quarta-feira, 31 de julho de 2019

Mulheres negras fecham mês de julho marchando por direitos


Por Mônica Aguiar 

 Marchas de Mulheres Negras aconteceram no Brasil, 
Marcando o 25 de Julho 

 As Marchas vieram com  pautas históricas, fazendo duras criticas ao atual Governo, no mês que marca luta das Mulheres Negras em especial o dia 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Afro-Latina, Americana e Caribenha e também Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.

São Paulo 
No Brasil as mulheres negras são mais de 55,6 milhões de habitantes e ouve um  aumento do número de famílias chefiadas por mulheres proporcionando gradativa reconfiguração e rearranjos familiares no Brasil.

Os altos índices de desigualdades socioeconômicas estão concentrada nas famílias  chefiadas por mulheres negras, que chegam a  41,1%  .  Cabe ressaltar que as famílias chefiadas por mulheres não são exclusivamente aquelas nas quais não há a presença masculina: em 34% delas, existe a presença de um cônjuge. 

Conforme a pesquisa A distância que nos une – Um retrato das Desigualdades Brasileiras” da ONG britânica Oxfam, dedicada a combater a pobreza e promover a justiça social,  apenas em 2089, daqui a pelo menos 72 anos, brancos e negros terão uma renda equivalente no Brasil. 

As Marchas ocorreram em vários Estado do Brasil marcando mes de julho com concentração desde dia (20), muitas atividades seguem com programações  e agendas específicas até final de agosto.  

Os estados com maior concentração de pessoas foram  :  Santa Catarina, Espirito Santo ,
Rio de Janeiro, São Paulo, Pernambuco, Para, Manaus, Bahia, Paraíba. Reuniram milhares de mulheres negras .

Apesar das diferenças socioeconômicas regionais existente, reivindicações históricas se unificam em todo Brasil : fim do feminicídio em especial com as mulheres negras, fim do racismo e sexismo na mídia, genocídio, o acesso à saúde de qualidade, fim da  mortalidade materna e violência obstétrica,  fim da violência contra religiões de matrizes africanas e LGBTfobia.

As manifestações também fizeram criticas contra os cortes na educação, reforma da previdência e o pacote de segurança pública do Ministro da Justiça, Sérgio Moro.

Em Belém  a Marcha teve como  tema central "Mães negras amazônidas em luta contra o genocídio do povo negro".

Na Paraíba o  Movimento de Mulheres Negras realizou um cortejo em João Pessoa, com o  lema ‘Mulheres Negras em Movimento pela Democracia e o Bem Viver’. Contra o racismo, o sexismo, o alto índice de homicídios e outras formas de opressão ainda vivenciadas pela mulher. 

A professora Solange Rocha destacou como principais demandas, as políticas públicas especificas de enfrentamento às desigualdades sociais e ao neoliberalismo, ao racismo e o machismo. “ Para que possamos construir um sociedade equânime”.

Em Salvador, a  marcha teve o intuito de ressaltar a importância da população negra da região Nordeste contra o fascismo e o retrocesso de direitos, destacando a vanguarda da região nas lutas por liberdade, contra o racismo, o patriarcado, a democracia plurirracial e pelo Bem Viver com o tema “Por uma Bahia livre do racismo”.




No Rio de Janeiro a Marcha aconteceu neste domingo(28), com o tema "Mulheres Negras resistem: em movimento por direitos, contra o racismo, o sexismo e outras formas de violência".

A marcha contou com a participação de movimentos de mulheres negras de vários municípios e regiões fluminenses. 
“A marcha insere a luta das mulheres negras num novo patamar, que vem se somar às outras pautas, como a do enfrentamento ao racismo patriarcal, às violências e preconceito”, explicou na  entrevista à coluna Geledés Nilza Iraci, comunicadora social e coordenadora de comunicação do Geledés – Instituto da Mulher Negra.
Queremos um país sem violência, sem racismo, sem discriminação e sem fome; 
e com dignidade, educação de qualidade, trabalho e emprego, 
aposentadoria e saúde, para todas!”



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