A implementação da política nacional de atenção integral à saúde das mulheres, com ênfase na saúde das mulheres negras, e a retomada da agenda dos direitos sexuais e reprodutivos para que se constituam debate contínuo e de ampla relevância no país, pautam o Seminário Nacional que será realizado pela Rede Feminista de Saúde nos dias 29 e 30 de setembro em Porto Alegre, Rio Grande do Sul.
O evento integra a programação do XI Encontro Nacional da Rede e conta com a parceria de Maria Mulher - Organização de Mulheres Negras e o apoio do Ministério da Saúde e do Fundo de População das Nações Unidas - Unfpa. As duas atividades compõem as ações comemorativas aos 20 anos de fundação da Rede Feminista de Saúde ocorrida em Itapecerica da Serra, São Paulo, por ocasião do Seminário Nacional Feminista de Saúde e Direitos Reprodutivos.
Estão sendo aguardadas cerca de 100 participantes oriundas de diferentes regiões do país. A Rede Feminista trará a Porto Alegre nomes expressivos do movimento de mulheres e feminista e das áreas governamentais da saúde da mulher e direitos humanos do Brasil.
Durante o XI Encontro Nacional será realizada, com a presença de filiadas, no dia 1 de outubro, a Assembléia Geral Ordinária quando serão deliberadas as diretrizes e prioridades políticas da RFS e eleitas suas instâncias diretivas. Esta assembléia elegerá e empossará o novo Colegiado da Rede Feminista, composto pelo Conselho Diretor e Secretaria Executiva. Além disso, será renovado o Conselho Fiscal.
O seminário nacional sobre a saúde das mulheres negras vai levar em conta a diversidade, o recorte de gênero e as necessidades específicas dessa população feminina, considerando os dados socioeconômicos que indicam que a maioria das negras encontra-se abaixo da linha da pobreza e o difícil acesso aos serviços de saúde. O debate deverá aprofundar a discussão sobre o racismo e suas conseqüências perversas sobre a vida e a saúde da mulher negra.
Um outro aspecto a ser observado será a demanda da subnotificação da variável cor -quesito cor - na maioria dos sistemas de informação da área de saúde, que segundo as filiadas da RFS, é um dos fatores que tem dificultado uma análise mais consistente sobre a saúde da mulher negra no Brasil
Fonte:UNIFEM
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