segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Mulheres e entidades em defesa do parto humanizado promovem marcha no Rio


Entidades em defesa do parto humanizado e dos direitos reprodutivos das mulheres promoveram uma marcha hoje (6) na orla de Ipanema, zona sul do Rio. Uma das organizadoras da passeata, a jornalista Ellen Paes, explicou que a ideia surgiu após a publicação de duas resoluções do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (Cremerj), que proibiam a atuação das chamadas acompanhantes profissionais (obstetrizes, doulas e parteiras) em hospitais e maternidades e ameaçavam punir obstetras que acompanhassem partos domiciliares.
A manifestação ocorreu simultaneamente em outras 23 cidades, entre elas Recife, Fortaleza, João Pessoa, Salvador e São Paulo. O Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro entrou com uma ação civil pública para anular a decisão do Cremerj e ela foi aceita pela Justiça no dia 30. O Cremerj já avisou que vai recorrer. De acordo com a entidade, as resoluções do conselho visam a proteger mães e bebês e oferecer as melhores condições de segurança para o parto.
O Brasil ocupa a primeira colocação mundial em realização de cesarianas, que corresponde a 52% dos partos, sendo 80% em hospitais privados. O máximo recomendado pela Organização Mundial da Saúde é 15%.

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