quarta-feira, 30 de março de 2011

Movimento Nossa Salvador divulga retrato da desigualdade na capital baiana

Um dia antes da comemoração dos 462 anos da cidade de Salvador, foi lançado no auditório da Livraria Cultura o Movimento Nossa Salvador. Segundo os organizadores do evento, a articulação visa "promover a cidadania participativa para tornar Salvador uma cidade mais humana, socialmente justa, ambientalmente sustentável e economicamente viável".

Na oportunidade, foi lançado o portal www.nossasalvador.org.br e divulgada uma pesquisa com 61 indicadores sociais em áreas como educação, saúde, segurança e meio ambiente, para apresentar à comunidade uma fotografia da situação em que se encontra a capital. O movimento é inspirado em inciativas semelhantes em cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Bogotá e pretende envolver diversos atores da sociedade civil e do setor empresarial para repensar a cidade.

O Nossa Salvador atua fomentando atitudes cidadãs com três frentes de trabalho: programa de indicadores sociais, acompanhamento da gestão pública e educação para a cidadania. A partir destas frentes, os membros do grupo elegeram, inicialmente, uma série de eixos temáticos prioritários: educação, saúde, segurança pública, saneamento, meio ambiente, planejamento e mobilidade urbana, equidade de gênero e raça, juventude, trabalho e renda.  O movimento é apartidário, interreligioso, pluralista e congrega professores de universidades baianas, agentes públicos, estudantes e profissionais liberais e está articulada a Rede Latino-americana por Cidades Justas e Sustentáveis.

No hiperlink abaixo é possível conferir os indicadores sociais de Salvador apresentados ontem em reunião articulada pelo Instituto Iris de Responsabilidade Social e as demais organizações do grupo impulsor do Movimento. De 32 indicadores, Salvador figura entre "abaixo da média" ou "piores" em 22 itens, sendo uma das piores capitais em termos desenvolvimento humano e desigualdade. A pesquisa mostrou também que 55% dos pré-natais realizados por negras em Salvador são insuficientes, face a 18,32 entre mulheres brancas. 

Confira:
http://www.nossasalvador.org.br/site/indicadores

Fonte : Correio Nagô




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