sábado, 20 de julho de 2019

Movimenta Preta : 30 mulheres negras homenagiadas



por Mônica Aguiar 

As homenagens foram para 30 mulheres negras lideranças, dia 18, no Museu Oscar Niemeyer(MON).

O objetivo central foi  dar visibilidade ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e ao Dia Nacional Tereza de Benguela e da Mulher Negra (ambos celebrados no dia 25 de julho) . 
A homenagem  foi  promovida pela Superintendência Geral da Cultura em parcerias com a Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Conselho da Promoção de Igualdade Racial (Consepir) e Movimento Preta.

Nas falas, todas as homenageadas destacaram  temas atuais que fazem parte do centro do debate no Brasil:- políticas públicas para promoção da igualdade, representatividade da mulher negra, combate ao racismo e  acesso à educação e cultura.

A Vice-presidente do Consepir, Edna Aparecida Coqueiro,  ressaltou que o reconhecimento das bandeiras das mulheres negras devem ser amplo, pois os  exemplos de militância no Movimento Social Negro "contamine a todas, no bom sentido, para continuarmos a luta, fazer a diferença".

Na atividade estiveram presentes o presidente do Conselho Saul Dorval da Silva, o diretor de Justiça, Cidadania e Trabalho, da Secretaria de Estado da Justiça, Família e Trabalho, Antônio Sevechi,  a Coordenadora de Ação Cultural e Economia Criativa, Mariana Souza Bernal, e o cônsul-geral do Senegal nos estados do Paraná e Santa Catarina, Oseil Moura dos Santos.

As homenageadas são militantes do movimento negro brasileiro de diversos setores e seguimentos :-  Movimento de mulheres negras ,LGBT,  liderança comunitária, quilombola, pesquisa, tecnologia , feminismo negro, educação, saúde,  artistas,  cantoras e compositoras, escritoras, gestoras, funcionárias públicas, jornalista, representante de conselho , fotógrafas entre outros ....

Gabriela Grigolom Silva, poeta e organizadora do 1º Slam de Resistência Surda, com o auxílio de um intérprete de libras, falou sobre a luta enquanto mulher negra e surda. "Estamos lutando para que a acessobilidade seja ampla em todos os meios culturais".

Pedagoga, mestre em educação e promotora legal popular, Willzeli Rejane do Amaral encerrou as homenagens da noite. “Quero reforçar todas as palavras dessas mulheres negras maravilhosas. Somos guerreiras e resistentes, senão não estaríamos aqui. Estamos construindo uma rede que ninguém há de destruir”.

A programação do Movimenta Preta continua ao longo do mês, com debates na Biblioteca Pública, show e a exposição "Ero Ere: Negras Conexões", no Museu de Arte Contemporânea do Paraná.

Foram homenageadas :
Andreia Soares de Lima (militante e líder comunitária. Idealizadora do "Usina de ideias" e voluntária do projeto "Dia de Rainha").
Angela Martins (militante e uma das coordenadoras da Rede de Mulheres Negras do Paraná).
Angela Sarneski (professora e ativista do movimento negro).
Alaerte Leandro Martins (doutora em Saúde Pública, militante pelo direito das mulheres e saúde pública).
Almira Maria Maciel (pedagoga e militante no movimento negro).
Aparecida de Jesus Ferreira (professora, pesquisadora, palestrante e escritora).
Clarinda de Andrade Matos (farinheira e quilombola).
Cris Valeriano (modelo plus size e funcionária do Teatro Guaíra).
Dirce Almeida dos Santos (ativista contra o preconceito racial e presidente do grupo Respeito Não Tem Cor).
Divina Donizete Rodrigues Santos (funcionária da Secretaria de Justiça, Trabalho e Direitos Humanos).
Dulcinéia Novaes (jornalista).
Gabriela Grigolom Silva (poeta e organizadora do 1º Slam Resistência Surda).
Heliana Hemetério dos Santos (militante no movimento de mulheres negras e LGBT).
Janine Mathias (cantora e compositora).
Juliana Chagas da Silva Mittelbach (enfermeira e servidora pública, membra do Conselho de Promoção da Igualdade Racial do Paraná – Consepir).
Karol Conka (rapper, cantora e compositora).
Lucimar Rosa Dias (professora e pesquisadora em metodologias para de trabalho com crianças sobre diversidade étnico-racial).
Maria Arlete Ferreira da Silva (liderança quilombola).
Marina Aureo Galdino (Mãe de Santo).
Márcia Regina Santos de Jesus (professora de sociologia e militante na promoção da igualdade racial).
Mariluz Marques Follmann (líder quilombola).
Megg Rayara Gomes de Oliveira (doutora em educação e primeira mulher trans a integrar os quadros da UFPR como professora adjunta).
Michele Mara (cantora).
Michely Ribeiro (militante pela igualdade racial e de gênero).
Odelair Rodrigues (atriz) – homenagem póstuma.
Priscila Silva Pontes (dançarina e coreógrafa).
Silvana Bárbara G. da Silva (pesquisadora em tecnologia e inovação para desenvolvimento sustentável, ativista do feminismo negro).
Socorro Araújo (fotógrafa).
Vera Lúcia de Paula Paixão (militante do movimento negro).
Willzeli Rejane do Amaral (pedagoga e militante em movimentos de direitos humanos, mulheres negras, afroempreendedorismo e refugiados).


25 de julho no BrasilA data do Dia da Mulher Negra foi inspirada no Dia da Mulher Afro-Latina-Americana e Caribenha (dia 31 de julho), criado em julho de 1992. O Dia da mulher negra é comemorado desde o início do século XXI. Essa data também é o Dia Nacional de Tereza de Benguela, líder quilombola que viveu no atual Estado de Mato Grosso durante o século XVIII 
Dia 25 de Julho é data para rememorar a luta das mulheres negras latino-americanas e caribenhas para uma sociedade mais justa. É dia também de relembrar a história de Tereza de Benguela, líder quilombola símbolo da resistência contra a escravização.

Fonte e trechos: Agência de Noticia do Paraná 

Nenhum comentário:

MAIS LIDAS