Por Mônica Aguiar
Marchas de Mulheres Negras aconteceram no Brasil,
Marcando o 25 de Julho
As Marchas vieram com pautas históricas, fazendo duras criticas ao atual Governo, no mês que marca luta das Mulheres Negras em
especial o dia 25 de julho, Dia
Internacional da Mulher Afro-Latina, Americana e Caribenha e também Dia
Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra.
São Paulo |
No Brasil as mulheres negras
são mais de 55,6 milhões de habitantes e ouve um aumento do número de famílias chefiadas por
mulheres proporcionando gradativa reconfiguração e rearranjos familiares no
Brasil.
Os altos índices de desigualdades
socioeconômicas estão concentrada nas famílias chefiadas por mulheres negras, que chegam a 41,1% . Cabe ressaltar que as famílias chefiadas por mulheres não são exclusivamente
aquelas nas quais não há a presença masculina: em 34% delas, existe a presença
de um cônjuge.
Conforme a pesquisa A distância que nos une – Um retrato das Desigualdades Brasileiras” da ONG britânica Oxfam, dedicada a combater a pobreza e promover a justiça social, apenas em 2089, daqui a pelo
menos 72 anos, brancos e negros terão uma renda equivalente no Brasil.
As Marchas ocorreram em vários Estado do Brasil marcando mes de julho com concentração desde dia (20), muitas atividades seguem com programações e agendas específicas até final de agosto.
Os estados com maior concentração de pessoas foram : Santa Catarina, Espirito Santo ,
Rio de Janeiro,
São Paulo, Pernambuco, Para, Manaus, Bahia, Paraíba. Reuniram milhares de mulheres negras .
Apesar das diferenças socioeconômicas
regionais existente, reivindicações históricas se unificam em todo Brasil : fim do feminicídio em especial com as mulheres
negras, fim do racismo e sexismo na mídia, genocídio, o acesso à saúde de qualidade, fim
da mortalidade materna e violência
obstétrica, fim da violência contra religiões de matrizes africanas e LGBTfobia.
As manifestações também fizeram
criticas contra os cortes na educação, reforma da previdência e o pacote de
segurança pública do Ministro da Justiça, Sérgio Moro.
Em
Belém a Marcha teve como tema central "Mães negras amazônidas em
luta contra o genocídio do povo negro".
Na
Paraíba o Movimento de Mulheres
Negras realizou um cortejo em João Pessoa, com o lema ‘Mulheres Negras em Movimento pela
Democracia e o Bem Viver’. Contra o racismo, o sexismo, o alto índice de
homicídios e outras formas de opressão ainda vivenciadas pela mulher.
A professora Solange Rocha destacou
como principais demandas, as políticas públicas especificas de enfrentamento às
desigualdades sociais e ao neoliberalismo, ao racismo e o machismo. “ Para que
possamos construir um sociedade equânime”.
Em Salvador, a marcha teve o intuito de ressaltar a
importância da população negra da região Nordeste contra o fascismo e o
retrocesso de direitos, destacando
a vanguarda da região nas lutas por liberdade, contra o racismo, o
patriarcado, a democracia plurirracial e pelo Bem Viver com o tema “Por uma
Bahia livre do racismo”.
No
Rio de Janeiro a Marcha aconteceu neste domingo(28), com o tema "Mulheres Negras resistem: em movimento
por direitos, contra o racismo, o sexismo e outras formas de violência".
A marcha contou com a
participação de movimentos de mulheres negras de vários municípios e regiões
fluminenses.
“A marcha insere a luta
das mulheres negras num novo patamar, que vem se somar às outras pautas, como a
do enfrentamento ao racismo patriarcal, às violências e preconceito”, explicou
na entrevista à coluna Geledés Nilza
Iraci, comunicadora social e coordenadora de comunicação do Geledés –
Instituto da Mulher Negra.
Queremos um país sem violência,
sem racismo, sem discriminação e sem fome;
e com dignidade, educação de
qualidade, trabalho e emprego,
aposentadoria e saúde, para todas!”
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