Por Mônica Aguiar
A deputada estadual Leninha (PT-MG), Renata Souza (PSOL-RJ) e Jó Cavalcanti (PSOL- PE), são as primeiras
mulheres negras a presidir uma Comissão de Defesa dos Direitos Humanos, entre as
27 casas Legislativas no Brasil.
Andrea de Jesus deputada estadual pelo (PSOL-MG), assume
a vice-presidência na Comissão em Minas
Gerais. Todas estão em seu primeiro
mandato.
Embora representem 52% do
eleitorado, as mulheres brasileiras ainda têm reduzida a participação em cargos de poder nas casas legislativas . Estas mulheres negras vieram para fazer a diferença.
Mesmo com a enorme diferença existente de representações, as mulheres negras tiveram um
salto significativo neste último pleito, passando de sete
eleitas em 2014 para 15 eleitas, as pardas de 29 para 36 eleitas.
Quando uma mulher negra ocupa
um lugar que socialmente foi negado para nós, ela representa todas as mulheres.
Mães que perderam seus filhos para a violência do estado, esposas que perderam
seus maridos em serviço, mães que não conseguem matricular seus filhos na
escola por não ter vaga e tantas outras mulheres negras que batalham
diariamente para sobreviver — comenta Deputada Renata Souza (trecho entrevista O Globo).
Leninha disse que pretende
construir o diálogo e um clima de convivência, apesar das diferenças.
“Não somos inimigos”, salientou. Ela afirmou que Andreia de Jesus será
“co-presidenta”, sugerindo uma “presidência conjunta”. Andreia de Jesus
reiterou que a eleição é uma “conquista de 500 anos” (trecho entrevista a ALMG).
Eu, destaco o papel fundamental das mulheres negras nas Comissões de Direitos Humanos das Casas Legislativas no Brasil.
Representa de fato com a presença, o grupo populacional que sempre contribuiu com a construção do Brasil e nunca tiveram espaço na política, o povo negro.
Reafirma os direitos fundamentais humanos, partindo
do princípio de que toda a pessoa humana possui direitos básicos e inalienáveis
que devem ser protegidos pelos Estados e por toda a comunidade internacional.
Tais direitos estão inscritos e
ratificados em textos e diplomas importantes de direitos humanos.
Estas mulheres negras deputadas, sabem que a história dos direitos humanos foi construída por militantes que colocaram sua vida em defesa da igualdade, justiça e dignidade humana. Elas fazem parte desta história.
DEPUTADA
LENINHA(PTMG): Mulher negra, feminista, graduada em Ciências
Biológicas e mestre em Desenvolvimento Social pela Universidade Estadual de
Montes Claros (Unimontes). Foi professora nas redes estadual e municipal de
ensino, sendo eleita diretora estadual do Sindicato Único dos Trabalhadores em
Educação de Minas Gerais (Sind-UTE/MG) e presidente regional da Central Única
dos Trabalhadores (CUT). Participou do Conselho Estadual de Desenvolvimento
Agrário (Cedraf/MG) e do Conselho Municipal de Segurança Alimentar.
DEPUTADA ANDREIA DE JESUS(PSOLMG):Mulher negra e feminista é advogada popular,
educadora infantil, funcionária pública e mãe-solo. Nascida no distrito de
Venda Nova, em Belo Horizonte, é moradora de Ribeirão das Neves, na Região
Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH). Integrou as Comunidades Eclesiais de
Base (CEBs) e as pastorais de rua e carcerária. Militante das Brigadas
Populares e da #partidA, segue ao lado das pessoas privadas de liberdade e das
ocupações urbanas, pela vida da juventude negra, por segurança pública cidadã e
por melhores condições de vida nas periferias.
DEPUTADA RENATA
DE SOUZA(PSOLRJ) : feminista negra, militante dos direitos
humanos, comunicadora popular e moradora
da favela da Maré. Cria de pré-vestibular comunitário, Jornalista formada pela
PUC-Rio, doutora em Comunicação e Cultura pela UFRJ e o pós-doutorando na UFF.
Sua primeira experiência legislativa foi em 2007 quando, junto com Marielle
Franco, assumi a assessoria do deputado estadual Marcelo Freixo na Alerj e
depois a chefia do gabinete de Marielle na Câmara de Vereadores.
DEPUTADA JÓ CAVALCANTI (PSOLPE): Mulher negra, feminista, moradora da periferia do Recife, ambulante, militante do Sintraci (Sindicato dos Trabalhadores do Comércio Informal) e coordenadora nacional do MTST (Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto).
Fotos:internet
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