quarta-feira, 29 de junho de 2011

Mercosul segue mobilizado para a 100ª Conferência Internacional do Trabalho


Em maio, as lideranças das organizações de trabalhadoras domésticas do Brasil, Uruguai, Paraguai e Chile participaram do projeto "Trabalho Doméstico no Mercosul: conhecendo os direitos para defendê-los". A iniciativa foi promovida pela Articulação Feminista do Mercosul e contou com o apoio da ONU Mulheres, por meio do Programa Regional Gênero, Raça, Etnia e Pobreza. Foram realizadas três de oficinas nacionais que tiveram o objetivo de preparar as trabalhadoras para integrar as delegações dos países do Mercosul na 100ª Conferência Internacional do Trabalho da OIT, que acontece de 1º a 17 de junho de 2011, em Genebra.
As oficinas abordaram questões como direitos das mulheres, marcos internacionais para a promoção da igualdade de gênero, raça e etnia e os regimes jurídicos da profissão na América Latina. "Esta é uma articulação estratégica tanto no sentido de garantir a participação das trabalhadoras na Conferência quanto para fortalecer a aliança entre as organizações para promover direitos para essas mulheres", disse Verônica Ferreira do SOS Corpo, organização brasileira que integra a Articulação Feminista do Mercosul.
O trabalho doméstico é a ocupação mais importante para as mulheres da América Latina. Dados da OIT (Organização Internacional do Trabalho) revelam que a profissão abriga 14% das mulheres economicamente ativas na região. Em média, menos de um terço das trabalhadoras domésticas latino-americanas possuem benefícios de seguridade social.

Fonte : generoraçaetnia

terça-feira, 28 de junho de 2011

IV Seminário Afro-Alagoano: “Igualdade Racial é Para Valer?”

por Arisia Barros

Em nossa concepção o “Ìgbà- IV Seminário Afro-Alagoano: “Igualdade Racial é Para Valer?”que acontece nos dias 07 e 08 de julho, é feito de partilhas, uma construção de parcerias institucionais e voluntárias, um palco montado para trocas e possibilidade de experiências diversas e outros diálogos.
O “Ìgbà” traz a vontade de conquistar espaços e celebrar liberdades, com a proximidade do conhecimento como exercício de poder.
O “Ìgbà- IV Seminário Afro-Alagoano: “Igualdade Racial é Para Valer?”chega repleto de memórias de uma história. A história de Abdias Nascimento que foi marco para o povo de pele preta que fomos e o que hoje somos.
Abdias foi plural porque percebia a igualdade racial como processo de muitas mãos/coletivo.
E como parceria é a marca das ações do Projeto Raízes de Áfricas e considerando a importância da homenagem,ato interreligioso,que será prestada ao dramaturgo, poeta, e acima de tudo um dos maiores símbolos da luta pela igualdade racial , indicado ao prêmio Nobel da Paz/2010,Abdias Nascimento, dia 07 de julho- Dia Nacional da Luta Contra o Racismo- no alto da Serra da Barriga/Alagoas,como parte integrante da programação do “Ìgbà- IV Seminário Afro-Alagoano: “Igualdade Racial é Para Valer?".
O “Ìgbà- IV Seminário Afro-Alagoano: “Igualdade Racial é Para Valer?"acontece nos 07 e 08 de julho, queremos convidá-l@ para II reunião preparatória do referido Seminário que acontece dia 01 de julho, às 09 horas, no Auditório da FAPEAL. Rua Melo Moraes, 354/Centro.
Apareça. Traga suas idéias para colecionarmos descobertas.
Convite feito. Sua presença é necessária.
Dia 01 de julho, às 09 horas, no Auditório da FAPEAL. Rua Melo Moraes, 354/Centro.


Fonte : Grupo discriminaçãoracial

Dados mostram barreiras contra mulheres negras

O mercado de trabalho brasileiro continua discriminando mulheres, negros e jovens. A jornalista Miriam Leitão aponta que, apesar de a taxa de desemprego ter chegado a 6,4%, a menor para o mês de maio desde 2002, não há o que comemorar se levada em conta a desigualdade de oportunidades no mercado brasileiro.
"Enquanto a desocupação está em 6,8% entre as mulheres brancas, por exemplo, acima da média geral e da taxa registrada entre os homens com essa mesma cor de pele (4,2%), ela salta para 9,5% entre as mulheres pretas ou negras, segundo os dados do IBGE."
"Mas esses números podem ser ainda mais cruéis, quando olhamos para o desemprego entre as jovens negras de 18 a 24 anos de idade: subiu para 20% em maio - em abril, estava em 19,6%, mais do que o triplo da taxa média atual. No caso das mulheres brancas com a mesma faixa etária, está em 12,6%. Como se vê, as jovens negras têm bastante dificuldade para encontrar uma vaga de trabalho."
"O desemprego, como sempre, continua baixo entre os homens (4,9%) e mais alto entre as brasileiras (8%). Mais elevado também entre os que estudaram mais, por incrível que pareça."
"E apesar de muitos empresários reclamarem da falta de mão de obra no Brasil, os números que mostram a desocupação entre os jovens indicam que há um exército de desempregados entre 18 a 24 anos, deixado de lado por falta de qualificação ou experiência. Entre eles, o desemprego está em 13,5%, um pouco abaixo da registrada em abril (15%), mas bem acima da média."







Fonte : Agencia patriciagalvão

STF julgará direito a interrupção da gestação de anencéfalos

Em agosto, o Supremo Tribunal Federal deverá julgar a ação que autoriza a antecipação do parto em caso de gravidez de feto anencéfalo. Há mais de sete anos, é aguardada a decisão dos ministros do STF sobre esse tema. A Corte, que autorizou recentemente uniões homossexuais e permitiu a marcha pela maconha, está dividida: cinco ministros devem votar pelo direito de escolha da gestante; enquanto outros três tendem a votar de forma oposta. Ainda é uma incógnita a opinião de dois ministros. E um dos 11 ministros, José Antonio Toffoli, não decidiu se vai participar.
Atualmente, o Código Penal autoriza o aborto somente quando a gravidez é resultado de estupro ou coloca em risco a vida da grávida.
Antecipação terapêutica do partoA polêmica chegou ao STF em junho de 2004 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores na Saúde, que pediu à Corte o direito de interromper essas gestações. Para a entidade, não se trata de aborto, mas de “antecipação terapêutica do parto”.
Enquanto o tribunal não define uma posição sobre o assunto, juízes e tribunais nos estados têm autorizado, na maioria dos casos, a interrupção da gravidez quando o feto é anencéfalo.

Leia essas matérias: 

Milton Santos é homenageado pelo Congresso Nacional


Falecido há 10 anos, geógrafo baiano será lembrado hojé  (28/06),  em sessão solene 

O intelectual, pesquisador, político, jornalista e geógrafo Milton Santos, que completou 10 anos de morte no dia 24 deste mês, será homenageado hojé (28 de junho),  em sessão solene no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília.
 Requerida pelo deputado Federal baiano, Luiz Alberto (PT/BA), a homenagem tem o objetivo de realçar a importância de Milton Santos - um dos mais importantes intelectuais da história do Brasil - para a sociedade brasileira. Será uma forma de repercutir no parlamento as contribuições do geógrafo para o país.
 A mesa da sessão será composta pelo governador da Bahia, Jaques Wagner, a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (SEPPIR), Luiza Bairros, o ministro da Educação (MEC), Fernando Haddad, o presidente da Fundação Palmares, Eloi Ferreira de Araújo, do ministro das Relações Exteriores, Antônio de Aguiar Patriota, os reitores das Universidades de Brasília (UNB), do Recôncavo (UFRB) e da Bahia (UFBA), José Geraldo de Sousa Junior, Paulo Gabriel Nacif e Dora Leal Rosa; e o presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
 Representações diplomáticas dos países onde Milton Santos atuou como professor, pesquisador e consultor, no período de 1964 a 1978, também marcarão presença na sessão solene. A saber: França, Portugal, Espanha, Tanzânia, Guiné Bissau, Senegal, Costa do Marfim, Mali, Nigéria, África do Sul, Japão, Venezuela, Costa Rica, México, Canadá e Estados Unidos.
 Na ocasião, outras entidades também prestarão homenagens a Milton Santos: o Sindicato dos Jornalistas do Distrito Federal, o prefeito de Brotas de Macaúba, na Bahia, Litercílio de Oliveira Jr, cidade onde o geógrafo nasceu; a Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial do Distrito Federal, os movimentos pela Igualdade Racial e em Defesa dos Quilombolas do Distrito Federal, os Institutos de Geografia, História, Sociologia e Ciências Sociais da UnB, os professores Fernando Conceição (grupo de pesquisa Permanecer Milton Santos, UFBA), Manoel Lemes (PUC/Campinas) e também de sua neta, Nina Santos, que representará a família durante a sessão.

Biografia
 A história e trajetória política e intelectual de Milton Santos reafirmam a importância da sua luta por justiça e igualdade, e da participação de homens e mulheres negras na construção do país.
 Nascido em 3 de maio de 1926, ao longo da sua vida, escreveu 40 livros, foi co-autor de dezenas de outros e publicou artigos em jornais brasileiros importantes, como Folha de São Paulo, Correio Braziliense e jornal A Tarde, da Bahia. Na década de 90, ganhou prêmios como o "Estação Cultural" e o Vautrin Lud (considerado o Nobel da Geografia).
 Milton Santos dedicou toda a sua obra ao entendimento das supra e sobre-estruturas formativas das desigualdades entre os homens e as sociedades humanas ao redor do mundo.
Suas colocações transbordaram o âmbito da Geografia para se espraiar por outros domínios e usos quando, no início dos anos 90, a partir da Europa (França), se organizou um movimento para se contrapor à irracionalidade do financismo global - que marcou a nova fase do capitalismo a partir dos anos 1970, travestido de "globalização".
 O trabalho de Milton Santos serviu de inspiração para o que, hoje, veio a se constituir como Fórum Social Mundial, o qual foi convidado a se associar como fundador.

Fonte : SEPPIR  

Lula em Angola a convite do CEEA


  
Luanda  - O ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, é aguardado, quinta-feira, em Luanda, onde vai intervir numa conferência intitulada "Desenvolvimento do Brasil: Um modelo possível para África", a convite do Centro de Estudos Estratégicos de Angola (CEEA), em parceria com a empresa brasileira Odebrecht.
 A conferência, segundo uma nota de imprensa do CEEA, chegada hoje, terça-feira, à Angop, que terá lugar sexta-feira (1 de Julho) no auditório número dois da Assembleia Nacional, será exclusivamente para convidados, no quadro das comemorações dos dez anos de existência do Centro de Estudos Estratégicos de Angola.
De acordo com a nota, Lula da Silva vai visitar ainda na capital do país as obras da nova cidade do Kilamba Kiaxi e o programa de realojamento das populações, localizado no Zango, município de Viana.
 O CEEA celebra o seu décimo aniversário no próximo dia 11 de Julho. Essa instituição, sem fins lucrativos e de utilidade pública, tem por objectivo contribuir para o desenvolvimento de Angola, tornando-o um país moderno, respeitado e inserido na sua região, ressalta o documento que a Angop teve acesso.
 Para tal, sublinha, desenvolve actividades de estudo e análise de informação estratégica nas suas várias vertentes, nomeadamente na política, social, económica, militar, cultural e de cooperação, sobre o país e também sobre as regiões onde está inserida, (África) especialmente nas suas regiões austral e central.


Fonte : ANGOP

Governo necessita de um bilião de dólares para fornecimento de água em Darfur

Cartum - O governo sudanês e as Nações Unidas lançaram segunda-feira um apelo à comunidade internacional para obter um bilião de dólares a fim de fazer face ao rápido declínio dos recursos hídricos de Darfur, principal causa de conflitos nesta região.
"Vamos fazer da água, que é actualmente a causa de conflitos frequentes, um instrumento de paz duradoira", declarou Salahedin Youssef, ministro sudanês da Irrigação e Recursos Hídricos.
"Os longos anos de conflito e de seca fizeram da água um recurso sem preço para os habitantes de Darfur. O grande número de pessoas deslocadas devido a este facto aumentou a pressão", acrescentou o ministro.
 Os organizadores do "Congresso pela água com finalidade de paz duradoira" desejam reunir fundos para financiar 65 projectos ligados à água em seis anos. Os dois assuntos abordados por vários intervenientes durante o primeiro dia deste congresso de dois dias, em Cartum, focaram, por um lado, sobre a explosão demográfica na qual Darfur foi vítima no decurso das últimas décadas e, por outro, das secas cada vez mais frequentes.
No norte de Darfur, onde confrontos sangrentos tiveram lugar entre as tropas governamentais e as forças rebeldes há apenas dez dias, regista-se as 16 piores secas que o país conheceu desde 1972.
Paralelamente, a população de Darfur passou de 1,3 milhões de habitantes no início dos anos 70 para 8,2 milhões, com o duplicar de cidadãos que consomem seis vezes mais quantidades de água por habitante do que os camponeses.
Mas a maioria da população é do tipo agro-pecuário e grande parte dos conflitos regionais originam disputas sobre a exploração dos recursos naturais.
Segundo declarações do ministro à AFP à margem da conferência, Cartum deverá participar em 65 projectos orçados em 216 milhões de dólares. A despesa global está estimada em 1,9 biliões de dólares num prazo de quatro anos.
   

Fonte : ANGOP

Magistrados respondem ao silêncio do governo com mais 15 dias de greve


Bissau - Os magistrados da Guiné-Bissau iniciaram hoje (segunda –feira) uma nova fase de greve geral de 15 dias durante os quais garantem que todo o sistema judicial estará paralisado, anunciou o presidente da Associação dos Magistrados do Ministério Público.  
Bacari Biai afirmou que a greve foi decretada por três sindicatos, que representam os trabalhadores judiciais guineenses, numa resposta ao "silêncio absoluto" do governo face às reivindicações dos magistrados.  
"Fizemos duas rondas de greves de três dias mas não fomos chamados para conversações. Agora vamos parar durante 15 dias e se findo esse prazo não nos chamarem de novo voltaremos a paralisar os tribunais e desta vez durante um mês", declarou Bacari Biai.  O presidente da Associação dos Magistrados do Ministério Público disse que, durante as duas anteriores greves, a única entidade que manifestou interesse em ouvir os magistrados foi Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá. 
"Fomos convocados pelo gabinete do Presidente e terça-feira seremos recebidos. Vamos explicar ao Presidente o que realmente se passa", declarou Biai. "Do Governo tem sido o silêncio total", acrescentou o sindicalista, frisando que o caderno reivindicativo do pessoal da justiça foi entregue "há muito tempo" a todos os órgãos de soberania. 
O presidente da Associação dos Magistrados do Ministério Público afirmou que o posicionamento do Governo perante as greves no sistema judicial deixa entender que "não existe vontade política" para a resolução dos problemas."Até porque as nossas reivindicações visam apenas a melhoria do sistema judicial", disse Bacari Biai.  
Os magistrados e oficiais da justiça guineenses reclamam a melhoria das condições laborais, nomeadamente cedência de viaturas para as diligências nos tribunais, computadores, máquinas de escrever, colocação de agentes da polícia nas salas de julgamento e ainda aumentos salariais.  


Fonte : ANGOP

segunda-feira, 27 de junho de 2011

UMA MENINA

 Mônica Aguiar



- De vez em quando olhamos para todos os lados.
Foi a ultima frase que ouvi de uma menina que veio do interior, em busca de um futuro melhor.
Seu nome Iolanda.
Menina pequena, franzina nascida no interior das Gerais. Pouco estudo e um sotaque bem regional.
Iolanda, que gosta de ser chamada Io,  disse que estava cansada de levantar cedo, andar muito para chegar na escola que ficava nas terras de um doutor que era deputado na cidade, mais nunca havia feito nada para cidade dela.
No caminho de volta tinha que catar lenha para mãe que era sozinha, pois o pai foi trabalhar na cidade e nunca mais voltou.
Carregava uma sacola de retalhos feita pela mãe,  cheias de livros embalados pelo papel que cuidadosamente a mãe escondia para o irmão do meio não fazer papagaio.
Papel da embalagem do pão, que buscava de vez em quando na  venda da Dona Maria do Zé das Coves na virada da serra.
Io olhos negros, pela negra, sorriso encantador. Radiante de esta pisando pela primeira vez na cidade.  
Curiosa com a situação da menina já bem no meio da conversa  perguntei:
- Iolanda , você não tem medo com apenas 16 anos estar aqui sozinha ?
Iolanda disse:
-Não senhora chamo Io, Tenho não. Vim pra trabalhar e vou, ajuda minha mãe e meus irmãos.
- Vai pra onde?
-Vo pra casa de uma senhora amiga do deputado que teve lá na nossa casa e ofereceu emprego pra ajuda a gente.
- Ela vai te dá um emprego?
- Sabe aqui na cidade eles falam emprego, mais lá na roça é trabalho mesmo.
- Que bom!
- Bom nada. Ela tá pensando que só boba, não só não.
-Por quê?
- Ta pensando que vo trabalha cedinho igual lá na roça, até tarde.
Que vo quere ganha uns trocadinhos, passar pó humilhação. Vo não senhora. Nem pensar.
- O que você vai querer então?
- O que é meu direito uai . Salário  mínimo, carteira assinada, e tempo para estuda.
Eu dei um sorriso, ela não entendeu e com expressão chateada perguntou:
- A senhora ta rindo por quê?
- Por nada.
- Se ta rindo tem motivo.
- Não tem não.
- Este povo daqui é esquisito mesmo.
- Meu ónibus.
- Sabe qual pegar?
- Sim senhora, eu sei lê mar, mais sei.
- Que bom.
- Bom se tivesse caro, eu até dava uma carona  pra senhora .
-Cuidado com as ruas são movimentadas.
-Pode deixar de vez em quando a gente olha pro dois lados. Quando tem mão dupla.


Crise economica provoca migração de negros do norte para o sul dos EUA

Na tradição familiar de Deborah Brown, o sul dos Estados Unidos era um lugar de fontes de água apenas para brancos e linchamentos encobertos pela escuridão. Era um lugar de onde os negros como sua mãe fugiam.
Mas para Brown, 59, servidora pública aposentada do Queens, o Sul agora promete salvação.
Três gerações da família – dez pessoas ao todo – estão se mudando de Nova York para Atlanta, buscando recomeçar suas vidas economicamente e, em certa medida, reconectar-se com seu passado. Os membros da família incluem Brown, sua mãe de 82 anos e seu filho de 26, que já conseguiu um emprego e se estabeleceu aqui.
“Sinto um forte chamado espiritual para voltar para o Sul”, disse Brown.
 A crise economica desencadeou uma mudança demográfica incomum: negros novaiorquinos, incluindo muitos jovens e recém-formados em universidades, estão indo para o sul.
Cerca de 17% dos afro-americanos que se mudaram de outros estados para o sul na década passada vieram de Nova York, bem mais do que de qualquer outro estado, de acordo com dados do censo divulgados em março. Dos 44.474 que deixaram o estado de Nova York em 2009, mais da metade, ou 22.508, foram para o Sul, de acordo com um estudo realizado pelo departamento de sociologia do Queens College para o "The New York Times".
 O movimento não está limitado a Nova York. A porcentagem de negros deixando as grandes cidades do leste e meio-oeste e indo para o sul está agora nos maiores níveis em décadas, dizem os demógrafos.
 Os enclaves de classe média, como Jamaica e St. Albans no Queens, estão alimentando este êxodo. Celebridades negras – como James Brown, W.E.B Du Bois e Ella Fitzgerald – já moraram em St. Albans, um bairro que hoje está sendo atingido pelo desemprego alto e execuções de hipotecas.
 A migração da classe média negra está ajudando a baixar os preços já decrescentes dos imóveis. Ela também está privando a comunidade negra de investimentos e lideranças por parte de seus profissionais mais educados, dizem líderes negros.
 O movimento marca uma inversão da chamada Grande Migração, que durou aproximadamente desde a 1ª Guerra Mundial até os anos 70, e durante a qual os norte-americanos negros se mudaram para o norte industrializado para fugir do preconceito e encontrar emprego.
 Spencer Crew, professor de história da Universidade George Mason que foi curador de uma proeminente exposição sobre a Grande Migração na Smithsonian Institution, disse que o êxodo atual de Nova York se dá em grande parte por causa dos tempos econÃ?micos difíceis. Nova York é cada vez mais cara, e os negros veem mais oportunidades no Sul.
 O Sul agora representa um potencial de sucesso para os negros novaiorquinos, de uma forma que nunca representou, disse Crew. Ao mesmo tempo, os empregos sindicalizados no serviço civil que antes atraíram milhares de negros para a cidade estão se tornando mais escassos.
 “Nova York perdeu parte de seu prestígio para os negros”, disse Crew. “Durante a Grande Migração, os negros foram para o norte porque podiam encontrar emprego se estivessem dispostos a correr. Mas hoje, há menos dificuldades para sobreviver no Sul do que em Nova York. Muitos negros também têm raízes emocionais e espirituais no Sul. É como voltar para casa”. Brown, que passou 35 anos investigando fraudes nos benefícios do estado de Nova York, parece ser a encarnação do sonho americano negro na cidade de Nova York.
 Nos anos 50, seus pais se mudaram de Atlanta para o Harlem, e depois para o Queens. Sua avó havia sido empregada doméstica; seu avÃ?, pedreiro. Uma geração mais tarde, seus pais estavam prosperando. Seu pai se tornou um fiscal de impostos do estado; sua mãe era assistente executiva do comissário de correções do estado.
Mas Brown diz que Nova York é hoje menos convidativa. Ela planeja se juntar a seu filho de 26 anos, Rashid, que se mudou do Queens para Atlanta no ano passado depois de se formar em criminologia e não conseguir encontrar um emprego em Nova York.Em Atlanta, ele se tornou vice-xerife dentro de semanas. Ela espera abrir um restaurante.
 “No Sul, posso comprar uma casa grande com jardim, em comparação com a caixa de sapatos que as minhas economias de aposentadoria podem comprar em Nova York”, disse ela.
 O reverendo Floyd H. Flake, pastor da Catedral Episcopal Metodias Africana Greater Allen, com 23 mil membros, em Jamaica, Queens, disse estar perdendo centenas de fieis anualmente para a Flórida, Geórgia, Carolina do Norte e Virgínia.
“Durante décadas, o Queens era o lugar para onde a classe média afro-americana ia para comprar sua primeira casa e montar uma família”, disse Flake. “Mas agora, estamos vendo uma reversão disso à medida que os negros sentem que não é mais tão fácil ter sucesso e que o Sul é mais benevolente do que Nova York.”
 Alguns negros dizem que estão partindo não só para encontrar empregos, mas também porque eles ficaram desgostosos com as relações raciais.
 Candace Wilkins, 27, de St. Albans, que tem um diploma de administração mas está desempregada, está se mudando para Charlotte, Carolina do Norte.
 Ela diz que sua decisão foi desencadeada por uma discussão com a polícia.
Em março de 2010, segundo testemunhas, Wilkins foi jogada contra um carro por um policial branco depois que ela tentou ajudar um vizinho negro que estava sendo interrogado. Ela foi acusada de resistir à prisão e de conduta desordeira, de acordo com o escritório da promotoria do Queens.
 Wilkins disputa as acusações, que estão pendentes, e entrou com uma queixa contra a polícia. Uma porta-voz da polícia diz que o departamento estava investigando sua queixa.
 “A vida fez um círculo completo”, disse Wilkins, cuja avó nasceu entre as plantações de algodão da Carolina do Norte e se mudou para o Queens nos anos 50.
 “A geração de minha avó deixou o Sul e veio para o Norte para escapar da segregação e do racismo”, disse ela. “Agora, estou voltando porque Nova York se tornou como o velho Sul em suas atitudes raciais.”
 Muitos negros novaiorquinos que já estão no Sul dizem que não têm muita vontade de voltar para a cidade, muito embora tenham saudades do metrÃ? ou da noite do Harlem.
 Danitta Ross, 39, corretora de imóveis que costumava morar no Queens, disse que se mudou para Altanta há quatro anos depois que sua empresa, respondendo ao aumento de negros novaiorquinos se mudando para o sul, começou a oferecer seminários sobre a mudança para o sul. Ela os ajudou a organizá-los, e ficou intrigada.
 Ross disse que cresceu ouvindo histórias sobre segregação na mesa de jantar. Ela disse que a Atlanta que descobriu é um lugar cosmopolita de concertos de música clássica, casamento inter-racial e negros donos de casas opulentas.
Uma mãe solteira, ela disse que por US$ 150 mil, ela estava comprando uma casa de sete comodos, com uma garagem para três carros, num belo terreno.
Ela disse que não tem intenção de voltar para Nova York.
“As pessoas na Geórgia têm uma mentalidade diferente e a vida é mais relaxada e confortável aqui”, disse ela. “Simplesmente há muito mais oportunidade.”

Fonte: The New York Times / CORREIO NAGÔ

Palavras de Origem Africana usadas em nosso vocabulário -

A
abará: bolinho de feijão.
acará: peixe de esqueleto ósseo.
acarajé: bolinho de feijão frito (feijão fradinho).
agogô: instrumento musical constituído por uma dupla campânula de ferro, produzindo dois sons.
angu: massa de farinha de trigo ou de mandioca ou arroz.

B
bangüê: padiola de cipós trançados na qual se leva o bagaço da cana.
bangulê: dança de negros ao som da puíta, palma e sapateados.
banzar: meditar, matutar.
banzo: nostalgia mortal dos negros da África.
banto: nome do grupo de idiomas africanos em que a flexão se faz por prefixos.
batuque: dança com sapateados e palmas.
banguela: desdentado.
berimbau: instrumento de percussão com o qual se acompanha a capoeira.
búzio: concha.

C
cachaça: aguardente.
cachimbo: aparelho para fumar.
cacimba: cova que recolhe água de terrenos pantanosos.
Caculé: cidade da Bahia.
cafife: diz-se de pessoa que dá azar.
cafuca: centro; esconderijo.
cafua: cova.
cafuche: irmão do Zumbi.
cafuchi: serra.
cafundó: lugar afastado, de acesso difícil.
cafuné: carinho.
cafungá: pastor de gado.
calombo: quisto, doença.
calumbá: planta.
calundu: mau humor.
camundongo: rato.
Candomblé: religião dos negros iorubás.
candonga: intriga, mexerico.
canjerê: feitiço, mandinga.
canjica: papa de milho verde ralado.
carimbo: instrumento de borracha.
catimbau: prática de feitiçaria .
catunda: sertão.
Cassangue: grupo de negros da África.
caxambu: grande tambor usado na dança harmônica.
caxumba: doença da glândula falias.
chuchu: fruto comestível.
cubata: choça de pretos; senzala.
cumba: forte, valente.
Cumbe: povoação em Angola.

D
dendê: fruto do dendezeiro.
dengo: manha, birra.
diamba: maconha.

E
efó: espécie de guisado de camarões e ervas, temperado com azeite de dendê e pimenta.
Exu: deus africano de potências contrárias ao homem.

F
fubá: farinha de milho.

G
guandu: o mesmo que andu (fruto do anduzeiro), ou arbusto de flores amarelas, tipo de feijão comestível.

I
inhame: planta medicinal e alimentícia com raiz parecida com o cará.
Iemanjá: deusa africana, a mãe d’ água dos iorubanos.
iorubano: habitante ou natural de Ioruba (África).

J
jeribata: alcóol; aguardente.
jeguedê: dança negra.
jiló: fruto verde de gosto amargo.
jongo: o mesmo que samba.

L
libambo: bêbado (pessoas que se alteram por causa da bebida).
lundu: primitivamente dança africana.

M
macumba: religião afro-brasileira.
máculo: nódoa, mancha.
malungo: título que os escravos africanos davam aos que tinham vindo no mesmo navio; irmão de criação.
maracatu: cortejo carnavalesco que segue uma mulher que num bastão leva uma bonequinha enfeitada, a calunga.
marimba: peixe do mar.
marimbondo: o mesmo que vespa.
maxixe: fruto verde.
miçanga: conchas de vidro, variadas e miúdas.
milonga: certa música ao som de violão.
mandinga: feitiçaria, bruxaria.
molambo: pedaço de pano molhado.
mocambo: habitação muito pobre.
moleque: negrinho, menino de pouca idade.
muamba: contrabando.
mucama: escrava negra especial.
mulunga: árvore.
munguzá: iguaria feita de grãos de milho cozido, em caldo açucarado, às vezes com leite de coco ou de gado. O mesmo que canjica.
murundu1: montanha ou monte; montículo; o mesmo que montão.
mutamba: árvore.
muxiba: carne magra.
muxinga: açoite; bordoada.
muxongo: beijo; carícia.
maassagana: confluência, junção de rios em Angola.

O
Ogum ou Ogundelê: Deus das lutas e das guerras.
Orixá: divindade secundário do culto jejênago, medianeira que transmite súplicas dos devotos suprema divindade desse culto, ídolo africano.

P
puita: corpo pesado usado nas embarcações de pesca em vez fateixa.

Q
quenga: vasilha feita da metade do coco.
quiabo: fruto de forma piramidal, verde e peludo.
quibebe: papa de abóbora ou de banana.
quilombo: valhacouto de escravos fugidos.
quibungo: invocado nas cantigas de ninar, o mesmo que cuca, festa dançante dos negros.
queimana: iguaria nordestina feita de gergelim .
quimbebé: bebida de milho fermentado.
quimbembe: casa rústica, rancho de palha.
quimgombô: quiabo.
quitute: comida fina, iguaria delicada.
quizília: antipatia ou aborrecimento.

S
samba: dança cantada de origem africana de compasso binário ( da língua de Luanda, semba = umbigada).
senzala: alojamento dos escravos.
soba: chefe de trigo africana.

T
tanga: pano que cobre desde o ventre até as coxas.
tutu: iguaria de carne de porco salgada, toicinho, feijão e farinha de mandioca.

U
urucungo: instrumento musical.

V
vatapá: comida.

X
xendengue: magro, franzino.

Z
zambi ou zambeta: cambaio, torto das pernas.
zumbi: fantasmas.
Fonte: Emerson Geyser

Marina Silva poderá anunciar saída do PV amanhã terça-feira, 28

Dois anos após trocar o PT pelo PV, a ex-senadora Marina Silva deve  anunciar nesta terça-feira, 28, sua saída do Partido Verde. Desgastada pelas divergências com a executiva nacional do PV, a ex-presidenciável deve formalizar sua decisão em São Paulo, após reunião com o Movimento Marina Silva, grupo apartidário que atuou na campanha presidencial da ex-senadora no ano passado.
Marina deve falar em nome de um grupo de aliados, entre eles o ex-presidente do diretório estadual do PV-SP, Maurício Brusadin, o ex-coordenador da campanha presidencial do PV, João Paulo Capobianco, o ex-candidato ao Senado por São Paulo, Ricardo Young, e o empresário Guilherme Leal, que foi seu vice na chapa presidencial.
Os aliados da ex-senadora devem retomar o Movimento Brasil Sustentável, de onde pretendem fazer a articulação política para 2014. O objetivo não é fundar um partido para disputar as eleições em 2012 - uma vez que não há tempo hábil para disputar a eleição municipal do próximo ano -, mas fazer com que o Movimento tenha potencial para se tornar um novo partido.
Segundo aliados próximos, Marina e seu grupo tomaram a decisão nesta semana, antes de sua viagem para a Espanha, onde proferiu palestra. Nos últimos dias, a ex-senadora tem feito reuniões com seus colaboradores e pretende se reunir com todos os segmentos sociais que apoiaram sua campanha para explicar sua saída do PV. "Queremos que as pessoas entendam. Isso tem que ficar claro para todos", justificou Brusadin.
O grupo de Marina Silva tem batido de frente com o grupo do presidente da legenda, o deputado federal José Luiz Penna (SP), sobre a realização de mudanças internas, entre elas a democratização dos diretórios do PV. "Eu já estou convencido que no PV não dá mais", desabafou Brusadin.
Luciano Zica, que fez parte da coordenação da campanha de Marina Silva no ano passado, também deixará a legenda. "Eu já tomei minha decisão. Espero sair junto com ela", afirmou. De acordo com Zica e Brusadin, as conversas dos últimos dias com os apoiadores têm sido fundamentais para a ex-senadora avaliar a dimensão política da sua decisão. "Essa semana ela completa o ciclo", avisou Brusadin.


Fonte: Estadão/ GELEDES

Mulheres mobilizam-se para banir mutilação genital feminina



female-genital-mutilationProposta do Burkina Faso será discutida na reunião do Conselho Executivo da União Africana, que começa este domingo na Guiné Equatorial.
A proibição da Mutilação Genital Feminina (MGF) faz parte da agenda dos trabalhos da 19ª sessão ordinária do Conselho Executivo (CE) da União Africana (UA), que se iniciam este domingo, em Malabo, na Guiné Equatorial, reporta a agência Panapress.
Esta sessão do CE, que agrupa os ministros africanos dos Negócios Estrangeiros, marca assim os preparativos da 17ª cimeira ordinária da UA, a decorrer de 30 de junho a 1 de julho deste ano, na capital equato-guineense.
De acordo com a mesma fonte, o ponto relativo à MGF foi proposto pelo Burkina Faso para sensibilizar os Estados africanos a apoiar plenamente um projeto de Resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas destinado a interditar a MGF no mundo inteiro, enquanto prática "prejudicial para a saúde das mulheres".
O projeto de Resolução em causa resultou de uma campanha levada a cabo nomeadamente pelo Burkina Faso e pelo Egito, entre outros países, depois de evidências que apontavam para 91,5 milhões de vítimas deste fenómeno no mundo, essencialmente crianças abaixo dos nove anos de idade.
Este dado foi ainda reforçado pela constatação da Organização Mundial de Saúde (OMS) de que, apesar dos esforços envidados há mais de duas décadas para a eliminação das MGF no mundo, "quase três milhões de raparigas ainda vivem o risco de sofrer mutilações genitais cada ano".
Nesta sessão de Malabo, os chefes de diplomacia da UA vão, entre outros, estudar a criação de uma frente comum e harmonizada de combater este fenómeno "prejudicial" para as mulheres, mas ainda considerado tabu nalgumas sociedades africanas e do mundo, segundo ainda a mesma fonte.
Entre as ações preconizadas figuram a criação e a aplicação de mecanismos nacionais para informar, sensibilizar, prevenir e reprimir a prática das MGF, bem como a ratificação e a implementação de instrumentos jurídicos regionais e internacionais de luta contra o fenómeno, incluindo o Protocolo de Maputo.
No continente africano, as principais ações de combate contra este fenómeno são atribuídas ao Comité Interafricano sobre Práticas Tradicionais que Afetam a Saúde das Mulheres e Crianças (CIAC), presidido pelo Burkina Faso desde 2008, e com comités nacionais presentes em 28 Estados do continente tidos como os mais afetados.
As suas iniciativas e as de outros intervenientes conduziram à adoção, em 2003, do Protocolo da Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos sobre os Direitos das Mulheres, conhecido como o Protocolo de Maputo.
Este instrumento consagra disposições para a proteção e a garantia dos direitos das mulheres, e obriga os Estados africanos a tomarem "medidas políticas e legislativas" para a eliminação das mutilações genitais femininas.
A Panapress apurou que, até ao momento, menos de 20 dos 28 Estados africanos mais afetados adotaram legislações contra as MGF, incluindo o proponente do tema, Burkina Faso, um país onde, segundo estimativas oficiais, esses rituais ainda são praticados em cerca de 49,5% das mulheres.
O Benin, a Costa do Marfim, o Djibuti, o Egito, a Eritreia, a Etiópia, o Gana, a Guiné, o Níger, a Nigéria, o Quénia, a República Centro-Africana, o Senegal, o Chade, a Tanzânia, o Togo e o Uganda também já legislaram contra as MGF.
Em África, a maior incidência deste fenómeno foi identificada em nove países (Djibuti, Egito, Eritreia, Etiópia, Guiné, Mali, Serra Leoa, Somália e Sudão) onde mais de 85% das mulheres são vítimas de mutilações genitais.
Nalguns países, a proporção varia "segundo a etnia, a categoria social e a geração", e somente certas frações da população são atingidas, oscilando entre os 25 e os 85%, enquanto noutros ela é inferior a 25%.
Na primeira categoria situam-se nações como o Burkina Faso, a Costa do Marfim, o Egito, a Gâmbia, a Guiné-Bissau, a Libéria, o Quénia, o Senegal e o Chade; e na segunda o Benin, os Camarões, o Gana, o Níger, a Nigéria, o Uganda, a República Centro-Africana, a RD Congo, a Tanzânia e o Togo.

Fonte: África 21/ Geledes

Dilma sanciona lei que prevê apoio a indígenas na educação superior



 
indios_na_universidadeO apoio ao acesso de povos indígenas ao ensino superior agora integra a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB). A presidente Dilma Rousseff sancionou, no dia 9 de junho, a Lei 12.416/11, oriunda do Projeto de Lei 46/07 da Câmara. O texto determina a oferta, aos povos indígenas, de ensino e assistência estudantil nas universidades públicas e privadas, bem como o estímulo à pesquisa e ao desenvolvimento de programas especiais para essa parcela da população.
De autoria do ex-deputado Carlos Abicalil (PT-MT), o projeto no Senado foi examinado pelas comissões de Assuntos Sociais e de Educação, Cultura e Esporte, sendo aprovado em plenário no dia 12 de maio. Segundo o autor da proposta, a oferta de educação superior aos povos indígenas é uma iniciativa que reconhece, por justiça, a relevância desses povos na origem e na construção do Brasil. A medida, segundo o deputado, tem objetivo de institucionalizar o ensino superior indígena e o reconhecimento de formação de magistério específico.
Na UFSM, desde 2007 o Programa de Ações Afirmativas de Inclusão Racial e Social trata do acesso de povos indígenas ao ensino superior. Por meio da Resolução 11/2007, a instituição passou a destinar um número específico de vagas para afro-brasileiros, para alunos que cursaram todo o ensino fundamental e médio em escolas públicas, para pessoas com necessidades especiais e para indígenas, tendo em vista a necessidade de democratizar o acesso ao ensino superior público no país.
Uma comissão de implementação e acompanhamento do programa, constituída por membros internos e externos à UFSM, garante o cumprimento da resolução e o apoio sociopedagógico aos alunos cotistas.
A Resolução 11/2007, que institui na UFSM o Programa de Ações Afirmativas, pode ser encontrada no link
A Lei N. 12.416, que dispõe sobre a oferta de educação superior para povos indígenas, pode ser acessada no endereço
www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2011/Lei/L12416.htm.
Outras informações sobre o Programa de Ações Afirmativas da UFSM podem ser obtidas na página www.ufsm.br/prograd/not.php?id=685.

Fonte: Agência Senado, com informações da Assessoria de Comunicação da Pró-Reitoria de Graduação da UFSM / Geledes

sexta-feira, 24 de junho de 2011

Ministra do Planeamento sublinha necessidade de diversificação da economia


Luanda – A ministra angolana do Planeamento, Ana Dias Lourenço, declarou hoje, em Luanda, que sair da economia do enclave (dependente de um recurso) com base na diversificação e transformação estrutural da economia constitui uma das prioridades dos estados.
 A governante fez este discurso no colóquio sobre “Ligação do Sector Extractivo de Enclave à Economia Doméstica Africana: A Promoção do Conteúdo Local É Uma Panaceia?”, durante a abertura do 117º Conselho Consultivo do Banco Africano de Importação e Exportação (Afreximbank).
 “Uma economia de enclave, na sua versão mais recuada e dependente, caracteriza-se por uma fortíssima dependência de toda a economia face a um sector de actividade, casos de um recurso mineral, petróleo, produto agrícola ou de matéria-prima”, precisou.
 Segundo a ministra, essa dependência é expressa através da obtenção de divisas e de receita fiscal quase em regime de monopólio, existindo um controlo de certo modo total sobre a economia nacional.
 Para a Ana Lourenço, uma economia de enclave não gera factores de dinâmica económica e é suportada por vantagens competitivas estáticas e dependente do exterior do ponto de vista tecnológico, financeiro e de mercado.
 Na sua visão, para uma economia de enclave se tornar veículo de desenvolvimento sustentável é necessário a valorização sustentável d os recursos, integrar o mercado interno, substituir as importações e alargar a base exportadora.
 Apoiar o desenvolvimento da classe empresarial nacional, o empreededorismo, fortalecer as competências dos recursos humanos nacionais e criar infra-estruturas e redes físicas, científicas tecnológicas e de telecomunicações, como suportes do processo diversificação da economia, são outros dos pressupostos mencionados pela responsável.
 O conselho consultivo do Afreximbank enquadra-se na 18ª Assembleia-geral de Accionistas do banco, a ser aberta este sábado (25). Antecede o encontro dos accionistas a primeira edição da feira denominada “Exportar Angola, Internacionalização, Promoção e Atracção de Investimentos – factores de Inovação e Competitividade”,  aberta esta sexta-feira.
 A feira é realizada pela FIL, por solicitação do Ministério do Comércio, com a promoção do Afreximbank (Banco de Importação e Exportação em África).
 Com a exposição, o Executivo aposta na criação de condições capazes de permitir as empresas nacionais um melhor posicionamento internacional e o aumento da sua competitividade exportadora.
 Aberta quinta-feira e com termo para sábado, participam na feira pelo menos 40 empresas dos ramos da indústria mineira, lacticínios, alimentar, agrícola, seguros, águas, entre outros ramos.

Fonte : ANGOP

Onde Você Guarda o Seu Racismo?

Racismo negro e preconceito

Abertura com o Hino Nacional na voz de Elza Soares Pan 2007

quinta-feira, 23 de junho de 2011

SEMINÁRIO ESTADUAL DE COMBATE AO RACISMO


Governo Federal apresenta Plano de Ações Integradas para quilombolas do Maranhão

   A Seppir coordenou a missão do Governo Federal na plenária em que a Fundação Cultural Palmares entregou certidões de autodefinição a 22 comunidades quilombolas maranhenses e todos os Ministérios do Programa Brasil Quilombola anunciaram ações em suas áreas

Até 07 de julho, as 22 comunidades quilombolas e suas lideranças ameaçadas de violência no Maranhão serão incluídas no Programa de Proteção a Defensores dos Direitos Humanos da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República (SDH-PR). A medida faz parte do Plano de Ações Integradas do Governo Federal, apresentado hoje (22) para os quilombolas em conflito de terra na região, desde 10 de junho. Na oportunidade, todos os Ministérios e órgãos do Programa Brasil Quilombola (PBQ) anunciaram iniciativas relativas as suas áreas de atuação.
 Entre as ações, o Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra) se comprometeu com a contratação imediata de dois antropólogos para realização de Relatórios Técnicos de Identificação e Delimitação (RTID’s). A SDH criou o Canal 7, no âmbito do Disque 100, destinado a denúncias da população quilombola de omissão por parte de agentes da Segurança Pública em casos de violência individual ou coletiva. A Secretaria vai também fazer um levantamento de todos os inquéritos referentes a ameaças e tentativas de homicídios a lideranças quilombolas, além de acompanhar o processo que investiga o caso de Flaviano Pinto Neto, liderança do Quilombo do Charco assassinada com sete tiros na cabeça.
 “Devemos aqui articular o que pode e o que deve ser feito na parceria entre o governo estadual e o governo federal para efetivar os quatro eixos do Programa Brasil Quilombola”, declarou a ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade, Luiza Bairros, que liderou a missão com a ministra da Secretaria de Direitos Humanos, Maria do Rosário Nunes. Dentre os eixos do PBQ a ministra da SEPPIR destacou o quarto, que trata dos direitos de cidadania e que, para ela, é o coração do programa.
 “O quarto eixo tem a ver com a possibilidade que temos de contribuir para a organização autônoma do movimento quilombola, porque a existência desse movimento é que cria as condições e as possibilidades políticas para fazer com que todos os direitos dos quilombolas sejam efetivamente respeitados”, afirmou Luiza Bairros, que defendeu o Decreto 4887/2003, que regulamenta o procedimento para identificação, reconhecimento, delimitação, demarcação e titulação das terras ocupadas por remanescentes das comunidades dos quilombos.

Terras devolutas
Reforçando a importância da parceria com o Governo do Estado do Maranhão, a titular da SEPPIR destacou a viabilidade de titulação das terras devolutas do Estado, ocupadas por comunidades quilombolas, e disse que é preciso trabalhar para que os projetos na área de inclusão produtiva do Ministério de Desenvolvimento Agrário, o MDA, cheguem às comunidades através de parcerias com a secretaria estadual correlata e da Secretaria de Agricultura do Estado.
 “Precisamos trabalhar com o governo do Estado tudo que se refere a infraestrutura, porque são os projetos estaduais que possibilitam, para nós, do governo federal, fazer chegar aqui, programas como o Luz para Todos, Água para Todos, os projetos de saneamento da Funasa, que já tem projetos contratados. Portanto, temos que criar nesse diálogo com o governo do estado, como temos feito, a possibilidade de retirar os obstáculos que impedem que esses benefícios cheguem efetivamente até vocês”, disse.
 Outros órgãos federais representados foram a Defensoria Pública da União, a Fundação Cultural Palmares – FCP, do Ministério da Cultura, e o Incra.


Plano de Ações Integradas para as Comunidades Quilombolas do Estado do Maranhão – Foi desenhado com base nas ações do PBQ em andamento no estado. O objetivo é ampliá-las para as demais comunidades. São ações de inclusão produtiva, cozinha comunitária, bolsa família, programa Luz para Todos, saneamento básico, dentre outras. As ações estão sendo implementadas prioritariamente nas comunidades diretamente atingidas pelos conflitos agrários, naquelas que estão no difícil acesso e nas tituladas que foram objeto da pesquisa de avaliação de segurança alimentar e nutricional das comunidades quilombolas, desenvolvida em parceria com o MDS.

O fato
Cerca de quarenta comunidades remanescentes de quilombos maranhenses estavam, desde o dia 1º de junho, em manifestação contra retardos no processo de demarcação de suas terras. A situação oportunizou conflitos com fazendeiros locais, que resultaram na morte do Flaviano Pinto Neto e ameaças direcionadas a outras 52 lideranças quilombolas. A disputa e as ameaças levaram o grupo a invadir e acampar na sede do Incra no estado, e a fazer greve de fome. Mais de 300 representantes quilombolas também assinaram um documento enviado à presidenta da República, Dilma Rousseff, com 11 pontos de pauta.

Fonte : SEPPIR

II Semana Gênero e Direito 27.06 a 30.06.2011- Universidade de Brasília - UnB

Evento organizado pelo Projeto de Extensão “Direitos Humanos e Gênero: Promotoras Legais Populares”, Projeto de Atendimento a Mulheres em Situação de Violência Doméstica e Familiar – Ceilândia, CADir-UnB e PET-Direito Auditório Joaquim Nabuco – FA-UnB

PROGRAMAÇÃO 

 27/06 - Segunda-feira (09h – 12h e 14h – 17h30)
Oficina: Cidadania, Direitos Humanos e Tráfico de Pessoas     
    
Carolina Tokarski - Professora da Universidade Católica de Brasília (UCB). Mestre em Direito pela UnB. Assessora de Direitos Humanos e Gênero na Secretaria de Assuntos Estratégicos - Presidência da República.

Adriana Miranda - Professora da Universidade Federal de Goiás (UFG). Mestre em Direito pela UnB. Pesquisadora do NEP e do Direito Achado na Rua.
                     
28/06 – Terça-feira (19h)     
          
Painel I - Estupro não tem graça: repensando
o simbolismo do humor               
                     
Lola Aronovich (@lolaescreva) - Professora da Universidade Federal do Ceará (UFC). Mestre e Doutora em Letras: Inglês e Literatura Correspondente pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), com linha de pesquisa em literatura, cinema e teatro. Editora do blog www.escrevalolaescreva.blogspot.com.

Carolina Ferreira - Mestre em Direito pela UnB. Advogada. Coordenadora do Centro de Estudos Jurídicos da Presidência da República. Tem experiência em Direito Público, atuando principalmente nos seguintes temas: Criminologia, Direito Penal, Processo Penal, Direito Constitucional.

Luis Felipe Miguel - Professor Titular do Instituto de Ciência Política da UnB. Doutor em Ciências Sociais pela UNICAMP, Mestre em Ciência Política pela UnB. Trabalha nas áreas de mídia e política, teoria da democracia, representação política e gênero.          Confirmado     Lucas

Bistra Stefanova - Professora da Faculdade de Direito da UnB. Mestre em Direito pela UnB. Coordenadora do projeto de extensão "Direitos Humanos e Gênero: capacitação em noções de gênero e cidadania - Promotoras Legais Populares".   

Luna Borges - Representante extensionista e Promotora Legal Popular.

29/06 – Quarta-feira (10h)
Painel II - Os desafios para o enfrentamento da violência doméstica
contra as mulheres no DF            
         
Marília Lobão Ribeiro de Moura - Psicóloga e Diretora da Secretaria Psicossocial Judiciária do TJDFT

Alessandra Campos Morato - Promotora de Justiça lotada na Promotoria de Justiça Especial Criminal e de Defesa da Mulher em Situação de Violência Doméstica e Familiar de Ceilândia.

Monica Ferreira Loureiro - Delegada chefe da Delegacia Especial de Atendimento à Mulher

Maria Amélia Costa Pinheiros Sampaio - Advogada formada pela UnB. Participou durante 2 anos do Projeto de Atendimento à Mulheres em Situação de Violência Doméstica. Atualmente trabalha na Fiocruz, com Direito de Família.
                      

           
29/06 – Quarta-feira (18h30)             
Painel III (Filme-Debate) - Existe um direito à prostituição? A linha tênue
entre a liberdade e a violência    
             
Vídeo-debate com os curtas "Praça da luz" e "Dura vida de uma vida fácil".

Marleide Gomes - Assistente Social pela UnB. Pesquisadora do grupo Violes, do departamento de Serviço Social da UnB.

Paulo Blair - Juiz Titular da Justiça do Trabalho. Doutor em Direito pela UnB. Pesquisador do grupo Sociedade, Tempo e Direito da UnB.
     
30/06 - Quinta-feira (09h30)

Painel IV - O combate à homofobia: em busca
do direito colorido                                            
Ministro Ayres Britto - Ministro do Supremo Tribunal Federal.

Deputado Jean Wyllys - Deputado Federal eleito pelo PSOL-RJ para o mandato 2011-2015. Professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM/RJ) e da Universidade Veiga de Almeida (UVA/RJ).

Mariana Cintra – Promotora Legal Popular e mestranda em Antropologia pela UnB.

Tatiana Lionço - Doutora em Psicologia pela UnB. Professora da Faculdade de Ciências da Educação e da Saúde do UniCEUB. Organizadora em conjunto com Debora Diniz do livro Homofobia & Educação: um desafio ao silêncio (2009).     

Câmara dos Deputados lança frente em defesa de comunidades tradicionais de terreiro

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