sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Xenia França mostra força da mulher negra no primeiro álbum solo

Xenia saiu de Candeias na adolescência, para
ser modelo em São Paulo
  (Foto: Tomas Arthuzzi/divulgação)
Por Marília Moreira


No trabalho, cantora fala de racismo e pertencimento e dialoga com sons da musicalidade da diáspora negra

Foram os filmes protagonizados por negros americanos e exibidos na Sessão da Tarde que deram a Xenia França a certeza de que era preciso ganhar o mundo quando ela ainda era muito pequena.


“Minha mãe saia para trabalhar e eu ficava em casa sozinha ouvindo rádio ou vendo TV. Tinha um fetiche por morar nos EUA desde criança, e também, sempre fui muito apaixonada por música”, lembra a cantora baiana de 30 anos, nascida em Candeias, e que tem chamado atenção na cena nacional.


O fascínio era justificado. Afinal, aqueles eram os únicos momentos em que ela conseguia ver pessoas como ela, negras, na TV. 


Nas rádios, vozes como as de Michael Jackson, Bob Marley e Lauryn Hill também exerciam muito encanto. E tinha também as referências locais. “Pra ser a pessoa que eu sou hoje, eu tinha que nascer onde nasci. Na minha infância, a gente ouvia a música do Ilê e do Olodum na rádio. Por mais que a gente não tivesse consciência, essas músicas diziam o que a gente podia ser, era orgulho puro. Essas coisas em uma criança, com mente fresca, causam um impacto tremendo”, acredita. 



Na adolescência, depois de tanto ouvir as pessoas dizerem que ela tinha de ser aventurar na carreira de modelo, Xenia decidiu se inscrever em um concurso de beleza da revista Raça. Não venceu a disputa, mas foi chamada por uma agência de São Paulo, cujo casting era de modelos negros, para trabalhar lá. Se mudou sozinha de Camaçari para a maior cidade do país aos 17 anos, em 2004, com uma única mala em que pôs todos os seus pertences.
“A maioria das agências, na época, eram focadas no padrão branco e tinham cotas para negros. Isso limitava muito o mercado. Fiquei uns três anos direto trabalhando com moda, mas não me sentia nem um pouco feliz, nem representada”, lembra, ao mais uma vez colocar em foco o racismo. “Quando eu conseguia algo e estava no estúdio fotografando, eu estava bem. Fora isso, estava sempre preocupada, não trabalhava muito. Tinha a coisa velada do racismo, então as chances eram poucas. Era muito esforço para uma recompensa muito pequena”.


Mudança
Xenia França é única mulher a integrar a
 big band paulista Aláfia, com a qual fez um mergulho
na música afro-brasileira 
(Foto: Ste Frateschi)
Foi do convívio com amigos músicos, que conheceu quando chegou na cidade, que sua carreira de cantora começou. Até então, o único contato com a música tinha sido enquanto ouvinte e também como integrante de uma fanfarra na Região Metropolitana de Salvador. “Foi o primeiro ambiente que me abriu o portal para meus ideiais artísticos”, recorda.

Em 2011, ela conheceu a galera com quem formou a big band paulista Aláfia. Xenia é a única mulher do grupo composto por outros dez músicos de diversas regiões do país - incluindo Ceará, Bahia, interior e capital de São Paulo. Juntos, eles exploram a música de terreiro, a black music carioca dos anos 70 e o funk do EUA.
Foi a música quem proporcionou a ela relacionar satisfação e recompensa com o trabalho. Não sem muito esforço.


Reconhecimento
Dividir o palco com figuras como Elza Soares e Maria Bethânia e ter seu nome listado ao lado de tantos outros que têm movimentado a cena musical brasileira, é motivo de alegria para ela. “Toda vez que acontece alguma coisa assim eu agradeço. Eu sempre falo: ‘Não dê ousadia a baiano’. Apesar de ser uma surpresa, eu trabalho muito, me esforço mesmo, e não posso dizer que não é isso que quero. Sou perfeccionista. Então, tudo isso é resultado, uma resposta do universo para dizer que eu estou onde quero”, comenta.


É dessa maneira quase obstinada que ela vê o seu primeiro disco solo como um “ritual de passagem”, no qual ela se fez “mulher de uma vez por todas”. Intitulado XENIA, o disco será lançado nesta sexta-feira pelo selo Natura Musical. E nele, ela prova o que diz em uma das faixas: “música preta sou teu instrumento vim pra te servir”.

Estão lá os sons da diáspora negra, como jazz, samba-reggae, R&B, e música de terreiro, com pitadas de música eletrônica e rock. Ao lado de três faixas autorais (Perfeita Pra Você, Miragem e Pra Que Me Chamas?, esta última já liberada no YouTube), estão outras dez de artistas como o paraibano Chico César e o baiano Tiganá Santana. No dia 27 de outubro, ela apresenta o álbum em Salvador, em um show na Arena Sesc Senac Pelourinho.
https://www.youtube.com/watch?v=vRTUoJ7dVe8 
Veja matéria completa em http://www.correio24horas.com.br/noticia/nid/xenia-franca-mostra-forca-da-mulher-negra-no-primeiro-album-solo/ 
Fonte:Correio24horas

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Debate guerra às drogas e criminalização do povo preto e da pobreza

O Centro Acadêmico Manoel Maurício de Albuquerque -CAMM   estará dia  dia 03 de outubro, às 18h, realizando uma mesa de debate com tema : "Guerra às drogas e criminalização do povo preto e da pobreza", tendo como eixos o encarceramento em massa, a militarização nas favelas e a política anti drogas/segurança pública.
 O evento acontecera no IFCS - Instituto de Filosofia e Ciências Sociais , rua Margo de São Francisco Paula 1 - Centro, Rio de Janeiro - RJ.

São Convidados:
  • David Bernardes (militante do Minervino, coletivo negro do PCB, militante da UJC, estudante de História na UFF, coordenador do DCE da UFF do GT de Negros e Negras e membro da atual gestão do CAHIS - UFF);
  • Samuel Lourenço (militante da questão presidiária e estudante de Gestão Pública para o Desenvolvimento Econômico e Social na UFRJ);
  • Maria Clara Almeida (estudante de Serviço Social na UFF);
  • Monica Cunha (coordenadora e fundadora do Movimento Moleque, CDH ALERJ, Criola, Movimento Nacional de Mães de vítimas de violência).
O tema é de grande importância, em especial no momento que vivemos, e merece amplo debate. Esperamos vê-los lá!

Gestão: História de Resistência


Violência contra a mulher na internet é tema de audiência

A Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher promove, nesta quinta-feira (28), um debate sobre o tema “Mulheres, violências e mídias sociais: como prevenir e combater crimes de ódio contra as mulheres na internet?”.
A audiência pública foi proposta pelas deputadas Ana Perugini (SP), Laura Carneiro (RJ) e Erika Kokay (DF). 
“Com a internet, novas modalidades de crimes contra as mulheres são praticadas todos os dias. As redes sociais se tornaram um mecanismo de reprodução de violência e perturbação contra as mulheres, expondo publicamente seus dados e sua intimidade”, alertam.
As deputadas citam que a pesquisa “Da impunidade à injustiça”, da Association for Progressive Communications, apontou que as jovens mulheres entre 18 e 30 anos são as mais vulneráveis, que em 40% dos casos o agressor é conhecido da vítima e 11% das ocorrências acabaram em violência física. 
“O ponto em comum entre todos os países pesquisados é que em nenhum deles há leis, políticas ou pessoas preparadas para lidarem com esse tipo de crime e protegerem as mulheres”, ressaltou Perugini.
Ana Perugini destaca ainda que dados da Organização das Nações Unidas estimam que 95% de todos os comportamentos agressivos e difamadores na internet tenham mulheres como alvos. 
“Esses crimes realizados no âmbito da internet têm abrangência negativa que ultrapassa qualquer barreira territorial e seus efeitos devastadores acompanham a vítima para o resto de sua vida”, disse a deputada ao defender a importância deste debate.

Debatedoras
Foram convidadas para discutir o assunto:
- a professora da Universidade de Brasília (UnB) e coordenadora do Projeto "Escola de App: Enfrentando a Violência online contra meninas", Janara Sousa; 
- a professora da Universidade Federal do Ceará e autora do Blog Escreva Lola Escreva, Lola Aronovich;
- a delegada de Polícia Federal Diana Calazans Mann;
- a coordenadora de serviço de orientação para meninas e mulheres que sofreram violência na Internet da ONG SaferNet, Juliana Cunha.

A audiência ocorrerá no plenário 14, a partir das 9h30. O debate será interativo e quem quiser pode participar enviando perguntas e comentários pelo e-Democracia.
Fonte e texto :Agência Câmara de Notícias 

terça-feira, 26 de setembro de 2017

CRIOLA, 25 anos de luta!

por Mônica Aguiar 

CRIOLA completou  25 anos de luta no dia 02 de setembro, em comemoração, realizou ontem  25 de setembro, um seminário 
“25 Anos de Luta”. 
As atividades aconteceram  no Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS/UFRJ).

O CRIOLA  vem nestes 25 anos atuando  em várias frentes e com  projetos para criação e desenvolvimento de novas tecnologias  que contribui e fortalece  a luta política de mulheres negras, produção de conhecimento qualificado e formação sobre/para as mulheres negras, formação de lideranças negras, mobilização e realização de ações políticas sobre setores da sociedade, governos e demais instâncias políticas pela efetivação de direitos, em particular: direito à saúde, acesso à justiça, equidade de gênero, raça e orientação sexual.

O CRIOLA esta sob a coordenação geral de Lúcia Xavier, militante histórica. Foi fundada por  Jurema Werneck , atual diretora Institucional da Anistia Internacional no Brasil  .


Criola é uma organização  não-governamental , fundada  em 1992 e coordenada  por mulheres negras. Atua  na defesa, promoção dos direitos e melhoria das condições de vida das mulheres negras numa perspectiva integrada e transversal.  Buscando a inserção de mulheres negras como agentes de transformação, contribuindo para a construção de uma sociedade fundada em valores de justiça, equidade e solidariedade, em que a presença e contribuição da mulher negra sejam acolhidas como um bem da humanidade.


Nestes 25 anos o CRIOLA vem contribuindo significativamente para que várias mulheres negras do Brasil se tornem  militantes e  lideranças com atuação direta em  diversas  áreas e seguimentos :  do trabalho, econômico, politico, tecnológico  e dos direitos humanos.  Traduzidos também na formação recente da Plataforma Aline e constituição da  Rede Nacional de Ciberativistas Negras que tem representação de quase todos os Estados do Brasil  e Eu  Mônica Aguiar  faço parte da Rede Nacional de Ciberativistas Negras /Minas Gerais .



Fontes e trechos : CRIOLA/ Plataforma Aline 
Fotos: CRIOLA/Internet

Discurso jornalístico padroniza comportamento da mulher no trabalho

Pesquisa investiga como o jornalismo aborda questões de gênero referentes a escolhas profissionais e carreira

“A mulher é guiada pela emoção e os homens pela razão” é o chavão popular que é ponto de partida para uma análise sobre os conceitos de feminilidade e masculinidade, discutidos, reconstruídos e ressignificados na pesquisa apresentada em artigo de Tatiane Leal para a revista Rumores. A autora discute a ideia de que a emoção, na mulher, sempre foi seu atributo natural e universal expresso nos comportamentos considerados típicos de todas as mulheres, e que se mostram parte de uma “retórica do controle direcionada ao gênero feminino: seus sentimentos devem ser manejados, a fim de serem transformados em capital produtivo, evitando que causem riscos à ordem social”.
A pesquisa investiga como as mídias, especificamente o jornalismo, abordam o tema, pondo em pauta a emoção no que diz respeito às escolhas profissionais e à carreira, tomando como objeto de análise matérias veiculadas nas revistas VejaÉpoca e Você S/A – Edição para Mulheres, esta última sobre carreira e negócios. Nessas publicações, a questão gênero e trabalho é resumida na frase: “emoções femininas são potência transformadora no mundo do trabalho”, desde que controladas, para não oferecer perigo, em uma clara oposição dos gêneros: “os homens são seres racionais – portanto, constantes e confiáveis – as mulheres emocionais, potencialmente invejosas, escandalosas e fracas, ou seja, imprevisíveis”.
Nesse cenário, Tatiane Leal se refere às emoções como fenômenos nascidos de um contexto social e cultural a preconizar que a racionalidade masculina é tida como mais confiável, objetiva e profissional do que a sensibilidade feminina, restrita ao mundo do lar. De acordo com esse pensamento, os homens estão mais aptos para atuarem no mundo extramuros, ao passo que as mulheres, “como seres dóceis”, estão confinadas ao mundo intramuros, em meio às tarefas domésticas e à maternidade – um “prato cheio” para a manipulação das mídias a serviço de ganhos e capital, já que, “o sentimento torna-se aspecto essencial do comportamento econômico, e a vida afetiva passa a seguir a lógica das relações de consumo e troca”..
No imaginário popular, mulheres são consideradas seres mais emotivos, ao mesmo tempo dóceis, escandalosas, fracas e imprevisíveis 
.Apesar de as revistas citadas acima afirmarem que as mulheres são mais sensíveis e emotivas do que os homens, observa-se a “novidade que aparece nesses discursos”: a valorização da emotividade, “não como característica associada à maternidade ou ao casamento, mas como diferencial na carreira”. Essa mesma sensibilidade está imbuída de qualidades e potencialidades para o sucesso no mundo do trabalho, como vemos, hoje, as mulheres ocuparem cargos que sempre foram reservados aos homens. Assim, as características femininas passaram a ser valorizadas no mundo corporativo e as mulheres são “talhadas para liderar”.
Se, nas revistas analisadas, as emoções femininas são atributos valorizados para a “construção de uma vida bem-sucedida”, ao mesmo tempo são manipuladas para se enquadrarem em um padrão de comportamento, pois, de acordo com a autora, sem “um rígido aparato de controle, mulheres seriam perigosas e inconstantes”. Estereótipos e preconceitos não faltam, já que a mulher é vista  como um ser instável, indigno de confiança, enfim, uma ameaça à garantia da obediência às normas sociais. Tatiane Leal ressalta a necessidade de analisar as atribuições de gênero como construídas pela cultura. “Assim, o imaginário do que é dado como natural é construído dentro de uma realidade cultural e perpassado por relações de poder”, conclui.
Tatiane Leal é doutoranda e mestre em Comunicação pela Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na linha de pesquisa de mídia e mediações socioculturais, e bolsista do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Fonte: JornaldaUSP -Margareth Artur
Foto: Internet

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

Aplicativo ajuda mulheres prevenir a violência sexual

Com o objetivo de prevenir a violência sexual, diversas mulheres estão encontrando no aplicativo Malalai um aliado para efetuar deslocamentos com mais segurança. Criado pela arquiteta mineira Priscila Gama, ele oferece informações que ajudam na escolha da melhor rota, além de possibilitar que amigos ou parentes monitorem o trajeto e sejam acionados em caso de emergência.

As usuárias do aplicativo têm acesso a um mapa onde é possível consultar informações como iluminação da via, movimentação, existência de ponto comercial aberto, presença de porteiros ou de segurança privada, presença de posto policial e ocorrência anterior de assédio.

Ao mesmo tempo, é possível eleger uma companhia virtual para seguir o trajeto, ou seja, uma pessoa que irá receber mensagens informando detalhes do deslocamento até o destino final.

Há, na ferramenta, um botão de emergência, que permite pedir socorro de forma ágil. Ao ser acionado, um alerta com a localização é enviado para até três pessoas escolhidas. É possível ainda criar um atalho deste botão na tela inicial do celular, para que se possa recorrer a ele mais rapidamente.

Por enquanto, a tecnologia só está disponível para Android. O aplicativo ainda está na fase de testes, mas já é bem avaliado. Na Play Store, onde é possível fazer seu download, a média das notas concedidas pelas usuárias é de 4,6, em uma escala que vai de 0 a 5.

De acordo com Priscila Gama, cerca de 300 mulheres em todo o Brasil já fizeram o download, das quais metade se mantém como usuárias ativas. Em fevereiro, o aplicativo deverá estar disponível para iOS e será finalizada a segunda versão para Android.

Para custear todo este desenvolvimento da tecnologia, será lançado no mês que vem uma campanha de financiamento coletivo. A arquiteta espera arrecadar R$ 17 mil.
Outra novidade que deverá ser anunciada em breve é o lançamento de um hardware, um colar com um pingente que esconderá um botão de emergência. Inicialmente, 20 usuárias irão recebê-lo gratuitamente.

"Um dos nossos estudos mostrou que mulheres evitam mexer no celular na rua porque acreditam que isso pode atrair violência. Daí a ideia de ter, atrelado ao aplicativo, um dispositivo na forma de uma joia ou um chaveiro. Outras peças poderão ser criadas no futuro", afirma Priscila. Ela diz que se a meta de R$ 17 mil do financiamento coletivo for superada, a cada R$ 500 extras será doado um colar a uma mulher em situação de vulnerabilidade.

Origem
A ideia do aplicativo surgiu em 2015, quando a organização não governamental Think Olga desenvolveu a campanha #PrimeiroAssédio. O objetivo era estimular as mulheres a contar, nas redes sociais, as agressões que já tivessem sofrido.
"Houve um relato que me chocou muito, que foi o de uma mulher estuprada em um taxi. Ela desmaiou e acordou na rua sentindo dores. Mas ela se lembra de que o taxista desviou da rota e lhe mostrou uma arma. Fiquei pensando que, se alguém estivesse acompanhando o trajeto dela e visse que o carro estava indo em outra direção, a história poderia ter sido diferente", afirma Priscila.

A arquiteta já começou a formular a proposta de um aplicativo que traga essa possibilidade e que ajude a enfrentar a realidade do assédio sexual no Brasil.
Dados de um levantamento feito pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), associação sem fins lucrativos, mostram que, em 2015, houve um estupro no Brasil a cada 11 minutos e 33 segundos.

Priscila Gama acredita que a realidade é muito pior, uma vez que muitos casos não são notificados. Para a arquiteta, o medo do assédio provoca o cerceamento do direito à liberdade e também traz limitações ao crescimento das mulheres.

"Deixar de fazer um curso que ocorre no período noturno, por exemplo, pode gerar menos possibilidades de networking ou de projeção profissional no seu local de trabalho".
A proposta do aplicativo foi apresentada na Startup Weekend BH 2015, um evento realizado em Belo Horizonte, voltado para a promoção de projetos tecnológicos inovadores.

"Como arquiteta, não tinha familiaridade com o desenvolvimento de aplicativos. Mas qualquer um podia subir no palco e apresentar suas ideias. Houve uma votação e 15 foram selecionadas para serem desenvolvidas. A minha ficou em segundo lugar. E lá mesmo você faz contatos com pessoas capacitadas que têm interesse em desenvolver o projeto com você", relata a criadora do Malalai.

O projeto recebeu inicialmente o apoio do Lemonade, um programa de pré-aceleração de startups. Atualmente, o Malalai conta com o suporte do Labora, um laboratório de inovação criado pelo instituto Oi Futuro e que incentiva projetos que tragam soluções para o desenvolvimento das cidades.

Questionário
No processo de criação da ferramenta, foi aplicado um questionário em mais de 2 mil mulheres, com o intuito de identificar costumes comuns entre elas ao efetuar deslocamentos. A pesquisa evidenciou o hábito de avisar conhecidos sobre o destino e a preferência por escolher caminhos com ruas mais movimentadas.
Um segundo levantamento, com 300 mulheres, buscou identificar quais dados seriam relevantes para a escolha do trajeto.

O Malalai busca reunir informações de forma colaborativa. As usuárias podem consultar o mapa e adicionar dados. Um ícone, por exemplo, é usado para destacar as ruas com pouca iluminação. Outros mostram onde há lojas, porteiro, segurança ou policiamento. Clicando nos ícones, é possível obter mais informações, como os horários em que há presença policial ou funcionamento do comércio.

O nome do aplicativo é uma homenagem à paquistanesa Malala, vencedora do Prêmio Nobel da Paz em 2014. Ela é conhecida por sua luta em defesa do acesso das mulheres à educação na região de sua terra natal, no nordeste do Paquistão, controlada por talibãs que impedem meninas de frequentar escolas. Quando tinha 11 anos, Malala começou a escrever para veículos ingleses sobre seu cotidiano. Com o aumento de sua popularidade, ela foi alvo de uma tentativa de homicídio, mas sobreviveu. Hoje, aos 20 anos e jurada de morte em seu país, a paquistanesa mora na Inglaterra, onde lidera um movimento internacional pelo direito à educação.
Fonte texto: EBC

sexta-feira, 22 de setembro de 2017

Mulheres são a maioria das vítimas do tráfico de pessoas, aponta relatório

Por:Alana Gandra - Repórter da Agência Brasil

Relatório apresentado durante o 1º Seminário Internacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas e Contrabando de Migrantes, no Rio de Janeiro, revela que de 2014 a 2016, a Secretaria de politicas para Mulheres,  contabilizou, pelo Serviço Ligue 180, um total de mulheres vítimas de tráfico de pessoas superior ao de homens, para fins de exploração sexual e trabalho escravo.

Do total de 488 casos identificados pelo Ligue 180 para exploração sexual, 317 eram mulheres e cinco homens. Para trabalho escravo, foram recebidas denúncias de 257 casos no período de 2014 a 2016, com predominância também de mulheres, 123 contra 52 homens.

Em termos de idade, a faixa etária compreendida entre 10 e 29 anos concentra cerca de 50% do total, de acordo com dados do Ministério da Saúde. Pela SDH, crianças e adolescentes são vítimas de tráfico de pessoas, especialmente nas faixas etárias de 0 a 17 anos. Entre 2014 e 2016, elas somaram 216 traficados do total de 413.

Ainda de acordo com o relatório, “o conceito de tráfico de pessoas utilizado pela polícia não é o mesmo que é empregado pelo Ministério do Trabalho ou pelas instituições que assistem às vítimas, impossibilitando a comparação”.

Outros dados
Já um levantamento do Ministério da Saúde revela que há maioria de mulheres – 301 - entre as 408 vítimas de tráfico de pessoas comunicadas de 2014 a 2016, representando 75% do total. O mesmo aponta estatística da Secretaria de Direitos Humanos, por meio do Serviço Disque 100. Há maioria de mulheres  - 166 para um total de 413 denúncias -, embora um número relativo de pessoas (157) não tenha informado o sexo.
Em relação ao número de pessoas vítimas de tráfico atendidas pelo serviço de Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (PAEFI) nos Centros de Referência Especializados de Assistência Social (CREAS), o Ministério do Desenvolvimento Social identificou grande maioria de pessoas do sexo masculino. Das 843 vítimas de tráfico, 631 são homens.

O relatório indica que em termos de idade, a faixa etária compreendida entre 10 e 29 anos concentra cerca de 50% do total de vítimas de tráfico de pessoas, de acordo com dados do Ministério da Saúde. 

Pela SDH, crianças e adolescentes são vítimas de tráfico de pessoas, especialmente nas faixas etárias de 0 a 17 anos. Entre 2014 e 2016, elas somaram 216 indivíduos traficados do total de 413.

Dados recentes da Polícia Federal, que compreendem de 2007 a 2016, revelam que no universo de pessoas indiciadas por tráfico de pessoas ou tipos penais correlatos, há mais mulheres do que homens em caso de tráfico de pessoas para fins de exploração sexual (147 contra 138 homens), enquanto no crime de redução à condição análoga à de escravo, a maioria dos indiciamentos é de homens (1.284 contra 99 mulheres).

Plano
O Ministério da Justiça e Segurança Pública iniciou a coleta de subsídios para a elaboração do 3º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas, cuja implementação está prevista para o período entre 2018 e 2021. Segundo o diretor do Departamento de Políticas de Justiça do ministério, Jorge da Silva, “o grande problema é que o Brasil também está na rota do tráfico de pessoas”.

Trata-se, segundo Jorge da Silva, de um problema sério, principalmente de exploração sexual e de trabalho escravo, com foco nos estados do Nordeste, em especial, embora ocorra também nas regiões Sudeste e Sul. “Nós estamos fazendo um grande esforço. A Polícia Federal tem trabalhado muito nas fronteiras. Eu diria que é um problema grave, sério, e a sociedade brasileira precisa estar antenada para esse problema”, sugeriu.

Em todo o mundo, o tráfico de pessoas só perde para o tráfico de drogas e de armas, em termos de recursos auferidos pelos exploradores, salientou o diretor. “Acho que nós estamos fazendo o dever de casa”. Dados da Organização Internacional do Trabalho (OIT) de 2014 apontam que os traficantes ganham US$ 32 bilhões com o tráfico de pessoas, sem contar o trabalho escravo, que produziria US$ 150 bilhões. “Estamos falando aí, no geral, de US$ 180 bilhões que esse mercado do submundo produz”.

O Brasil está passando do 2º Plano Nacional de Enfrentamento ao Tráfico de Pessoas para o terceiro plano, com apoio da União Europeia e do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC). Jorge da Silva disse que o plano dará ênfase à exploração sexual e ao trabalho escravo. Destacou que o Ministério do Trabalho tem exemplos de como se desenvolve não só o trabalho escravo, mas também a servidão doméstica no país, quando pessoas em condições de vulnerabilidade econômica aceitam qualquer tipo de trabalho e são exploradas até por empresas.

Fonte : AG. Brasil 

terça-feira, 19 de setembro de 2017

Professor que comparou cerveja escura a mulher negra se torna réu por racismo

A 2ª Vara Federal de Campos aceitou denúncia feita pelo Ministério Público Federal contra o docente Maurício Nunes Lamonica,  do Instituto Federal Fluminense (IFF), em Campos dos Goytacazes, no norte do estado. O professor sera , será investigado pelo crime de racismo. 

Em março do ano passado, o professor postou mensagem nas redes sociais comparando a mulher negra a uma cerveja escura. Em uma foto segurando uma cerveja, ele disse:
“Para ninguém achar que eu não gosto de afrodescendente”. E acrescentou: “Nega gostosa. Uh! Foi mal”.

Para Justiça Federal, a declaração do professor sugere desprezo pela população negra e se encaixa em discriminação pela cor de pele. Na denúncia, o MPF reforça que o racismo não está apenas na comparação entre a cerveja e as mulheres negras, mas também na ironia.
Os procuradores destacam também o fato de a agressão ter sido feita por um professor, que tem o papel de educar, e ter sido disseminada pela internet, com rápida repercussão.

Na época, o professor foi denunciado pela Comissão de Igualdade Racial da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) de Campos, que elaborou uma notícia-crime contra Lamonica.

O racismo coloca em risco a vida das mulheres negras

O movimento de mulheres negras chama atenção para a relação entre machismo e racismo, que reforça estereótipos de gênero e contribui para aprofundar desigualdades.

 A coordenadora da organização não governamental Criola, Lúcia Xavier, vem alertando para a sexualização de mulheres negras, que tem um fundo histórico, e é responsável pela desvalorização da vida delas. O resultado, afirma, está no crescente índice de violência.
Pesquisa da Organização Mundial de Saúde (OMS) constatou, por exemplo, que o número de mortes violentas de mulheres negras aumentou 54% em dez anos, entre 2003 e 2013, chegando 2.875 vítimas. No mesmo período, homicídios de mulheres brancas caiu 9,8%.

Defesa
O advogado do professor do IFF, Amyr Moussalem, afirmou que Lamonica não foi notificado e prefere não se pronunciar. Ele adiantou, no entanto, que o acusado vem participando de diversas audiências sobre o tema e inclusive já se retratou publicamente.

Por meio da assessoria de imprensa, o Instituto Federal Fluminense informou que na época do ocorrido abriu um processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do professor e decidiu pela aplicação de uma advertência. Segundo o instituto, ele ficou afastado das atividades durante o processo e atualmente voltou a dar aulas no ensino médio.

  • Por Raquel Júnia - Repórter do Radiojornalismo/ Colaboração  Isabela Vieira - Agência Brasil
  • Redição : Mônica Aguiar  
  • Foto : Blogueiras Negras . Cartaz adaptação da campanha  " SUS  Sem Racismo" de 2014.

sábado, 16 de setembro de 2017

Conferência Internacional sobre culturas africanas

Cabinda - A cidade de Harare, capital da República do Zimbabwe, acolheu nesta primeira quinzena de setembro a 2ª Conferência Internacional sobre Culturas Africanas (ICAC), organizada pela Galeria Nacional de Artes daquele país africano.

Em nota à Angop , a Embaixada de Angola no Zimbabwe, fala  que o evento serviu de plataforma para reimaginar o futuro das instituições de arte e indústrias do património diante dos atuais desafios socioeconômicos e políticos no continente.

De acordo com o documento, o encontroo tem lugar num momento em que as instituições de arte de todo o mundo precisam de atenção urgente tanto das autoridades locais quanto das corporações e seus governos.

No encontro teve temas como:- "A dimensão histórica da arte em África", "O desenvolvimento da arte contemporânea no continente", "Espaço e Urbanismo para o futuro de África", "Construindo a partir do zero e conectando os espaços abertos para a arte africana contemporânea", "A tradição do design em África e seu impacto nas artes e na cultura" e "O papel do património na formulação de identidade".

Durante o evento, foi inaugurada uma exposição com obras de diferentes artistas do continente africano, com destaque para as principais narrativas africanas ao explorarem pontos de encontro africanos e ocidentais num contexto de preocupações contemporâneas.

Estiveram presentes nessa conferência internacional sobre cultura e arte africana, representantes do país anfitrião, Zimbabwe, bem como da África do Sul, Angola, Zâmbia, Uganda, Nigéria, Ghana, Quénia, Botswana, Namíbia, Senegal. A maioria dos presentes era acadêmica que desenvolvem trabalhos de pesquisas nas áreas ligadas indústrias criativas, cultura, patrimônio e ensino artístico.

A primeira Conferência Internacional sobre Culturas Africanas (ICAC) foi realizada em 1962, igualmente em Harare, desempenhou um papel importante pelos seus resultados, não só para a região, mas para todo o continente.

O seu impacto permitiu traçar as formas em que instituições, governos, académicos e os praticantes envolvidos com o continente deverão interagir para promover no futuro a discussão da arte e cultura.

No final do evento, os participantes visitaram as ruínas da antiga Capital do reino Monomutapa, conhecidas por Great Zimbabwe, inscritas na UNESCO como patrimônio mundial da Humanidade, e estiveram nas escolas de artes e exposições de artes esculpidas em pedra.

Leia na integra http://www.angop.ao/angola/pt_pt/noticias/lazer-e-cultura.html 

Fonte :ANGOP


Em Santos, mulheres poderão descer fora dos pontos de ônibus durante a noite

Legislação com o mesmo teor já está em vigor em outras cidades da região

A exemplo do que já acontece em outros municípios da Baixada Santista, em Santos, mulheres que utilizam o transporte público municipal poderão descer dos coletivos fora dos pontos, após as 22 horas. A medida, que entra em vigor neste domingo (17), visa garantir mais segurança às passageiras em horários considerados perigosos e foi anunciada pela Prefeitura em entrevista coletiva nesta sexta-feira (15). 
(Foto: Carlos Nogueira/AT)
Com a novidade, que será implantada por meio da aprovação de decreto, os motoristas de ônibus poderão fazer o desembarque das mulheres em qualquer local onde seja permitido estacionamento, mesmo que no trecho não haja ponto de parada regulamentado. A única condição imposta é que seja respeitado o trajeto original do coletivo. A medida vale para o período entre 22 e 5 horas. 
Outras cidades 
Legislação com o mesmo teor já está em vigor em outras seis cidades da região. Guarujá e Itanhaém foram as primeiras a adotar o desembarque fora dos pontos de ônibus, entre 22 e 5 horas. Nas duas cidades, desde 2014, passageiras do sexo feminino podem descer em locais mais próximos de suas residências, por segurança. 
Em Cubatão, a mudança entrou em vigor em agosto de 2015. Porém, na Cidade, ela vale para passageiros de ambos os sexos. No mesmo período, usuários têm o direito de solicitar aos motoristas que parem os veículos fora do ponto, a fim de que desçam do coletivo com segurança. Passageiros que aguardam por condução também podem pedir aos motoristas, no mesmo horário, que parem fora do local específico para pegá-los. No mesmo ano também entrou em vigor a mudança em Mongaguá e Peruíbe. 
Já em Praia Grande, o programa “Parada Segura”, também válido entre 22 e 5 horas, está em vigor desde o ano passado. Ele contempla mulheres e pessoas com deficiências visual e física. Para que o condutor possa parar no local desejado, a única orientação é que ele seja informado antes.
Em São Vicente, o transporte público também tem permissão para parar em outros locais, além do ponto de embarque e desembarque, a qualquer momento. No Município, a medida vale para todos os passageiros.  e 

Já em Bertioga, o desembarque fora do ponto de ônibus também é autorizado a passageiros de ambos os sexos, desde o ano passado. Na Cidade, a solicitação é feita pelo passageiro, por meio dos dispositivos sonoros ou luminosos disponíveis no veículo, ou diretamente ao motorista, que tem a responsabilidade de fazer a parada em local que ofereça segurança no momento do desembarque

Medida só valerá no período da noite, desde que seja respeitado o trajeto do coletivo

Fonte:atribuna

Em nota, Sindicato dos Jornalistas condena sexismo na redação

O Código de Ética dos Jornalistas determina que é dever dos jornalistas combater quaisquer práticas de perseguição ou discriminação
Coletivo de Mulheres Jornalistas – Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF
O jornal Correio Braziliense, veículo impresso de maior circulação na capital do país, publicou nessa segunda-feira (11/9), em sua edição impressa e também em seu site, um texto, na seção “Crônica da Cidade”, que causou perplexidade, indignação e revolta em jornalistas do Distrito Federal e também em diversos leitores.
Intitulado “A estagiária”, em sua versão impressa, e “O primeiro dia de trabalho de Melissinha”, na versão on-line, o texto, assinado pelo jornalista Guilherme Goulart, mesmo que em formato de crônica, é um explícito desrespeito às mulheres, de modo geral, e às jornalistas e estagiárias, em particular. A maneira em que trata o assédio como forma corriqueira escancara o machismo e o sexismo ainda tão presentes nas redações, além de potencializar a ideia encrustada no imaginário da nossa sociedade patriarcal da mulher como objeto e de disputa entre colegas no ambiente de trabalho.
A repercussão negativa fez com que o jornal retirasse o texto do ar, logo que os comentários em repúdio começaram a circular nas redes sociais. As reações foram proporcionais ao nível de desrespeito contido no texto, que certamente passou pelo crivo do responsável pela editoria de Cidades.
Na manhã desta terça-feira (12), o jornal e o jornalista publicaram um pedido de desculpas, reconhecendo o erro desproporcional e a nocividade do texto. No entanto, as retratações não retiram a gravidade do fato, que continua merecendo o nosso repúdio e reflexão.
O escárnio vem num momento em que crescem as denúncias de estupros e violência sexual contra as mulheres, muitas vezes divulgadas nas páginas do próprio jornal. O Correio Braziliense errou feio ao publicar um texto que naturaliza o desrespeito contra a mulher em seu ambiente de trabalho. E, pior, naturaliza a ideia de que estagiárias estão nas redações para serem assediadas pelos seus colegas, posicionados em situação de hierarquia.
É inacreditável, conforme escreveram diversos leitores e jornalistas, que o texto, sem qualquer relevância e interesse público, conforme preconizam as teorias do jornalismo, tenha passado pela chefia do setor em que fora publicado.
Por isso, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do DF e o Coletivo de Mulheres Jornalistas do DF repudiam o texto e pedem explicações à direção do jornal sobre a publicação do conteúdo, de responsabilidade não somente do jornalista, mas, sobretudo, do veículo. Além disso, se solidarizam com as jornalistas e estagiárias frontalmente atingidas e com todas as outras que já foram vítimas de assédio.
O SJPDF ressalta que uma das ações realizadas no último ano foram as cobranças e fiscalização para que as direções dos veículos respeitem os estagiários, muitas vezes explorados como substituição da força de trabalho de jornalista profissional.
Também vale destacar a pesquisa realizada em 2016 pelo Sindicato, mostrando que 77,9% das jornalistas já sofreram algum tipo de assédio moral por parte de colegas ou de chefes diretos. Um número maior ainda, 78,5%, já enfrentou algum tipo de atitude machista durante entrevistas.
O Código de Ética dos Jornalistas determina que é dever dos jornalistas combater quaisquer práticas de perseguição ou discriminação. Assim como manter relações de respeito e solidariedade no ambiente de trabalho.
O fato ocorrido ontem demonstra que ainda temos muito pelo que lutar e destaca a necessidade de intensificar a campanha contra o machismo e o assédio sexual nos locais de trabalho. Também nos faz reafirmar que esse tipo de jornalismo, sem qualquer consideração ética e diálogo com o interesse público, não é o modelo que defendemos. Exigimos, portanto, explicações do jornal Correio Braziliense.
» Coletivo de Mulheres Jornalistas 
Fonte : Agência Patrícia Galvão 

quinta-feira, 14 de setembro de 2017

Encontro Debaterá Sobre -"Saúde Mental, Gênero e Violência"

O Conselho Regional de Psicologia, juntamente com a Rede de Enfrentamento à Violência Contra a Mulher realizará amanhã,  dia 15, às 8h30, na Escola Superior de Advocacia da OAB, encontro sobre saúde mental, gênero e violência.
 A atividade tem a colaboração da Ordem dos Advogados Seção Bahia (OAB-BA), do Conselho Regional de Serviço Social da 5ª Região – Bahia (CRESS-BA), do Conselho Regional de Medicina do Estado da Bahia (CREMEB), do Conselho Regional de Fisioterapia e Terapia Ocupacionalda,  do Núcleo de Estudos Interdisciplinares sobre a Mulher – NEIM, e  da Rede Dandaras.
Temas como saúde mental, violência contra a mulher e aborto serão objetos de debate no encontro. As/Os participantes contarão com palestras, oficina sobre notificação compulsória em situações de violência, além do (re) lançamento do livro “O aborto e (não) desejo de maternidade(s): questões para a psicologia”.
As inscrições serão gratuitas e podem ser realizadas  no local, com fornecimento de atestado de frequência e justificativa par falta no trabalho, quando solicitado.
Programação 
8:30h às 9:00h – Inscrições e credenciamento
9:00h às 10:00h – Saúde mental, gênero e violência
Profa Dra. Valeska Zanello (Professora de Psicologia da UnB, Pesquisadora sobre saúde mental e gênero, foi representante do Conselho Federal de Psicologia no Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (SPM) e no GEA (Grupo de Estudos do Aborto), é Membro do Grupo de Estudos Feministas (GEFEM) da UnB.
10:00h às 12:00h – Violência contra a mulher: uma discussão interdisciplinar
CRP03 – Alessandra Almeida
CREMEB – Dra Débora Angeli
CRESS – Elisângela de Souza Santos
CREFITO – Dra. Patricia  Moreira Bastos
OAB/BA – Dra. Itana Viana
REDE DE ENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER – Sandra Munoz
NEIM /UFBA – Dra. Darlane Andrade
REDE DANDARAS – SAÚDE DA MULHER NEGRA – Laura Almeida
12:00h às 13:00h – Intervalo
13:00h às 16:00h – Vivência sobre Notificação compulsória em situações de violência contra a mulher
Cynthia Amaral (Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do Ministério Público da Bahia)
Jaqueline A. de Jesus Brito (Centro de Apoio Operacional dos Direitos Humanos do Ministério Público da Bahia)
Emanuelle Goes (ISC/UFBA)
Ana Claudia Urpia (GTRGP/CRP03, GT Rede de Enfrentamento à violência, Secretaria Municipal de Saúde de Salvador)
Edna Rezende (Secretaria Municipal de Saúde de Salvador)
16:00h às 16:30h – Intervalo
16:30h às 18:30 –  Aborto: uma discussão interdisciplinar
Palestra e (re)lançamento do livro “O aborto e (não) desejo de maternidade(s): questões para a psicologia” – Profa. Dra. Valeska Zanello (UnB)
As mulheres e a autonomia sobre os seus corpos: discussões acerca do aborto e dos direitos sexuais e reprodutivos – Alessandra Almeida (Grupo de Trabalho Relações de Gênero e Psicologia – CRP03)
Aspectos jurídicos relacionados ao abortamento – Dra Camila Vasconcelos (OAB/BA)
18:30h às 19:00h – Encerramento

SERVIÇOS 
  • Escola Superior de Advocacia da OAB – R. do Carro, 136 Edf. Centro de Cultura João Mangabeira, Campo da Pólvora, Salvador.
  • Contato: eventos@crp03.org.br. 
  • Inscrições: https://www.sympla.com.br/saude-mental-genero-e-violencia__189511

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