12 de maio de 1921, no bairro do Engenho de Dentro, na Zona Norte do Rio de Janeiro.

Atuou no Teatro Experimental do Negro, grupo fundado por Abdias Nascimento e Agnaldo Camargo.

Enfrentou as barreiras do racismo, do machismo e conseguiu atuar no Theatro Municipal, que até então somente atrizes brancas haviam se apresentado, ajudando abrir as portas para artistas negras no Brasil.

Ruth de Souza foi contratada para atuar na novela "Passo dos ventos", onde interpretou a Mãe de Santo Tuiá, uma mulher sábia cujos antepassados eram escravos, no Haiti.  Em um momento de muita intolerância religiosa com o povo de religião de matrizes africanas no Brasil. 

Como uma das pioneiras da TV brasileira, a atriz participou de programas de variedades e musicais no início das transmissões. Novelas, seriados, filmes todos se marcam pela atuação desta guerreira. Clássico "O assalto ao trem pagador" (1962), de Roberto Farias, e "As filhas do vento", de Joel Zito Araujo, com o qual foi premiada no Festival de Gramado de 2004.

Ruth foi homenageada no carnaval deste ano, pela escola de samba Acadêmicos de Santa Cruz durante desfile da Série A.

Ruth de Souza parte

 em julho, mês que marca

 a luta das mulheres 

negras.  


A atriz revelação lutou contra o racismo sofrido pelas mulheres negras e suas mazelas  existente com as desigualdades econômicas, invisibilidade na história social  e dores.

Ruth rompeu com modelo europeu ocidental de teatro, construiu questionamentos e reivindicações contra o racismo e suas consequências nas questões objetivas e subjetivas dos negros e negros.

Sua simples presença e atuação sempre tiveram traços políticos por ocupar um espaço destinado a brancos.

Ruth de Souza símbolo de resistência, voz das mulheres negras na linguagem e olhar poéticos. Deusa do Teatro transformou sua atuação em um proposito de vida.

Atriz revelação trouxe à tona falsetas do racismo ao denunciar por inúmeras vezes sua luta por bons papeis ao longo de seus mais de 70 anos de atuação.

Lutou e dialogou com a sociedade a valorização social do negro e da cultura afro-brasileira por meio da educação e arte.

Dispôs-se com Abdias Nascimento delinear um novo estilo dramatúrgico, com uma estética própria, não uma mera recriação do que se produzia em outros países. Defesa da “Verdade cultural do Brasil”.  

Influenciou a busca por libertação  dos povos afro-americanos, a visibilidade da mulher negra e a luta para romper o silêncio.

A diva Ruth Souza diante tantos desafios e silêncio existes desta forma de violência racial, denunciou estereótipos e o direcionamento dos atores/atrizes negros/as a papéis secundários e pejorativos.

Ensinou além das artistas negras, milhares de mulheres negras a entender e enfrentar  o racismo, o sexismo e todas as formas de opressão sofrida pelas mulheres negras, sendo protagonistas nas telas e teatros, construindo uma  trajetória para marcar  e exercer a  liderança sobre sua própria vida nas comunidades, espaços políticos e de poder .

_______________

O corpo da atriz Ruth de Souza começou a ser velado às 8h desta segunda-feira (29) no Theatro Municipal, no Centro do Rio.
A cerimônia de despedida será fechada para os familiares até as 10h, quando o espaço será aberto ao público, até as 12h. 
O Crematório e Cemitério da Penitência informou que o sepultamento da atriz acontecerá às 16h30 no local, em cerimônia reservada à família e amigos próximos.



quinta-feira, 25 de julho de 2019

MULHER NEGRA


25 de julho Dia de Luta das Mulheres Negras

O dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Afro-Latina, Americana e Caribenha e também Dia Nacional de Tereza de 
Benguela e da Mulher Negra. 

 Em 1992, na cidade de Santo Domingo, na República Dominicana no Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, criou-se a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas, onde definiu-se o dia 25 de julho como Dia da Mulher Afro-latino-americana e Caribenha. 
No Brasil, foi oficializada a data em 2014, pela ex. presidenta Dilma Rousseff . 
Lei nº 12.987determinando o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
A data no Brasil faz menção Tereza de Benguela,  mulher quilombola, rainha e chefe de estado, que viveu no século XVIII no Vale do Guaporé. Liderou o Quilombo de Quariterê, no estado do Mato Grosso, que resistiu da década de 1730 até o final do século.


(Zélia Lucia - Juiz de Fora/MG)

Hoje dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana Caribenha "Cirene Candanda" em Juiz de Fora. Não temos o que comemorar, mas agradecer todas as mulheres negras que continuam imbatíveis na luta por seus direitos. "Ninguém solta a mão de ninguém", unidas vamos vencer todo este processo de desconstrução de nossa unidade. Mulheres negras vamos permanecer unidas e avançar nas nossas conquistas. Um dia de luta com a bênção de nossos  ancestrais.






 ( Byany Sanches -  REDE Amazőnia Negra - Pará)
Mulheres Negras afroamazônicas, na luta pela garantia de Direitos, pelo Direito à Vida e a preservação da Amazônia.  





                                                         (Sheila Botelho - BH/MG)
                            Resistência e Luta! Empoderamento e Poder!  








(Sandra Munhões 
- BA/MG) 
VIVA TEREZA DE BENGUELA!








                                                  (Rosemary Baeta -BH/MG) 

A Resistência   ainda continuar sendo a nossa forma de luta, sobrevivência e empoderamento! 




 (Patrícia Santos- SP)
Parabéns a todas as mulheres negras que compõem este grupo que tenho orgulho de participar. Hoje é nosso dia, 25 de julho Dia da Mulher Negra Latina Americana e Caribenha. Somos belas somos fortes e somos superpoderosas. 💋💋💋beijos afros




( Benne, Guatemala) 
Feliz día para conmemorar la resistencia de la mujer Garífuna, Afrodescendiente,  Afrolatina y de la Diáspora.





(Conceição Leal - Uberlândia/MG Parabéns à todas mulheres negras, neste dia especial de luta e resistência,
 DIA 25 DE JULHO DIA INTERNACIONAL, LATINO AMERICANO, CARIBENHO E MUNICIPAL DA MULHER NEGRA. 


                                              (Lina Efigênia da Ósún- SP)

Somos mulheres inteiras,  e, dentre nós até há as flecheiras, certeiras.
Somos mulheres de levantes, de revoltas, de rompantes; mas dispensamos as escoltas.
Mulheres soltas, é o que importa.
Livres para ser, livres para fazer, e sempre a acontecer. 
Somos assim, verdadeiras, com uma vida inteira, de pelejas, lutas, rasteiras, tombos que não nos farão esmorecer.
Levantamos.
Os nossos ombros pesam, pois sobre eles carregamos o peso da nossa Ancestralidade.
E só a nós cabe remover cada pedra, derrubar cada obstáculo, para um futuro melhor e um legado de paz. A mulher negra traz, faz, e assim segue: sempre convicta e altiva.  A todas nós, um viva!





(Mônica Aguiar - BH/MG) Toda nossa luta é cotidiana. 
Mas neste dia, marcamos todos os dias, de todos os anos de
sobrevivência. 








                                                      
(Regina Coeli - RJ/ Cabo Frio) Venho parabenizar nós mulheres negras q com força coragem e determinação sabemos driblar os preconceitos e todas as discriminações correlatas q o Estado de direito nos impõe.  Parabéns pela nossa ancestralidade q com sapiciencia nos deu empoderamento e saberes para q hj podemos usá- los com maestria.  Vamos permanecer de mãos dadas assim teremos mais forças e o campo magnético de nossas espiritualidade nos trás novos saberes. Para bens para todas mulheres negras.






(Denise Pereira Castro - MG) Parabéns a todas Mulheres negras pela garra, coragem, força, determinação onde o preconceito e discriminação  é nossa luta diária. Somos Mulheres soltas, livres. Vamos ocupar nossos espaços que nos é negado. Vamos a luta guerreiras .



(Mariana Ramos -RJ)Não nascemos para sofrer, mas caso queiram nos subestimar, será uma vez para nunca mais, pois somos descendentes de rainhas e guerreiras astutas e magníficas 💪











(Janira Sodré - Goiania /Goiás) Somos potência de vida e força transformadora. Mulheres negras em movimentos de libertação.





Terezinha - Viçosa /  MG 
Resistência sempre !

segunda-feira, 22 de julho de 2019

Chega a 12 ª Edição do Festival Latinidades , com Reintegração de Posse


 Por Mônica Aguiar 

Será nesta  terça-feira (23), a abertura do 12ª edição do Festival latinidades, o evento acontecerá no Centro Cultural São Paulo.

O Festival criado em 2008,  se consolidou como o maior festival de mulheres negras da América Latina  e ao mesmo tempo denuncia o racismo e machismo e as condições a que são submetidas no continente africano e na diáspora.

A programação – entre show, feiras e debates – tem como objetivo fortalecer a identidade, a formação política e técnica, o empreendedorismo e estimulando a produção artística, cultural e intelectual de mulheres negras. O festival ocorre até o dia 27, semana que  marca o dia luta das mulheres negras Latino Americana e Caribenha.

Na reportagem do  EBC  a  coordenadora-geral do evento, Jaqueline Fernandes, destaca que, após mais de uma década de festival, ele se firma como “uma plataforma para produção de conhecimento científico, artístico, intelectual e de saberes diversos de mulheres negras”. Ela relembra que, quando o festival surgiu, a data de 25 de julho não tinha visibilidade no país e havia uma produção artística de mulheres negras sem meios de circulação. “A gente queria criar esse espaço.”

A edição deste ano traz o tema Reintegração de Posse. “Esse tema nasce em conversas com Erica Malunguinho, que é essa grande artista e intelectual negra, que hoje é deputada [em São Paulo]. A reflexão que trazemos é que nós mulheres negras somos produtoras de conhecimento, de riqueza. Ao mesmo tempo, nós somos as mais impactadas pelo racismo e o usufruto dessa riqueza é negado”, destacou Jaqueline. O tema reflete sobre a contribuição da população negra nas ciências, na tecnologia, nas artes, na política e em diferentes campos do conhecimento.

Neste ano 2019, o festival pretende reunir representantes de Moçambique, Guiné Bissau, Angola, Camarões, da Jamaica, República Dominicana, Argentina, dos Estados Unidos, além do Brasil.

O evento será aberto pelo bloco Ilú Obá De Min, formado apenas por mulheres. Elas fazem uma intervenção cultural baseada na preservação do patrimônio imaterial. “O bloco baseia seu repertório em cantos e danças das culturas populares, além de composições próprias, realizando uma ópera de rua comandada pela força dos tambores”, diz o texto de apresentação do grupo.

Na programação observamos uma grande concentração das atividades exatamente no período  que estabelece  o Dia da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha desde de 1992, quando foi realizado o I Encontro de Mulheres Negras da América Latina e Caribe, na República Dominicana. No Brasil, no dia 02 de junho de 2014, foi sancionada a Lei que institui o Dia da Mulher Negra, em homenagem à grande líder quilombola Tereza Bengela –  fruto de intensa mobilização, na qual o projeto Latinidades teve grande participação.

Nas  mesas de debates estão previstas  intelectuais, pesquisadoras, ativistas, escritoras e produtoras culturais. Os temas traz reflexões sobre literatura, moda, economia, colonialidade, ativismo negro, Ancestralidades como pertencimento, resistência dentre outras.

O encerramento acontecerá no dia 27, na Casa Natura Musical com desfiles e shows de A.M Strings (EUA) e participação Laylah Arruda (Feminine Hifi), ZAV (Moçambique) e, do Brasil, Bia Ferreira e Doralyce, com o lançamento do show Preta Leveza. 

Em doze anos o projeto Latinidades negras atingiu mais de 300.000 pessoas como público direto, realizou mais de 200 formativas, mais de 200 apresentações artísticas, quatro publicações, oito milhões de valoração de mídia (sendo a maior parte mídia espontânea).



Todas as atividades precisam de pré-inscrição pelo site

Apenas o encerramento é pago e o ingresso pode ser adquirido no
 site da casa de shows

Fontes: EBC/Mundo Negro/Portal Africas/Agência de notícias das Favelas/Celulapop

MAIS LIDAS