Um dia antes da comemoração dos 462 anos da cidade de Salvador, foi lançado no auditório da Livraria Cultura o Movimento Nossa Salvador. Segundo os organizadores do evento, a articulação visa "promover a cidadania participativa para tornar Salvador uma cidade mais humana, socialmente justa, ambientalmente sustentável e economicamente viável".
Na oportunidade, foi lançado o portal www.nossasalvador.org.br e divulgada uma pesquisa com 61 indicadores sociais em áreas como educação, saúde, segurança e meio ambiente, para apresentar à comunidade uma fotografia da situação em que se encontra a capital. O movimento é inspirado em inciativas semelhantes em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Bogotá e pretende envolver diversos atores da sociedade civil e do setor empresarial para repensar a cidade.
O Nossa Salvador atua fomentando atitudes cidadãs com três frentes de trabalho: programa de indicadores sociais, acompanhamento da gestão pública e educação para a cidadania. A partir destas frentes, os membros do grupo elegeram, inicialmente, uma série de eixos temáticos prioritários: educação, saúde, segurança pública, saneamento, meio ambiente, planejamento e mobilidade urbana, equidade de gênero e raça, juventude, trabalho e renda. O movimento é apartidário, interreligioso, pluralista e congrega professores de universidades baianas, agentes públicos, estudantes e profissionais liberais e está articulada a Rede Latino-americana por Cidades Justas e Sustentáveis.
No hiperlink abaixo é possível conferir os indicadores sociais de Salvador apresentados ontem em reunião articulada pelo Instituto Iris de Responsabilidade Social e as demais organizações do grupo impulsor do Movimento. De 32 indicadores, Salvador figura entre "abaixo da média" ou "piores" em 22 itens, sendo uma das piores capitais em termos desenvolvimento humano e desigualdade. A pesquisa mostrou também que 55% dos pré-natais realizados por negras em Salvador são insuficientes, face a 18,32 entre mulheres brancas.
Confira:
Fonte : Correio Nagô
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