sábado, 19 de março de 2011

Ceafro lança campanha pelo fim da violência contra as mulheres negras

O CEAFRO, um programa de extensão do Centro de Estudos Afro-Orientais (CEAO) da Universidade Federal da Bahia (UFBa), lança na próxima 4ª feira, (23/3), às 9 horas, uma campanha estadual contra a violência às mulheres negras baianas.

A medida visa chamar a atenção da sociedade civil e órgãos públicos para o grave cenário de agressão em que vivem as mulheres negras; fortalecer a imagem das mulheres negras em suas lutas contra as distintas formas de violência, que se dão no âmbito doméstico, intra-familiar ou no acesso aos serviços e nos processos de defesa. O lançamento ocorrerá na sede do CEAO/CEAFRO, localizada no Largo Dois de Julho.
A iniciativa do CEAFRO faz parte do projeto Encruzilhada de Direitos - raça, gênero e enfrentamento à violência contra as mulheres negras na Bahia, coordenado pela socióloga Vilma Reis, e desenvolvido há dois anos em 15 territórios baianos, com o apoio da SPM/PR e da Superintendência de Políticas para as
Mulheres da Secretaria Estadual de Promoção da Igualdade (Sepromi). No mesmo dia, mulheres desses 15 territórios também estarão lançando a campanha em suas cidades, comunidades e organizações, mobilizando mulheres quilombolas, agricultoras, sindicalistas, universitárias etc.

Nessa primeira etapa da campanha, foram produzidos spots de rádio e tv, que contaram com o apoio da cantora Márcia Short (voz e imagem) e do percussionista Sérgio Othanazetra (trilha sonora); cartazes, marcadores de livros, sacolas, e foi criado um blog. Na segunda fase, serão produzidos outdoors, busdoors e a publicação do “Dossiê da Violência Contra as Mulheres na Bahia”, com dados de uma pesquisa desenvolvida pelo CEAFRO de janeiro de 2009 a março de 2010, nos jornais A Tarde, Correio da Bahia e Tribuna da Bahia.

Participam do lançamento da campanha representantes de organizações de mulheres de Salvador e Região Metropolitana, e de outros Territórios de Identidade; de órgãos públicos, a exemplo da Sepromi, Ministério Público, Defensoria Pública, Varas Especializadas nos casos de Violência contra a Mulher, Delegacias de Atendimento a Mulheres, Casas Abrigo, Centros de Referência, Redes Municipais de Serviços e conselhos municipais de direitos. A partir da ação da Superintendente de Políticas para Mulheres, Valdecir Nascimento, da Sepromi, foi criada a Rede de Atenção para Mulheres em Situação de Violência, que já atua em 22 dos 26 Territórios de Identidade da Bahia. A rede é formada por diversas instituições públicas e entidades da sociedade civil de mulheres.
Fonte e texto : Correio Nagô

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