Lançado em julho de 2011, o plano tem como meta retirar os 16,2 milhões de brasileiros da extrema pobreza, em cumprimento ao primeiro Objetivo de Desenvolvimento do Milênio – acabar com a fome e a miséria. De acordo com a coordenadora da política, Ana Maria Medeiros da Fonseca, o Plano prevê uma série de benefícios específicos para as mulheres. Com ações, direcionadas para áreas urbana e rural, a política compreende a garantia do registro de documentação civil e trabalhista, a geração de ocupação e renda e a destinação de recursos para atividades agrícolas, entre outros.
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Mulheres negras e pobreza
Segundo Ana Carolina Querino, é necessário que as políticas de combate à pobreza, além de compreender as dimensões de gênero e raça, também avaliem as consequências das discriminações de gênero e do racismo na vida das mulheres. No Brasil, as estatísticas indicam que as mulheres negras são maioria entre a população em pobreza extrema. De acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), as pretas e pardas somam 70% do total de 8 milhões de mulheres nessa situação.
A ministra da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Iriny Lopes, avaliou que o Plano Brasil sem Miséria seria insuficiente caso não compreendesse as questões de gênero e raça. “A superação da miséria e da pobreza, aliada ao empoderamento econômico e social, também repercute na vida das mulheres sobre outros aspectos como enfrentamento a violência, crescimento político e a retaguarda para busca de direitos”, disse Iriny Lopes.
Autonomia financeira das Mulheres
Durante a audiência, a ministra Iriny Lopes anunciou que a secretaria deverá lançar um programa para promoção da autonomia econômica feminina. A iniciativa está em fase de elaboração e deverá ser apresentado à presidenta Dilma para aprovação.
Segundo a Iriny Lopes, o projeto pretende superar a situação de pobreza das mulheres. A proposta deve prever, entre outros temas, a capacitação permanente das mulheres para o mercado de trabalho, a construção de creches e restaurantes comunitários e a implementação de lavanderias públicas. “As mulheres querem ser conhecidas como um setor majoritário da sociedade. Querem políticas de Estado específicas que reconheçam a situação de desigualdade que são historicamente expostas”, disse a ministra.
Fonte : UNIFEM
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