domingo, 21 de agosto de 2011

Renda das mulheres cresce em ritmo mais acelerado que a masculina, mas permanece menor

Segundo pesquisa do Instituto Data Popular, nos últimos 9 anos, a renda feminina subiu 68%; para os homens, o crescimento foi de 43,1% no mesmo período.

 O estudo chamado “Tempo de Mulher”, realizado pelo Data Popular, revela que a renda das mulheres brasileiras passou de R$412,4 bilhões, em 2002, para R$693,5 bilhões este ano, representando um aumento de 68%. O aumento na renda masculina, no mesmo período, foi de 43,1%; apesar do menor ritmo de crescimento, os salários das mulheres continuam 30% menores. O Anuário das Mulheres Brasileiras, lançado no último mês pela SPM/PR e Dieese, também chamou a atenção para o contra-senso dessa diferença na remuneração das mulheres, já que elas representam a maior parte da população economicamente ativa (PEA) com nível superior (53,6%).
A pesquisa, que entrevistou 3 mil mulheres em 26 estados do País e partiu de dados da PNAD e do Dieese, constatou a diferença da renda entre os gêneros nas principais capitais. Em São Paulo, no ano de 2010, os homens ganharam R$8,94 por hora, enquanto as mulheres receberam R$6,72. Em Salvador, os homens receberam R$6,50 e as mulheres, R$5,54 por hora.
A publicação mostra ainda que, na divisão por classe social, 47,1% da renda feminina provém de trabalhadoras da chamada “nova classe média” ou “classe C”, cuja renda familiar média varia entre R$1.635 e R$5.450. A classe A, com renda familiar média  de R$14.203, responde por 22,2% do aumento na renda feminina. As classes B e D, com rendas médias de R$6.070 e R$940, respectivamente, somam um aumento de 30,3% na renda das mulheres.
 
Fonte:observatóriodamulher

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