Juliana Barbosa Santos, com a filha Foto - Valter Campanato/Agência Brasil |
Foi neste domingo, dia 04, que aconteceu
a terceira edição da Feira Maternativa, com
tema #compredasmães
“As mães Movem o Mundo e Nós Acreditamos Nesta Força”, no Espaço Cultural Renato
Russo, em Brasília(DF).
O projeto da rede Maternativa já
passou por Recife (PE) e São Paulo (SP), com workshops e palestras gratuitas
para as mães empreendedoras. Mostra e vendas de produtos produzidos por Mulheres,
primeira startup (pequena empresa focada em tecnologia para novos modelos de
negócios) de impacto social voltada ao empreendedorismo materno no Brasil, Vem buscando engajar a iniciativa
privada no processo de transformação do mercado de trabalho para as mulheres e
na redução da penalidade materna.
Em entrevista com a Agência Brasil, Vivian Abukater sócia da Maternativa, explicou que a "ideia é promover em Brasília
esse pensamento, de fortalecer essa economia e ajudar as mulheres mães a
encontrar independência financeira” .
“Precisamos mostrar para a
sociedade que mulheres mães estão à frente dos mais diversos tipos de negócios e
que quando você direciona sua compra para uma mãe empreendedora, você está
fomentando uma economia extremamente colaborativa”, explicou .
Vivian também citou pesquisa da
Fundação Getúlio Vargas que mostra que 48% das mulheres deixa o mercado de
trabalho antes de o filho completar um ano de idade. Por outro lado, pesquisa
da Rede Mulher Empreendedora aponta que 75% das mulheres que empreendem fazem
isso depois que os filhos chegam.
As organizadoras da rede
prestam consultoria, palestra e desenvolvem conteúdo para marcas e empresas.
De acordo com Vivan, cada vez
mais estão surgindo comitês de igualdade e gênero dentro das empresas, onde o
mercado começa a discutir a questão da penalidade materna, da barreira que as
mães têm para crescer profissionalmente e ocupar cargos de liderança.
A sócia
da Maternativa destaca, entretanto, que, quando se torna mãe, a mulher
fortalece várias habilidades.
“A mulher se torna altamente
focada, ela vira detector de bobagem, tudo que não é importante ela tira da
frente e foca no que é importante”, explicou. A capacidade de liderar e
trabalhar em equipe, a autonomia, proatividade e empatia com as equipes são
outras habilidades que as mães levam para o seu ambiente de trabalho.
A rede foi fundada em 2015, por duas amigas começaram a enfrentar dificuldade, já durante a gestação, em
relação ao mercado de trabalho.
Elas, então, organizaram um grupo na rede social Facebook para
trocar experiências sobre o assunto. Em um mês reuniram 600 mulheres.
Hoje são
24 mil.
No grupo, as mulheres trocam
informações sobre empreendedorismo materno e como é possível se manter ativa no
mercado de trabalho conciliando maternidade e carreira.
O propósito é dar
visibilidade às empresas maternas, fomentar o consumo de seus produtos e
estimular uma economia criativa, colaborativa e consciente, que se
retroalimenta dentro de um ecossistema empreendedor, favorecendo o
empoderamento financeiro de mulheres-mães.
No início deste ano, a Maternativa
ganhou um prêmio do Facebook como uma das 100 comunidades com maior impacto
social do mundo.
Fonte: Agência Brasil /RME
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