sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Superar a pobreza e miséria passa pela emancipação das mulheres, diz iriny Lopes

A afirmação foi feita durante audiência da Comissão dos Direitos Humanos da Câmara Federal

Superar a pobreza e miséria passa pela emancipação das mulheres, diz iriny Lopes
A ministra Iriny Lopes, da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM), afirmou nesta quarta-feira (24/8), que a superação da pobreza e da miséria passa também por dar às mulheres condições de sua emancipação econômica, financeira e política. Nesse sentido, a ministra anunciou que a SPM está desenvolvendo um programa nacional de promoção da autonomia econômica, econômica, financeira e política das mulheres. “O projeto vai de encontro às diversas políticas do Plano Brasil Sem Miséria e deve criar um conjunto de condições para superar o patamar atual das mulheres brasileiras”, salientou a ministra. O anúncio foi feito durante audiência pública na Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara Federal, convocada para discutir o combate à miséria com enfoque nas mulheres.
O programa de autonomia das mulheres está sendo estudado pela equipe técnica da SPM e seráapresentado à presidenta Dilma Rousseff para a provação. “Queremos construir as condições para que as mulheres sejam autônomas, emancipadas, ocupem espaços de poder nas esferas públicas e privada, pois com poder financeiro elas têm mais condições de atuar nos espaços da política e reagir à violência”, disse.
A ministra salientou que as questões de gênero e raça são centrais para enfrentar não só a violação dos direitos, mas, sobretudo, garantir a promoção de direitos. O setor mais empobrecido da população, foco do Programa Brasil Sem Miséria (16 milhões de pessoas), é constituído, em sua grande maioria, por mulheres negras e seus filhos e filhas. Para a ministra, é inevitável não dar o recorte de gênero e raça quando se trata de superar a miséria.
Usando o exemplo das trabalhadoras rurais da Marcha das Margaridas, Iriny Lopes disse que, ao apresentar uma pauta não corporativa e ir além de suas especificidades, elas revelaram seu olhar sobre o desenvolvimento do campo brasileiro e uma expectativa de sociedade. “Elas demonstram o quanto as mulheres querem alterar sua condição, dentro das expectativas gerais de desenvolvimento da sociedade”, disse a ministra.
A coordenadora do plano Brasil Sem Miséria, Ana Maria Medeiros da Fonseca, que participou do debate, explicou que o programa prevê uma série de benefícios às mulheres, entre eles o incentivo à regularização da documentação das trabalhadoras rurais; prioridade no acesso aos benefícios do Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf); assistência técnica às mulheres que vivem no campo e estímulo à ocupação e renda por meio da qualificação profissional no meio urbano.
A deputada Janete Rocha Pietá (PT-SP), que também participou da audiência lembrou que há prevalência de mulheres negras e jovens no grupo com renda de até R$ 70 mensais, o limite estabelecido pelo governo para traçar o perfil da população extremamente pobre. “A pobreza no Brasil tem cara e é importante garantir às mulheres atenção especial nas políticas de geração de renda”, ressaltou.

Fonte e foto  :SPM

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