segunda-feira, 31 de outubro de 2016

O “Empoderadas do Samba” Faz Reflexão no Centenário do Samba sobre Feminismo Negro

Equipe de filmagem do Empoderadas: Renata Martins, Dani Evelise (agachada),
Mariane Nunes, Nega Duda, Maitê Freitas, Ana Julia Travia e Agnis Freitas.

No ano em que o Samba comemora o seu centenário, acontece ate 3 de dezembro o ciclo de diálogo e reflexão sobre a mulher no samba de São Paulo, durante o projeto Empoderadas do Samba


Idealizado pela jornalista Maitê Freitas e pela cineasta Renata Martins, o Empoderadas do Samba nasce do encontro dos projetos Samba Sampa e Empoderadas (web-série). 
Ao todo, serão quatro atividades públicas de intervenção e reflexão nas rodas de samba de São Paulo sobre o feminismo negro, nos quatro distritos: sul, norte, leste e oeste.

Nesta edição especial, o Empoderadas do Samba pretende fazer a cada encontro uma intervenção feminista nas rodas – onde a presença masculina é majoritária.  Serão quatro encontros, nomeados de Samba-Conversação, que reúnem sambistas: pesquisadoras, musicistas e cantoras negras nas rodas temáticas onde o feminismo negro será abordado em diferentes aspectos. 
O projeto inédito reúne em sua equipe técnicas e entre as convidadas mulheres negras pesquisadoras, comunicadoras, ativistas no feminismo e empoderamento da mulher negra.
Iniciando dia 30 de outubro (domingo), as samba-conversadoras Claudinha Alexandre (jornalista e pesquisadora) e Ericah Azeviche (cantora) falam na roda Axé de langa: a espiritualidade e o feminino nas rodas de samba, antecedendo a Praça do Samba organizada pelo Kolombolo Diá Piratininga, tradicional no bairro de Pinheiros, que comemora no mesmo dia sua centésima roda ao lado da velha-guarda do samba paulista e diversos convidados. No encontro, as samba-conversadoras Claudinha Alexandre e Ericah Azeviche refletiu  sobre os aspectos litúrgicos e sagrados presentes na tradição do samba, a preservação da ritualística e da memória através da presença feminina.
No dia 8 de novembro (terça-feira), é a vez da samba-conversação acontecer no Samba do Congo, na Casa de Cultura da Brasilândia, com o tema Samba, minha raiz: o samba, a roda e a cidade como espaços de pertencimento e afetividade,  a pesquisadora Kelly Adriano e cantora Roberta Oliveira falarão sobre suas memórias nas rodas de samba em São Paulo e os aspectos do memória e da identidade.
Integrando as comemorações da Consciência Negra, no dia 21 de novembro (segunda-feira) é a vez do Samba da Vela receber o Empoderadas do Samba, com o tema Sereia Guiomar: a representação feminina e o corpo feminino no samba, a performer Val Souza e a ritmista e socióloga Verônica Borges.
Encerrando este ciclo, no dia 3 de dezembro (domingo) o Empoderadas do Samba adentra o Samba das Pretas – roda idealizada e composta integralmente por mulheres negras –, na Cidade Tiradentes, com o tema Das coisas que mamãe me ensinou: feminismo, samba e interseccionalidade com a participação da filósofa e secretaria adjunta dos direitos humanos  do município Djamila Ribeiro e pesquisadora Jaqueline Lima.
Os encontros são gratuitos e abertos para o público em geral.

Samba-conversação | Programação 2016


[Roda 2] Samba, minha raiz: o samba, a roda e a cidade como espaços de pertencimento e afetividade
Data: 8/11 [Terça-feira] das 18h às 20h
Samba do Congo  | Casa de Cultura Brasilândia
Endereço: Praça Benedita Cavalheiro, s/nº, Brasilândia
Samba-conversadoras: Kelly Adriano (Dra. em Ciências Sociais e Mestre em Antropologia Social) e Roberta Oliveira (Cantora)
[Roda 3] Sereia Guiomar: a representação feminina e o corpo feminino no samba
Data: 21/11   [Segunda-feira] das 18h às 20h
Samba da Vela | Casa de Cultura de Santo Amaro
Endereço:  Praça Dr. Francisco Ferreira Lopes, 434 – Santo Amaro
Samba-conversadoras:  Val Souza (Performer e Mestranda pela UFBA) e Verônica Borges (Sóciologa e Ritmista)
[Roda 4]  Das coisas que mamãe me ensinou: feminismo, samba e interseccionalidade
Data: 3/12   conversa 20h às 22h
Samba das Pretas | Cidade Tiradentes
Endereço: Point da Naná – Avenida dos Têxteis, 668 – Cidade Tiradentes
Samba-conversadoras: Jaqueline Lima (Militante do Movimento Negro e Dra em Antropologia Social pela UNICAMP) e Djamila Ribeiro (Mestre em Filosofia, Colunista e Secretária Adjunta da Sec. Mun. de Direitos Humanos e Cidadania de São Paulo.)
Fonte: TNM 

sexta-feira, 28 de outubro de 2016

Jornalista Etiene Martins Cria Canal para Falar Sobre Literatura Negra



por Mônica Aguiar 

A jornalista e publicitária Etiene Martins, inaugura  canal para falar 
sobre literatura negra . 

De acordo com Etiene,  a proposta que toda semana tenha um vídeo novo para falar de uma literatura negra e assim estimular a leitura destas literaturas.  
O primeiro vídeo , foi publicado dia 27 de outubro,  no Youtube,  esta disponível acima..  

A iniciativa de Etiene,  dar plena condições para professores,  que estão envolvidos com implementação da Lei 10639/13, desenvolver um trabalho bem bacana nas escolas. 

Mesmo com a falta de investimento por parte de várias governos e gestores para implementação da lei independente da esfera administrativa, mesmo com  o desconhecimento por parte de vários professores com relação ao tema e dificuldade ao acesso de material para estudos da  história e cultura dos afro-brasileira, o preconceito e  a  discriminação existentes  por parte de vários conselhos municipais do pais, mesmo com a falta de um prazo estabelecido dentro da Lei 10639/13  para implementação de suas diretrizes em 100% dos municípios. Esta ação da jornalista Etiene Martins , exemplifica de uma forma muito prepositiva, as centenas de ações de professores,  em especial professoras do Brasil que estão envolvidos com o combate ao racismo, a democratização das informações e do ensino brasileiro.

A escola ao meu ver é o principal local de se trabalhar informações verdadeiras,  reconstruir  no imaginário das crianças, adolescentes, jovens e adultos,   padrões e referências verdadeiras do potencial político, social, científico do povo negro e a sua importante participação da construção da sociedade brasileira, a valorização e conhecimento da cidadania e a importância da alto estima com relação as referências existentes. 

 Etiene Martins é militante no movimento negro, iniciou sua carreira como repórter da revista Raça Brasil. Foi assessora de comunicação da sexta edição do Festival de Arte Negra em Belo Horizonte é professora, criou o prêmio Afro Sabará e em 2015 o Jornal Afronta.  
Foi umas das sessenta e duas homenageadas no IIIº Destaque Mulher Negra, homenagem nacional ocorridos dia 28 de julho,em Belo Horizonte,   em comemoração ao dia 25 de julho dia de luta da mulher negra . 

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Apenas 5 mulheres negras eleitas vereadoras em 2016 em todo Brasil

De acordo com o TSE, foram 493.534 candidaturas em todo o Brasil nas eleições 2016, sendo 156.317 candidaturas do sexo feminino. Para o cargo de vereador , foram 460.651 candidaturas em todo o Brasil. Dessas, 151.390 (32,9%) são de mulheres, mas somente 15,3% (70.265) de mulheres negras. Considerando somente as mulheres que se auto-declararam ‘pretas’, essa proporção é de 2,8% do total  e candidatos a vereador em todo o Brasil. Apenas  5 mulheres negras eleitas  vereadoras em 2016. São ativistas sociais, feministas, em defesa dos direitos humanos  as mulheres, dos negros, dos Lgbts e dos excluídos.




Marielle Franco  – Vereadora do Rio de Janeiro é da favela da Maré. É socióloga, militante do PSOL e coordenadora da Comissão de Direitos Humanos da Alerj. Marielle Franco ao levantar as bandeiras do feminismo e da defesa da população das favelas atraiu 46 mil eleitores, tornando-se a quinta mais votada em toda a cidade.





 


Talíria Petrone Soares – Vereadora em Niterói
Filiada ao (Psol) foi a mais bem votada da cidade de Niterói no estado do Rio de Janeiro. Talíria Petrone, mulher negra e ativista dos movimentos em defesa das minorias, dos negros, mulheres, lgbts, jovens e idosos.











Ana Nice – São Bernardo do Campo filiada ao PT
Agradeceu os movimentos sociais e sindicais da Região, além de companheiros de partido. “Eu não cheguei a 4.090 votos sozinha, essa é uma conquista coletiva. Temos muita luta pela frente, mas temos uma bancada da esquerda que vai trabalhar pelas minorias, para que os avanços sociais conquistados nos últimos anos não sejam perdidos.







Verônica Lima – Vereadora em Niterói filiada ao PT  foi a primeira vereadora negra de Niterói,  eleita  no pleito de 2012 e reeleita em 2016. Verônica, nascida em São Gonçalo, alem da luta pela causa negra, dedica  o mandato à causa da habitação popular.






Aurea Carolina - Vereadora em Belo Horizonte




Foi eleita a vereadora com o maior número de votos em Belo Horizonte. A candidata pelo PSOL Áurea, começou sua atuação política no movimento hip hop de BH. Cientista política pela UFMG, também é especialista em gênero e igualdade pela Universidade Autônoma de Barcelona.





Por Hernani Francisco da Silva – Do Afrokut

terça-feira, 25 de outubro de 2016

3° CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, SAÚDE E IGUALDADE RACIAL




3º CONGRESSO INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO, SEGURANÇA, 
SAÚDE E IGUALDADE RACIAL


LANCEIROS NEGROS : A VISÃO ATUAL DOS DESAFIOS E PERSPECTIVAS PARA O POVO NEGRO

 



Organização: FACE DE ÉBANO OFICIAL

05 DE NOVEMBRO DE 2016


O Grupo Face de Ébano sob a coordenação da professora, ativista gaúcha Irlanda Gomes realiza no dia 05 de Novembro de 2016 o 3º Congresso Internacional de Educação, Saúde, Segurança, e Igualdade Racial. Neste ano o tema do Congresso é Lanceiros Negros : A Visão Atual dos Desafios e Perspectivas Para o Povo Negro.

A segunda edição aconteceu nos dias 05 e 06 de Setembro de 2015, na Assembléia  Legislativa do Rio Grande do Sul, tendo como objetivo, dentre outros, reunir especialista, militantes, interessados, em geral, e instituições nacionais e internacionais, visando discutir estratégias e as políticas públicas voltadas para disseminação da cultura antirracista e o respeito às diferenças étnicas como fatores essenciais ao desenvolvimento sustentável da sociedade, bem como os desafios que se apresentam e as perspectivas futuras.

Com caráter apartidário e sem fins lucrativos, o 3º Congresso é uma iniciativa pioneira do Grupo Face de Ébano que reafirma os espaços de igualdade e equidade da população afro-brasileira.
Programação:

05 de Novembro de 2016 – Sábado – Manhã

08h00min - Credenciamento

08h30min – Abertura
Convidados:
 - Governador
- Prefeito
- Presidente da Câmara Municipal
- Presidente da Assembleia Legislativo
- Secretária da SEPPIR – Brasília
- Secretária da Secretaria Adjunta do Povo Negro

Cantora  lírica : Marguerite Silva Santos
Oração de abertura: Pai Clovis do Xangô Agandjú

09h30min – Palestra – Cultura Popular, Empreendedorismo e Sustentabilidade
- Prod. Cultural Dilmair Monte (palestrante)
- Designer Cláudia Campos (palestrante)
- Prod. Cultural Gilberto Souza (mediador)
Declamação de poesia :Dr. Antônio Carlos Côrtes (Presidente do  Conselho Estadual de Cultura)
Homenagem aos 100 anos do samba ( lei 10.639/03): Prof.ª Edilamar Gonçalves 

10h30min – Palestra – Educando Para a Diversidade ( Lei 11.645/08)
- Prof.ª  Adélia Azevedo (palestrante do RJ)
- Presidente do IADESC do Brasil Júcelio Fernandes (palestrante SP)
Relato de superação Amanda Garcia Ribeiro (Alvorada – RS)

11h30min – Palestra – A Saúde da População Negra
- Sra. Neusa Maria da Rocha Carvalho (palestrante)
- Coordenadora do comitê  de saúde PNHMI Sra. Claudete Moreira (mediadora )
- Sra Elaine Oliveira ( palestrante )
Relato de superação : Dr. Domingos Oscar Soares Luz

12h30min – Intervalo

13h30min – Apresentações Artísticas
- Luciano Judah e Malu Viana
- Nina Fola e Ìdòwú Akínrúlí 
- Jukinha Oliveira 
- Halana Pereira da Silva

14h30min – Palestra – Lanceiros Negros 
- Prof. Adriano Viaro (palestrante)
- Jornalista Fernanda Carvalho (palestrante)

Declamação de poesia ( homenagem especial ao ícone Nilo Feijó ( in memorian): Lilian Rocha

15h30min – Palestra – Desafios e Perspectivas Para Juventude Negra
- Prof. Hélio Santos (palestrante de Salvador)
- Estudante Ludmila Duarte (mediadora de Tramandaí- RS)

Relatos de superação:  Pâmela Marques da Silva ( Alvorada - RS)

Divulgação de livros e filmes afros: Sanny Figueiredo ( Esteio -RS) 

16h30min – A violência Contra Negros no Brasil e Exterior Em Face De Desigualdade Social
- Dr. Francisco Ialá ( palestrante Guiné Bissaú)
- Ex.ª. Secretária Luislinda Valóis (palestrante  SEPPIR – Brasília)
- Dr. Lucio Antonio Machado Almeida (mediador)

17h30min – Honra ao Mérito

18h30min – Encerramento
https://www.sympla.com.br/inscricao?id=96074

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Brasil está entre os piores países do mundo para ser menina, diz ONG


O Brasil é o 102º pior país do mundo, entre 144, para ser uma menina. É o que aponta um relatório da ONG Save The Children, divulgado por ocasião do Dia Internacional das Meninas.

Segundo o documento, o Brasil aparece no ranking atrás de nações como Sudão, Iraque, Índia e Síria, que enfrentam duradouros conflitos internos ou recorrentes casos de abuso sexual, principalmente contra as mais novas. O último na classificação é o Níger, enquanto o primeiro é a Suécia. Já a Itália está em 10º lugar.


Para a Save The Children, o Brasil, apesar de ser um país de classe média, convive com elevadas taxas de casamento e fertilidade infanto-juvenis, contribuindo para sua colocação no ranking. Além disso, a maior economia da América Latina registra baixos índices de escolaridade secundária entre as meninas.

O relatório também aponta que, em todo o mundo, uma garota com menos de 15 anos se casa a cada sete segundos e que mais de 1 milhão de jovens dessa faixa etária se tornam mães a cada ano. Geralmente, essas meninas contraem matrimônio com homens muito mais velhos por causa da pobreza ou de normas discriminatórias.

Além disso, a cada 12 meses, 70 mil adolescentes entre 15 e 19 anos morrem por causas ligadas à gravidez ou ao parto. Ainda de acordo com a ONG, outras 16 milhões colocam um filho no mundo a cada ano.


Nessa faixa etária, as complicações na gestação representam a segunda principal causa de morte, atrás apenas do suicídio. Além disso, 30 milhões de meninas em todo o planeta correm o risco de sofrer mutilações genitais ao longo da próxima década, e mais de um terço das jovens dos países em desenvolvimento está fora da escola ou do mercado de trabalho formal.

Em nível global, apenas 23% dos assentos parlamentares é ocupado por mulheres, sendo que o percentual mais elevado é em Ruanda (64%).

Por UHN 
Fonte R7
Foto ilustrativa : UNEAFROBRASIL

segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Mulher Negra é impedida de socorrer passageiro por tripulação não acreditar que ela fosse médica


A médica obstétra e ginecologista Tamika Cross passou por momentos de tensão na última semana ao embarcar em um vôo de Detroit para Houston, nos Estados Unidos. Segundo desabafou a americana no Facebook, durante a viagem um passageiro passou mal a apenas duas cadeiras a sua frente e ela foi impedida de ajudá-lo pela tripulação que não acreditou que Tamika fosse de fato médica. 


Eu naturalmente entrei no 'modo doutora' quando percebi que ninguém estava se levantando para ajudá-lo. Destravei meu sinto e quando fui levantar uma comissária disse: 'Todos fiquem calmos, foi apenas um pesadelo, ele está bem'. Então eu continuei a assistir a cena de longe", relatou.

"Poucos minutos depois ele continuava a não responder e a comissária pediu ajuda para algum médico à bordo. Levantei minha mão para chamar atenção dela. Ela me disse: 'Oh, não queria, abaixe sua mão, nós precisamos de médicos ou enfermeiros de verdade, nós não temos tempo para conversar agora. Tentei falar para ela que era uma médica mas eu continuava a ser condescendentemente cortada", continuou.

Quando a comissária aceitou escutar finalmente o que Tamika estava tentando dizer, ela a encheu com perguntas. "Ela falou: 'Me deixe ver suas credenciais. Que tipo de médica você é? Onde você trabalha? Por que você estava em Detroit?", escreveu a obstetra na rede social.
"Enquanto isso um homem branco se levantou falando que era um médico também e ela me disse: 'Obrigada pela sua ajuda, mas ele pode nos ajudar, ele tem as credenciais", descreveu Tamika, informando que o homem sequer havia mostrando algum documento. 

A médica explicou ainda que quando o homem já passava bem, a mesma comissária foi lhe pedir desculpas e lhe ofereceu milhas por conta do mal entendido. "Eu gentilmente recusei. Não quero milhas em troca para esquecer a discriminação. Independente de ter acontecido por conta da cor, idade, discriminação de gênero, não foi certo", finalizou Tamika. 

Fonte:UOL/primeirahora

quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Mulher-Maravilha será embaixadora da ONU . Estereótipo de beleza ou empoderamento ?

Por Mônica Aguiar 

Campanha de igualdade de gênero é meta da ONU para próximos 15 anos.




A Organização das Nações Unidas ganhará o reforço da Mulher-Maravilha e seus superpoderes para uma nova campanha de defesa dos direitos das mulheres e meninas.

A nomeação torna a personagem  o rosto dentro da campanha global da ONU,  na agenda dos 17 objetivos de Desenvolvimento Sustentável, que devem ser implementados por todos os países do mundo durante os próximos 15 anos, até 2030. O lançamento terá um ano de duração, representara  também a busca da  igualdade de gênero e empoderamento para as mulheres. 

A heroína da série de desenhos animados e histórias em quadrinhos (e do filme que estreia em 2017) será oficialmente nomeada embaixadora honorária da ONU durante uma cerimônia no dia 21 de outubro.   

Resta saber qual sera a cor desta mulher maravilha que representara este projeto para empoderamento das mulheres, uma fez que em vários países a maioria das mulheres são negras .  

O  objetivo central deveria considerar dentro dos princípios citados  que tendem ajudar a comunidade empresarial a incorporar em seus negócios valores e práticas que visem à equidade de gênero e ao empoderamento de mulheres,  a  utilização de imagens de mulheres dos grupos étnicos raciais no mundo. 
A observar as noticias  já publicadas em grandes jornais na mídia,  a imagem relacionada continua sendo de uma mulher maravilha branca, com corpo escultural, com um perfil de mulher que esta longe dos padrões normais da mulher comum na sociedade .  Este estereótipo de beleza ainda existente  servem  para fins somente comerciais e que se importam muito pouco com os sentimentos da mulher em geral, a chamada imagem reforçada, somente serve para ser  realizada com fins financeiros , ser bem aceita em qualquer lugar do mundo, pois esta imagem de mulher esta dentro dos padrões globalizados,  ter um corpo escultural e ser branca.  Este reforço incessante de padrão de beleza reafirmado no racismo e no patriarcado,  estão longe do que se pretende atingir dentro dos objetivos constituídos das relações de gênero, continuam  reproduzindo, controlando e manipulando,  padrões  de beleza pre estabelecidos para mulheres, distanciando ainda mais do poder e dos direitos emancipados . 
Relembrando 


A Mulher Maravilha  é a primeira heroína da DC Comics ,criada pelo Dr William Moulton Marston  nos Estados Unidos  teve sua primeira apresentação na All Star Comics #8 em Dezembro de 1941. Em sua história seu alter Ego é Princesa Diana de Themyscira,  de Origem Grega. Contudo em 1973 A DC Comics apresenta a primeira super heroína Negra da história da HQ, Seu nome é Núbia/ Nu’Bia Criada por Robert Kanigher e Don Heck, sua primeira aparição foi em  Janeiro de 1973 na edição Wonder Woman – vol. 1 # 204


terça-feira, 11 de outubro de 2016

Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher: o papel do acesso à informação

O direito à informação é visto como um direito instrumental pois serve de meio para a efetivação de outros direitos humanos. No caso dos direitos das mulheres não é diferente, especialmente no que diz respeito à promoção de uma vida livre de violência e discriminação.

Fator que permite o empoderamento e, assim, a efetivação de direitos, o acesso à informação também contribui para que as mulheres possam tomar decisões informadas em diversos campos, como a saúde, educação, moradia e questões relativas aos direitos sexuais e reprodutivos.
Vale citar ainda que a produção de informações oficiais sobre o universo da mulher, tarefa de responsabilidade do Estado, também é fundamental por se tratar de um importante componente na elaboração de política públicas bem sucedidas.
Neste dia 10 de outubro, Dia Nacional de Luta contra a Violência à Mulher, a ARTIGO 19 lista alguns exemplos de como o acesso à informação pode ajudar as mulheres brasileiras a efetivar direitos essenciais, propiciando uma melhor qualidade de vida e combatendo a desigualdade de gênero na sociedade.
Direitos sexuais e reprodutivos
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece uma série de serviços voltados aos direitos sexuais e reprodutivos da mulher sem nenhum custo. É fundamental que a informação sobre esses serviços seja de conhecimento de todas as mulheres brasileiras para que possam obter mais autonomia sobre si e o próprio corpo.
O SUS permite que toda mulher realize cirurgia para esterilização – as chamadas cirurgias de laqueadura –  quando desejar, contanto que seja maior de vinte cinco anos ou tenha pelo menos dois filhos vivos. Além disso, o sistema também oferece gratuitamente diversos métodos contraceptivos em postos de saúde do país, como as pílulas anticoncepcionais.
Já o aborto legal é possível de ser realizado em apenas três casos: quando a gravidez é decorrente de estupro, quando há risco de morte para a mãe, ou quando o feto é anencéfalo. No entanto, poucas são as mulheres que sabem que possuem esse direito. Uma pesquisa encomendada pela organização Católicas pelo Direito de Decidir e realizada pelo Ibope em 2006 indicou que quase metade dos brasileiros (48%) desconhece as situações em que o aborto pode ser feito legalmente.
Participação na vida pública
Um dos principais reflexos do sistema patriarcal na sociedade é o afastamento das mulheres da vida pública. Uma boa evidência está na composição do Congresso Nacional.
Ainda que as mulheres sejam mais da metade do eleitorado brasileiro, em Brasília elas são menos de 10% dos parlamentares. Na Câmara, a representação feminina é de apenas 45 deputadas contra 468 homens, uma disparidade gritante.
Duas outras pesquisas também demonstram as dificuldades do público feminino em questões relacionadas à vida pública. Segundo a Controladoria-Geral da União, entre maio de 2012 e maio de 2016, as mulheres eram apenas 39,19% das pessoas que realizaram pedidos de informação direcionados ao Executivo Federal. Já um estudo publicado em 2014 pela Fundação Getúlio Vargas que analisou a transparência em órgãos públicos de quatro estados (Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais e Distrito Federal) constatou que a taxa de resposta para pedidos de informação feitos por mulheres era de 57%, enquanto que para homens era de 72%, diferença que pode expressar um tratamento discriminatório.
Nesse sentido, o acesso à informação é fundamental para que mulheres possam exercer sua cidadania  e, assim, participar mais ativamente da vida pública, monitorando o trabalho do governo e promovendo junto à sociedade direitos que lhes são historicamente negados.
Violência
Outro reflexo do patriarcado é a violência contra mulher, que causa milhares de vítimas todos os anos. Segundo dados da antiga Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, dos 4.762 homicídios de mulheres registrados em 2013, 50,3% foram cometidos por familiares, sendo que 33,2% foram cometidos por parceiros ou ex-parceiros.
Em razão do cenário extremo de violência contra a mulher, o Estado brasileiro criou diversos serviços específicos voltados às vítimas. A lista conta com a Central de Atendimento à Mulher, as Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher, os Centros de Referência de Atendimento à Mulher, as Casa Abrigo, entre outros.
No entanto, o conhecimento sobre esses serviços ainda é muito pequeno. Segundo pesquisa realizada pelo Ibope em 2006, 95% das mulheres brasileiras desconhecem os serviços de violências sexual em suas cidades.
O papel do Estado
De acordo com o Comitê para a Eliminação de todas as Formas de Discriminação contra a Mulher, organismo ligado à ONU, os Estados devem não só eliminar qualquer tipo de barreira que impeça mulheres de exercerem seu direito à informação como ainda tomar medidas proativas para que isso ocorra. Nesse sentido, é fundamental que sejam feitas campanhas que busquem aumentar a consciência das mulheres sobre o direito à informação, sempre com o cuidado de empregar linguagem acessível e de respeitar os contextos locais.
Outro elemento de suma importância, e também de dever do Estado, é a existência de incentivos para a participação das mulheres nas esferas do poder e na elaboração e implementação de políticas públicas. É só com uma participação ativa do público feminino nestes espaços que o direito à informação e os demais direitos poderão ser efetivamente usufruídos pelas mulheres.
Por fim, vale lembrar a obrigação do poder público em produzir dados sobre questões relacionadas à discriminação contra a mulher, dados estes que devem ser atualizados periodicamente, disponibilizados em formato aberto, em linguagem acessível e desagregados por sexo, gênero, classes e raça/cor. Trata-se de prática essencial para a elaboração de políticas públicas que visem mitigar o problema, mas à qual infelizmente o Brasil não dá a devida importância.
De acordo com o relatório da ARTIGO 19  “Violência Contra a Mulher no Brasil – Acesso à Informação e Políticas Públicas”, o cenário brasileiro é o de escassez de informações oficiais na área. No máximo, o que há são estudos pontuais, sendo que o Sistema Nacional de Dados sobre Violência contra a Mulher, previsto na Lei Maria da Penha, nunca saiu do papel.
Em um país que registra altos números de feminicídios e casos correlatos de violência, o direito de acesso à informação sobre questões relacionadas à mulher ganha ainda mais relevância. Com isso em mente, cabe ao Estado brasileiro não medir esforços para garantir que esse direito seja efetivado, apontando assim para a realização dos demais direitos das mulheres.
Fonte:artigo19 /AG.P.Galvão

segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Cursos sobre mulheres negras que fizeram história

Interessados têm a oportunidade de fazer os cursos presenciais ou on-line ; mulheres negras têm desconto


Mestre em educação e conhecida por escrever sobre o funk brasileiro e apresentar um trabalho sobre o tema nos Estados Unidos, Jaque Conceição aposta em um novo nicho de mercado: cursos segmentados sobre personalidades negras, especialmente as mulheres.
Em parceria com o Coletivo Di Jejê, durante o mês de outubro ela oferece dois cursos presenciais de grande relevância para o campo do feminismo negro – em ascensão nos últimos dois anos.
O primeiro deles ocorre no dia 12 de outubro, na Casa Comunitária Di Jejê e abordará “O pensamento de Angela Davis”. “Esta será a última edição do curso sobre a professora e ativista norte-americana Angela Davis e terá textos inéditos em português”, anuncia.
Já no dia 22 de outubro, a professora ministra o curso “A solidão da mulher negra”, que trabalhará com a linguagem cinematográfica de Spike Lee. “Ele foi um importante diretor afro-americano, cujos filmes retratam o universo dos negros e negras da diáspora”, diz.
Ainda de acordo com Jaque Conceição, cada curso presencial terá 25 vagas e a prioridade é para as mulheres negras.
Cursos on-line
Outro destaque do trabalho são os cursos on-line, que costumam ter até 80 participantes. A ideia, segundo Jaque, veio após a primeira edição dos cursos, que ocorreu em setembro de 2015. De lá pra cá, ela participou de um curso na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e não parou mais. “Os temas estão ligados ao feminismo negro e ao movimento negro e pensamos em ampliar isso para a internet, a fim de atender o publico que nem sempre pode estar presente”, destaca.

Por isso, o próximo curso online será sobre feminismo negro norte-americano a partir de autoras como Patrícia Hill Collins, Erika Huggins e Audre Lorde. “O ensino à distância rompe barreiras e aproxima pessoas. Um exemplo é que na primeira edição do curso ‘A história do feminismo negro no Brasil’ tivemos alunas do Uruguai e de Cabo Verde, na África”, pontua.

Clique para fazer sua inscrição.

Fonte: CEERT

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