Descendente de escravos, nascida em uma fazenda de tabaco no interior da Virgínia, nos Estados Unidos, Loretta Pleasant --que mais tarde passou a se chamar Henrietta Lacks-- descobriu que tinha câncer aos 30. Morreu em 1951, no Hospital Johns Hopkins.
Sem consentimento, uma amostra do seu colo do útero foi extraída. A pesquisa dos tecidos mostrou que as células cancerígenas possuíam uma característica espantosa. Mesmo fora do corpo, elas se multiplicavam em intervalo curto, tornando-se virtualmente imortais.
Por esse motivo, as células HeLa --iniciais da doadora-- são estudadas em universidades e centros de tecnologia no mundo todo. A vacina contra a poliomielite, contra o vírus HPV, medicamentos para o tratamento de câncer, de Aids e do mal de Parkinson foram obtidos por meio da linhagem HeLa. "A Vida Imortal de Henrietta Lacks", de Rebecca Skloot, busca reconstituir a vida de uma das mais injustiçadas figuras da história da ciência.
O livro recebeu inúmeros prêmios e foi traduzido para mais de 20 línguas. A história será adaptada para a televisão pela HBO, com produção de Oprah Winfrey e Alan Ball. Publicado no Brasil pela editora Companhia das Letras, o volume tem lançamento previsto para o dia 16 de março e está em pré-venda na Livraria da Folha.
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