sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Unicef alerta para trabalho infantil como causa significativa do abandono escolar


  O relatório Todas as Crianças na Escola em 2015 – Iniciativa Global pelas Crianças Fora da Escola, divulgado hoje (31) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), alerta para a persistência do trabalho infantil entre as crianças em idade escolar, o que prejudica o direito dessa população à educação. De acordo com o levantamento, 638 mil crianças entre 5 e 14 anos estão nessa situação, apesar de a legislação brasileira proibir o trabalho para menores de 16 anos. O grupo representa 1,3% da população nessa faixa etária, mas para o fundo não pode ser desconsiderado porque o trabalho infantil é uma “causa significativa” do abandono escolar.
Segundo o secretário de Educação Básica do Ministério da Educação (MEC), César Callegari, o estudo do Unicef traz uma fotografia importante dos desafios que o Brasil tem pela frente: garantir a educação para todas as crianças e jovens brasileiros, incluindo não só essa parcela da população, mas favorecendo sua permanência na escola. Ele ressaltou, no entanto, que o país conquistou avanços significativos principalmente na útlima década.
"Se olharmos não apenas a fotografia, mas o filme dos últimos anos, veremos que o Brasil conseguiu incluir nos últimos 12 anos mais de 5 milhões de crianças e jovens que estavam fora da escola. Tínhamos 8,7 milhões, entre 4 e 17 anos, nessa situação em 1997 e agora são 3,69 milhões", disse Callegari. Ele citou a criação do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) como um dos mecanismos mais importantes para esse avanço, ao viabilizar "recursos firmes e mensais" para que cada município e estado garanta a matrícula de crianças na pré-escola e de jovens no ensino médio.
Estudos mostram que os índices de trabalho infantil caíram nas últimas décadas, mas ficaram estagnados nos últimos cinco anos. O levantamento do Unicef inclui tanto crianças e jovens que desenvolvem atividades econômicas, quanto aqueles que se ocupam de serviços domésticos com duração superior a 28 horas semanais. A coordenadora do Programa de Educação do Unicef no Brasil, Maria de Salete Silva, vai detalhar o estudo em entrevista ao jornal Repórter Brasil, que vai ao ar hoje, às 21h, na TV Brasil.
Para ela, o momento econômico que o Brasil vive tem feito crescer o número de meninos e meninas responsáveis pelas tarefas do lar. “Quando temos uma situação de oferta de emprego grande, isso pode acarretar aumento do trabalho infantil doméstico para as meninas, que substituem a mãe que foi para o mercado de trabalho. Essas meninas ficam com a responsabilidade de cuidar dos irmãos, lavar louça, arrumar a casa”, explica Salete.
Para a representante do Unicef, uma das principais barreiras para superar essas práticas é cultural. Em muitas famílias, o trabalho desde a infância é considerado normal e importante para o desenvolvimento. Além das tarefas do lar, outro “nicho” do trabalho infantil está na zona rural, onde logo cedo jovens ajudam a família no trabalho do campo.
“O trabalho agora é localizar essas  famílias e entender o que leva aquela criança a trabalhar e o que pode ser feito para convencer a família de que aquele trabalho não é adequado”, aponta Salete. A questão socioeconômica também tem grande peso no ingresso precoce no mercado de trabalho. O relatório mostra que mais de 40% das crianças de 6 a 10 anos, de famílias com renda familiar per capita até um quarto de salário mínimo, trabalham. Esse percentual cai para 1,2% no grupo de famílias com renda superior a dois salários mínimos por pessoa.
Do total de crianças de 5 a 14 anos que trabalham, 93% estudam. O relatório mostra o trabalho infantil como uma grande barreira tanto para as crianças que estão fora do sistema de ensino, quanto para aquelas que frequentam a escola. Mesmo quem está regularmente matriculado terá o desempenho escolar prejudicado pelas outras tarefas que desempenha.
“Essa questão interfere de fato na qualidade do ensino, já que a criança que trabalha tem menos condição de aprendizagem porque fica cansada e desatenta. E se ela não está na escola, dificilmente vai largar o trabalho para estudar”, ressalta Salete.
De acordo com o relatório, 375.177 crianças na faixa de 6 a 10 anos estão fora da escola – o que corresponde a 2,3% do total dessa faixa etária. Dessas, 3.453 trabalham (0,9%) e, nesse grupo, a maioria é negra (93%). O número de crianças de 11 a 14 anos que só trabalham é cerca de 20 vezes maior que na faixa anterior: 68.289.

Africanas e africanismos - Arte moderna e Conteporânea

Acervo sobre população negra maranhense é disponibilizado




Slide 3 O Museu Afro Digital é um projeto que disponibiliza para consulta um acervo on-line de quase mil fotografias sobre a presença de negros e pardos no Estado. De qualquer lugar do mundo, os internautas podem acessar vídeos, áudios e documentários feitos por pesquisadores do programa de pós-graduação em Ciências Sociais da UFMA, além de um acervo bem particular de documentos, fotos, vídeos e músicas que só podem ser encontrados no site, que já possui mais de dois mil acessos desde que entrou na rede.  O museu afro digital conta, através da cultura popular, da religiosidade e das danças, o cotidiano dos negros maranhenses desde a época da escravidão e das fugas para as áreas de quilombo. São cerca de mil fotografias que mostram as organizações das festas nos terreiros de umbanda, nas brincadeiras de bumba meu boi e em outras manifestações folclóricas. A maioria das fotos foi adquirida em pesquisa pelos professores da universidade. O  acervo também é composto de vídeos documentários sobre os costumes trazidos para o Brasil pelos africanos, além de cerca de 90 músicas – gravações dos cânticos entoados nos terreiros e a cantoria das caixeiras nos festejos do Divino Espírito Santo. O museu afro digital promove intercâmbio cultural entre pesquisadores acadêmicos e a comunidade remanescente de quilombos.  

'Griot e os Espíritos da Terra' em cartaz no CCBEU


O teatro do CCBEU apresenta “Griot e os Espíritos da Terra”, espetáculo teatral que apresenta o gênero do Teatro Documental como uma variante do Teatro Épico, no estilo de Brecht.

A peça, que ficará em cartas de 29 de agosto a 2 de setembro, é o mais novo trabalho do Grupo Bambarê – Arte e Cultura Negra, da Associação dos Filhos e Amigos do Ile Iya Omi Ase Ofá Kare – AFAIA, e contextualiza a relação existente entre o homem moderno e contemporâneo com os seus ancestrais e com a energia interior proveniente da mãe terra, refletida nos conhecimentos doutrinários dos Griots, que nada mais são que os portadores e precursores da sabedoria milenar, de matriz africana, transmitida e propagada de geração a geração.

Com uma dramaturgia pautada por uma linguagem metafórica, ora poética, ora racional, o espetáculo nos remete à historicidade africana, da idade antiga aos dias atuais, dispostas em três atos sempre a explorar o binômio “tempo-espaço” na relação “homem-movimento”.

Serviço:
Dias 29 e 31 de agosto, 01 e 02 de setembro
hora: 20h
local: Teatro do CCBEU (Trav. Padre Eutíquio, 1309)
Informações: (91) 32485828/ 99126499

Cliclo de Palestras : Líders Africanos

ESTA SEMANA :- SEMINÁRIO INTERNACIONAL



Fonte :

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

8º Edição da Semana do Brasil em Luanda


A Associação de Empresários e Executivos Brasileiros em Angola (AEBRAN) vai promover, de 03 a 08  de Setembro próximo, em Luanda, a 8ª Edição da Semana do Brasil, que vai contar com a realização de atividades sociais, culturais e económicos, soube hoje à Angop, através de uma nota da organização.
Segundo o documento, a atividade terá ainda sessões de cinema, amostras de gastronomia, fórum empresarial, que vai debater aspectos ligados a cooperação entre Angola e o Brasil, e uma caminhada com a participação dos membros da associação que assinalou a dias o seu nono aniversario de existência e actuação no país. 
A semana conta com o apoio da Embaixada do Brasil em Luanda, “que tem reafirmado a importância da existência de uma entidade integradora dos empreendedores brasileiros no país, agindo como facilitadora nos contactos com órgãos governamentais e promovendo acções que visam fortalecer o intercâmbio comercial, económico, cultural e social entre o Brasil e Angola, estreitando, assim, os laços de cooperação e amizade entre os dois países”, lê-se na nota.  
No quadro da efeméride, a AEBRAN, dentro da perspectiva de abrir novas oportunidades e fomentar negócios, convida empresários e executivos nacionais a assistir a uma palestra a ser orientada pelo Governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, no fim da tarde do dia sete (7) de Setembro, numa das unidades hoteleiras na cidade capital.  
A 8ª Edição da Semana do Brasil, que se realiza anualmente, visa incentivar o desenvolvimento do turismo, dando também a oportunidade as pessoas de conhecer melhor a gastronomia brasileira, através do 1º Festival Gastronómico Brasileiro a ter lugar em Angola, em quatro restaurantes, nomeadamente Esplanada Grill, Emporium Bistrô, Bay Side e Chitaka, que desenvolverão seu próprio menu para a semana. 
Para o fim da semana, a AEBRAN promove a denominada “Caminhada da Solidariedade”, para obtenção de alimentos não perecíveis a serem entregues ao Instituto Nacional da Criança (INAC).

Fonte: Angop

Delegação peruana troca experiências com a SPM sobre enfrentamento à violência contra as mulheres e sobre Observatórios de gênero

A pedido do governo peruano, Secretaria forneceu informações sobre a Lei Maria da Penha, a política de enfrentamento à violência contra as mulheres e as ações desenvolvidas pelo Observatório Brasil de Igualdade de Gênero
Delegação peruana troca experiências com a SPM sobre enfrentamento à violência contra as mulheres e sobre Observatórios de gênero
Gestoras nacionais do Brasil e Peru fazem reunião bilateral na sede da SPM, em Brasília Foto: Isabel Clavelin/SPM
 Em visita à Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR), a vice-ministra das Mulheres e Populações Vulneráveis do Peru, Marcela Huaita, a diretora-geral de Gênero e Não Discriminação, Grécia Rojas, e a diretora-geral de assuntos relacionados a Meninas, Meninos e Adolescentes, Maria del Carmen Santiago Bailletti, conheceram parte do trabalho realizado pelo governo brasileiro na área de políticas para as mulheres.

O encontro aconteceu na última sexta-feira (24/08), em Brasília, quando a SPM prestou, a pedido do governo peruano, informações sobre a Lei Maria da Penha, a política de enfrentamento à violência contra as mulheres e as ações desenvolvidas pelo Observatório Brasil de Igualdade de Gênero.

A delegação peruana foi recebida pela diretora de Programas da Secretaria de Articulação Institucional e Ações Temáticas, Rosângela Rigo; pela coordenadora da Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180, Clarissa Carvalho; pela assessora técnica do Observatório Brasil de Igualdade de Gênero Guaia Monteiro; e pela chefe de Cerimonial da SPM, Rosa Maria Marinho.

“Tivemos conquistas importantes que a presidenta Dilma não só reafirmou, como também manifestou, em atos e políticas, o compromisso com as mulheres brasileiras. Pela primeira vez, temos dez ministras no governo brasileiro e mulheres em cargos-chave de tomada de decisão em autarquias e empresas públicas”, apontou a diretora Rosângela Rigo ao listar os avanços obtidos desde a criação da SPM, em 2003, no primeiro mandato do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ela citou as mudanças nas políticas públicas a partir do conceito de inclusão social e redução das desigualdades, que alterou o modelo de gestão do governo federal. “As políticas públicas passaram a olhar para a questão de gênero e raça, entre mulheres e homens, brancos e negros e mulheres negras”, completou a diretora da SPM.

Para a vice-ministra das Mulheres e Populações Vulneráveis do Peru, o Brasil tem sido “um modelo a seguir” pelas estratégias no enfrentamento à violência contra as mulheres e nas políticas voltadas às questões de gênero, raça e etnia.

Marcela Huaita considerou que os indicadores “são importantes para reduzir as brechas de gênero”. Ela mencionou a articulação do ministério peruano com diferentes setores, o programa de gênero, raça e etnia e os planos nacionais contra a violência de gênero, com destaque para a violência sexual. Dentre as prioridades do ministério, ela registrou as demandas das mulheres rurais.

De acordo com a vice-ministra peruana, existem 144 centros que permitem a chegada dos serviços preventivos e de assistência em diferentes localidades do país. Mas frisou: “Precisamos chegar antes que a violência aconteça”, completou.

Enfrentamento à violência de gênero – A coordenadora-geral do Ligue 180 falou sobre o Pacto Nacional pelo Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, o funcionamento da rede de atendimento à mulher em situação de violência (centros de referência, delegacias especializadas, juizados e abrigamento) e os desafios para a implementação da Lei Maria da Penha.

Clarissa Carvalho salientou o esforço do governo brasileiro na responsabilização dos agressores e na prevenção à violência contra as mulheres. Acrescentou o caráter estratégico dos “centros de referência pela capacidade de articulação da rede de atendimento, que vai oferecer serviços especializados à mulher em situação de violência”.

Ela enfatizou a popularidade da Lei Maria da Penha que “está na boca do povo” e é conhecida por 94% da população brasileira. “O maior empoderamento das mulheres faz com que elas aumentem as demandas de denúncias”, explicou Clarissa Carvalho.

Monitoramento de dados e políticas públicas – Pelo Observatório Brasil de Igualdade de Gênero, a assessora técnica Guaia Monteiro comentou que o projeto está sendo reestruturado e tem como foco a integração com a rede latino-americana de Observatórios.

Contou sobre o processo de elaboração do 1º Relatório Anual Socioeconômico da Mulher, cujo projeto de autoria da deputada federal Luiza Erundina foi sancionado em 2010, e da identificação de órgãos de coleta de dados sobre gênero nas políticas públicas.

Fonte : OBs.BrasilIGênero

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