Bissau - Os magistrados da Guiné-Bissau iniciaram hoje (segunda –feira) uma nova fase de greve geral de 15 dias durante os quais garantem que todo o sistema judicial estará paralisado, anunciou o presidente da Associação dos Magistrados do Ministério Público.
Bacari Biai afirmou que a greve foi decretada por três sindicatos, que representam os trabalhadores judiciais guineenses, numa resposta ao "silêncio absoluto" do governo face às reivindicações dos magistrados.
"Fizemos duas rondas de greves de três dias mas não fomos chamados para conversações. Agora vamos parar durante 15 dias e se findo esse prazo não nos chamarem de novo voltaremos a paralisar os tribunais e desta vez durante um mês", declarou Bacari Biai. O presidente da Associação dos Magistrados do Ministério Público disse que, durante as duas anteriores greves, a única entidade que manifestou interesse em ouvir os magistrados foi Presidente da Guiné-Bissau, Malam Bacai Sanhá.
"Fomos convocados pelo gabinete do Presidente e terça-feira seremos recebidos. Vamos explicar ao Presidente o que realmente se passa", declarou Biai. "Do Governo tem sido o silêncio total", acrescentou o sindicalista, frisando que o caderno reivindicativo do pessoal da justiça foi entregue "há muito tempo" a todos os órgãos de soberania.
O presidente da Associação dos Magistrados do Ministério Público afirmou que o posicionamento do Governo perante as greves no sistema judicial deixa entender que "não existe vontade política" para a resolução dos problemas."Até porque as nossas reivindicações visam apenas a melhoria do sistema judicial", disse Bacari Biai.
Os magistrados e oficiais da justiça guineenses reclamam a melhoria das condições laborais, nomeadamente cedência de viaturas para as diligências nos tribunais, computadores, máquinas de escrever, colocação de agentes da polícia nas salas de julgamento e ainda aumentos salariais.
Fonte : ANGOP
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