Luanda – O coordenador de projectos de direitos humanos da Plataforma de Mulheres em Acção
(PMA), Rui Mulende, considerou hoje, em Luanda, que a cedência do crédito agrícola para os camponeses constitui uma saída para a luta pela erradicação da pobreza nas comunidades.
Angop | |
Mesa do presidium do encontro |
Em declarações à Angop, à margem do XII Encontro Nacional das Comunidades, Rui Mulende frisou que os empréstimos bancários permitirão o cultivo de novas extensões de campos agrícola e outros projectos para benefício das localidades.
O responsável avançou que nas localidades por onde a PMA passou, no tocante ao crédito agrícola, constata-se que os programas têm trazido muito progresso nas comunidades, alterando de forma positiva o custo de vida destas populações.
Sobre o impacto do crédito agrícola, referiu que existem bons testemunhos de mudança de vida de pessoas que conseguiram inclusive voltar a fazer novos empréstimos num valor mais avultado.
“A título de exemplo, em Kalandula, município da Malanje, um grupo de mulheres daquela localidade conseguiu unir-se e comprar uma moagem que facilita no tratamento e venda da fuba”, avançou.
Aplaudiu, por outro lado, as iniciativas de acções de formações a favor dos camponeses, visto que levará as pessoas a saber gerir os empréstimos, a fim de que pontualmente possam fazer a devolução às entidades bancárias.
Sob o lema “Promovendo a participação social no desenvolvimento local”, o XII encontro das comunidades visa a troca de experiências entre diferentes cidadãos de comunidades rurais do interior de Angola, com as quais a Associação para o Desenvolvimento Rural e Ambiental (ADRA) trabalha, em relação a várias áreas do desenvolvimento das comunidades.
Da iniciativa da ADRA, o evento visa também promover uma reunião para se reflectir sobre a problemática da participação social no quadro da promoção do desenvolvimento local e proporcionar o debate sobre os programas governamentais de apoio ao desenvolvimento local.
Favorecer a troca de experiências e de boas práticas de desenvolvimento local e outros aspectos ligados à vida das comunidades e para destacar a participação das associações de camponeses nos Conselhos de Auscultação e Concertação Social são outros objectivos do evento, com duração de um dia.
Fonte: ANGOP
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