segunda-feira, 21 de março de 2011

Rio + 20: 2ª Reunião preparatória

Representantes de governos e da sociedade civil de diversos países participaram da 2ª reunião preparatória da Rio +20. O evento discutiu temas como economia verde, os termos de acordo sobre desenvolvimento sustentável e o cronograma para o esboço de um documento negociado pelos participantes. Sociedade civil espera que o governo seja o protagonista na tomada de decisões da Rio + 20.


Rio + 20: 2ª Reunião preparatóriaRepresentantes de vários países se encontraram, durante o Carnaval, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova Iorque, para participar da 2ª reunião da comissão preparatória da Rio+20. Esta Conferência está marcada para primeira semana junho de 2012 e a última reunião preparatória, na última semana de maio, no Rio de Janeiro. Esta Conferência é o desdobramento da ECO-92. A reunião teve o propósito de debater assuntos como economia verde, os termos de acordo sobre desenvolvimento sustentável e o cronograma para o esboço de um documento negociado pelos participantes. Além de representantes governamentais, o encontro contou com representantes da sociedade civil.
A ONU considera que a Rio+20 será um dos eventos mais importantes do mundo na próxima década e será uma oportunidade para avançar para um modelo econômico que propicie a erradicação da pobreza. “Não podemos esperar outros 20 anos para conseguir esse objetivo, disse o subsecretario geral da ONU, Sha Zukang. “Um fracasso no combate à pobreza só conduzirá a um incremento das tensões sociais, as pressões ecológicas e as crises econômicas, ressaltou.
Entretanto, as expectativas apontadas pelo Secretario geral da Rio+20 (chamada por ele de Rio 2012) demonstra ter baixo nível de ambição. Ele apontou cinco fatores como expressão de sucesso da Conferência em sua visão: 1) uma base institucional para a discussão de economia verde. É fundamental que o sistema ONU tenha uma visão coerente deste conceito e que deve estar voltado para o desenvolvimento sustentável; 2) Fortalecer a Comissão de Desenvolvimento Sustentável da ONU; 3) Fortalecer a UNEP; 4) estabelecer orientações sobre o que é economia verde, caminhos a serem trilhados rumo a um desenvolvimento sustentável; 5) Compromisso de Ação sobre o financiamento e tecnologia necessárias ao desenvolvimento sustentável. Ficou evidente que o tema da governança, outro pilar do debate que se fará na Rio+20, ainda esta sem condições de obter consenso.
No próximo ano, todos os 192 países reconhecidos pelas Nações Unidas poderão entrar em um acordo sobre as medidas necessárias para a utilização mais sustentável dos recursos. A ONU espera que as nações possam determinar acordos para tornar a economia mais “verde”, promover a criação de postos de trabalho, obter energia limpa e água potável para todos. Temas esses pouco claros no entendimento e que, portanto, ainda vale a pena disputar o sentido dos mesmos, caso contrário, o esverdeamento do capitalismo será o caminho mais direto e óbvio.
Iara Pietricovscky, membro do colegiado de gestão do INESC , presente como representante da Rede Brasil compõe o grupo de representantes da sociedade civil na Conferência. Segundo ela, a reunião preparatória foi pouco produtiva e muito evasiva. “Houve pouca disposição dos países, em especial, os mais ricos, em se responsabilizar pelo processo. Mesmos os países em desenvolvimento não estão muito atentos ou conscientes do significado. Os contatos iniciais com o governo brasileiro também demonstraram uma certa desorganização e desarticulação”.
Iara também ressalta que o Governo está apostando na sociedade civil, o que é bom, desde que isso não signifique uma transferência de responsabilidades .Como se ela fosse “responsável pelo sucesso da Conferência. Não somos governos e não queremos ser governo, desta forma, cabe a eles o protagonismo e tomada de decisões que, nós sociedade, estamos esperando dos governos”, ressalta.

Entenda como a sociedade civil está se organizando:
o Brasil criou um Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio + 20 que tem a participação de redes, fóruns, sindicatos e movimentos sociais (mulheres, indígenas, juventude, camponês, urbano, direitos humanos etc) de todo o mundo. Trata-se de um grupo plural, criado com o objetivo específico de articular e facilitar a participação da sociedade civil internacional no processo. A idéia é que o Comitê se comprometa com uma visão crítica do processo oficial e dos governos e tenha como principal foco a mobilização da sociedade brasileira e mundial. O Comitê é formado por uma coordenação e por grupos de trabalho que cuidaram do evento, das relações com a parte oficial, mobilização e educação, relação internacional e comunicação. O INESC está participando como interlocutor da Rede Brasil na coordenação.
Rio +20: Após 20 anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, será realizado em 2012 o evento Rio +20.O objetivo do evento é relembrar e renovar o engajamento dos líderes mundiais com desenvolvimento sustentável do Planeta. O evento vem somar na lista de reuniões da Organização das Nações Unidas – ONU, entre as quais destacam-se as Conferências de Estocolmo em 1972 e de Joanesburgo em 2002. Dentre os assuntos a serem discutidos na Rio +20 está a “economia verde”, tida como um dos caminhos para o desenvolvimento aliado ao respeito ambiental e inclusão social.
Com auxílio das informações da ONU.
Fonte : INESC
 

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