Por
Mônica Aguiar
O quadro das
mulheres para resultado das eleições no ano que marca 80 anos do voto feminino
no Brasil, não é nada satisfatório para a sociedade brasileira, apesar dos
dados apresentarem um crescimento de quase 32% de mulheres eleitas como
prefeitas no pais que representam 11,37% .
Isto também pode
ser observado quando realizamos o levantamento dos vereadores mais
votados em várias Capitais do Brasil, deparamos com a triste realidade: - são os
homens que ainda concentram maior número de votos.
Mesmo com a cota eleitoral de gênero
que tem por objetivo não mais de reservar mais sim preencher garantindo uma
maior participação das mulheres na vida política brasileira incluído-as nos
pleitos eleitorais. As mulheres, ainda hoje, ocupam pouco espaço no ambiente
político e institucional do País.
E são diversos fatores que as colocam nesta condição ou quadro :
- Falta de oportunidade
de ter formação política;
- Pouca visibilidade nas
campanhas e peças publicitárias;
- Pouquíssima representação
e participação nas decisões da vida interna política principalmente dos
maiores partidos;
- Quase nenhum recurso financeiro
para viabilizar a campanha;
- Juntando tudo isto, ainda
tem que lidar diretamente com a sociedade local, que mantém valores e
estereótipos negativos com relação à participação da mulher na vida política.
Durante grande parte da
História do Brasil, as mulheres não tiveram participação na política, pois a nós
eram negados os principais direitos políticos como: - votar e se candidatar.
Isto ainda
esta muito presente no imaginário das pessoas!
Hoje saímos de uma
eleição onde as mulheres tiveram garantido 30% de participação no pleito eleitoral,
mas deparamos com o quadro de percentual muito a quem do que eu em particular
esperava. Muitas não foram se quer reeleitas.
De acordo com
o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), do total de 448.771 candidatos às eleições
municipais deste ano em todo o país, as mulheres representam a terça parte
(30,702%), ou 137.783, enquanto os candidatos masculinos somam 310.988, o que
equivale a 69,298%.
Em Belo Horizonte Capital
das Minas Gerais, apenas uma mulher reeleita e perca de 02 cadeiras dando lugar
a dois homens. “Libertas que sera Tamen”.
Belo Horizonte, reúne em sua
região metropolitana cerca
de 5,5 milhões de habitantes, sendo, assim, a terceira maior aglomeração urbana do Brasil.
Vejamos os lírios dos campos que nos cercam. Deparamos com textos de análises, justificando
o pouco percentual de não eleitas porque as mulheres ainda aceitam ser
candidata “laranja”.
Afirmações que as mulheres são tímidas reforçando ainda mais
os estereótipos e alimentando veladamente no imaginário das pessoas a
incapacidade das mulheres de participação ao pleito eleitoral.
Até quando as responsabilidades de diminuir as desigualdades econômicas,
sociais e política e
ntre homens e mulheres serão apenas nossas? Das mulheres?
Como punir os grandes homens e partidos que usam as mulheres
para preencher vagas?
Que não permite que as mulheres participem efetivamente como Dirigentes
da vida interna dentro dos partidos. Não
como mobilizadoras, ou apenas como dirigentes de secretarias temáticas, ou
preenchendo cota de mulheres nas direções executivas, mas com poder, ocupando cadeiras
em secretárias internas estratégicas. Atoras políticas, como somos .
Muitas das vezes não é permitido e exercício da cidadania partidária.
Muito é preciso ser feito. Se a tarefa for de fato somente nossa.
Vamos à luta, pois as eleições não acabaram.
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