Manifestantes fazem protesto contra a morte do jovem Pedro Gonzaga na entrada do supermercado Extra, na Avenida Brigadeiro Luís Antônio, em São Paulo — Foto: Cris Faga/Estadão Conteúdo |
Jovem morreu na ultima quinta depois que um segurança, teria lhe aplicado um golpe mata-leão, após uma confusão na
loja.
A principal palavra de ordem: “Vidas
Negras Importam, sim. Chega de racismo. Foi com estas e tantas outras frases de
que manifestantes, convocados por movimentos sociais, realizaram protesto, na
tarde deste domingo (17) em frente ao supermercado Extra na Barra da
Tijuca, onde jovem foi brutalmente assassinado por um segurança na
quinta-feira (15).
Também houve atos em outras cidades, como São Paulo e
Fortaleza (CE).
Centenas de pessoas representando
diversos setores dos movimentos sociais , parlamentares e famosos estiveram presentes no protesto, realizado no
estacionamento do supermercado.
Cartazes com dizeres como “Vidas negras
importam” e “Minha cor não é um crime” foram colados na grade de proteção do
local.
Ator Aílton Graça |
O ator Aílton Graça também
esteve no protesto na Barra da Tijuca. Ele falou sobre a importância de
protestar e pediu um "basta" ao genocídio e extermínio da população negra e de ações racistas. Falou da importância do ato que aconteceu em vários estados.
O ato também contou com a presença da ex-governadora Benedita da Silva (PT) .
Manifestação em outros estados
O protesto também aconteceu em outros estados dos país como São Paulo e Pernambuco. O protesto no Extra Benfica, na
Zona Oeste do Recife, teve início por volta das 14h do sábado (16), com cerca
de 20 participantes.
Os organizadores percorreram
algumas áreas do estabelecimento e fizeram performances gritando frases como “a
carne mais barata do mercado é a carne negra”. Alguns dos clientes que estavam
no estabelecimento acompanharam a ação.
Na capital paulista,
manifestantes fizeram uma manifestação no Extra da Avenida Brigadeiro Luís
Antônio, na altura da Alameda Ribeirão Preto, região central de São Paulo. O
ato começou por volta das 14h30 deste domingo (17).
O grupo levou faixas com as
frases “não consigo respirar” e “vidas negras importam”.
Em Fortaleza, um grupo realizou
um protesto em frente ao hipermercado Extra do Bairro de Fátima. Durante o ato,
os manifestantes entraram no estabelecimento com cartazes e gritaram palavras
contra a morte de Pedro Henrique.
(Agência Brasil/ Fernando Frazão) |
Os participantes também se
reuniram no estacionamento do Extra e discursaram contra o ocorrido. A
manifestação foi organizada por movimentos nas redes sociais.
O corpo de Pedro Henrique
Gonzaga, de 25 anos, foi enterrado neste sábado (16) no Cemitério
Jardim da Saudade, em Paciência, na Zona Oeste do Rio. Muito abalada, a mãe
dele não foi ao enterro e familiares que estiveram na cerimônia preferiram não
conversar com a imprensa. Parentes e pessoas próximas contaram que a vítima
tinha um filho pequeno, de apenas oito meses.
Na noite de quinta-feira,
imagens da ação do segurança, filmadas por câmeras de celulares, viralizaram
nas redes sociais. Nos registros, é possível ver que testemunhas o alertaram
para os riscos para Gonzaga, que parecia estar desmaiado sob o corpo do no chão
da loja. O segurança, porém, repudiou as intervenções e mandou até que as
pessoas em volta calassem a boca.
Gonzaga, que segundo amigos
sonhava em ser DJ e tinha um filho, estava com a mãe no supermercado.
Em nota, a rede de
supermercados Extra informou "que não aceita qualquer ato de violência,
excessos e repudia toda forma de racismo".
Também no texto diz que
"não vai se eximir das responsabilidades diante ocorrido" e que tem
"interesse em esclarecer a situação o mais rápido possível".
"Estamos colaborando com as autoridades fornecendo todas as informações
disponíveis", informa a nota.
O Extra também afirmou que
"os seguranças envolvidos na morte do jovem foram imediatamente e
definitivamente afastados" e "a companhia instaurou uma sindicância
interna e acompanha junto à empresa de segurança e aos órgãos competentes o
andamento das investigações".
O segurança foi preso em
flagrante, mas deixou a Delegacia de Homicídios da capital na madrugada da
sexta (15) após pagar fiança de R$ 10 mil, segundo a polícia.
Fontes e trechos texto: Ag. Estado/G1/
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