terça-feira, 30 de agosto de 2011

Seminário e concurso de redação apoiam implementação da Lei 10.639


Por Jacqueline Freitas

Dirigido a educadores dos ensinos fundamental e médio, o seminário “Caminhos para uma Educação Democrática – Lei 10.639/03” consiste em uma série de encontros idealizados pelo Centro de Articulação das Populações Marginalizadas (CEAP) do Rio de Janeiro. Nos próximos dias 30 e 31, o seminário será realizado nas cidades de Cabo Frio e Macaé. O lançamento dos encontros aconteceu em 12 de agosto, com a participação da Fundação Cultural Palmares.
O seminário tem como objetivo desenvolver o tema “Luiza Mahin: uma rainha africana no Brasil”, do Concurso de Redação Camélia da Liberdade 2011. Os debates buscam também apoiar a implementação da Lei 10.639/2003, que institui o ensino de História da África e da Cultura Afro-brasileira nas escolas públicas e privadas de todo o País.
O evento marca a quinta edição do Concurso de Redação, que premiará alunos, professores e escolas com computadores, além de publicar um livro com as três melhores redações de cada nível de ensino. Como material de apoio ao concurso, o CEAP elaborou um kit com uma revista em quadrinhos, voltada para os alunos do ensino fundamental, e um caderno para o nível médio, ambos com base na pesquisa sobre Luiza Mahin desenvolvida pela professora Aline Najara Gonçalves. As inscrições para o concurso ficam abertas até 30 de novembro.
Luiza Mahin – Revolucionária baiana de origem daomeana (daí seu nome étnico), a escrava Luiza Mahin tornou-se livre por volta de 1812 e, trabalhando como quituteira e quitandeira, deu suporte a várias revoltas de escravos, principalmente fazendo circular mensagens entre os insurgentes. Em 1835, na repressão à Revolta dos Malês, teria conseguido fugir para o Rio de Janeiro, onde foi presa e provavelmente deportada para a África. Sem documentos ou registros materiais que atestem sua existência, Luiza Mahin entrou para a História pela escrita do filho, o poeta e precursor do abolicionismo no Brasil, Luiz Gama, que revelou o nome da mãe em uma carta autobiográfica enviada em 1880 ao amigo Lúcio de Mendonça e, antes disso, dedicou-lhe os versos do poema “Minha Mãe”, escrito em 1861.
Camélia da Liberdade – O projeto Camélia da Liberdade é uma iniciativa do CEAP de sensibilização da sociedade para a valorização e o respeito à diversidade racial e étnica, buscando dar visibilidade à contribuição histórica dos afrodescendentes na formação e no desenvolvimento do Brasil. A flor escolhida como marca do projeto resgata um antigo símbolo do movimento abolicionista.

SERVIÇO
Seminário “Caminhos para uma Educação Democrática – Lei 10.639/03”
30 de agostoTeatro Municipal de Cabo Frio. Av. Aníbal Amador do Vale, s/nº. Algodoal, Praia do Forte, Cabo Frio

Fonte: Fundação Palmares

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