No Equador, oito em cada dez mulheres já sofreram algum tipo de violência, seja na forma de agressões físicas ou psicológicas, e 21% das crianças e adolescentes, meninos e meninas, sofreram abuso sexual. Das 10 mil denúncias registradas em 2007, apenas 300 resultaram em sentenças. Estes são dados do Plano Nacional de Erradicação da Violência no Equador, de 2009.
"A violência masculina ganhou a esfera pública, mas na cabeça de muitos é ainda um assunto particular, vinculado aos patrões culturais e ao fato da prevalência de uma sociedade machista", explica a diretora da ONU Mulheres, Lucía Salamea-Palacios à Agência Efe.
"A Justiça a respeito da violência de gênero não é precisamente a que melhor funciona, é uma dívida histórica da democracia, mas com as mulheres é pior, porque acaba custando a vida delas", denuncia Ana Lucía Herrera, presidente da Comissão de Transição, um organismo que trabalha com o governo equatoriano para criar um Conselho das Mulheres e Igualdade de Gênero na Assembleia Nacional.
Apesar de a Constituição de 2008 ser uma das constituições mais completas da América Latina e Caribe, persiste o "problema da Justiça, de regulamentações e da falta de decisão por parte dos organismos públicos", diz Ana Lucia.
O Equador apresenta uma taxa de "femicídio" de 30 para cada 1 milhão, número superior a média de 19 para 1 milhão, segundo estudo de 44 países do Centro Rainha Sofia em 2010. A taxa na América Latina, onde só 12 países forneceram números, o dobro mundial.
Segundo Ana Lucía, um dos maiores problemas é a "banalização da violência de gênero", fruto, em parte, do tratamento dado pela mídia.
Ana Carcedo, no estudo de 2011 "Femicídio no Equador", criticou o uso de expressões como "crime passional", que "minimizam a responsabilidade do agressor" e "a gravidade do assassinato". Ana pede uma abordagem diferente dessas notícias, mas aprova a publicação dos casos, pois na falta de dados oficiais isso permite uma apuração das vítimas.
"A violência masculina ganhou a esfera pública, mas na cabeça de muitos é ainda um assunto particular, vinculado aos patrões culturais e ao fato da prevalência de uma sociedade machista", explica a diretora da ONU Mulheres, Lucía Salamea-Palacios à Agência Efe.
"A Justiça a respeito da violência de gênero não é precisamente a que melhor funciona, é uma dívida histórica da democracia, mas com as mulheres é pior, porque acaba custando a vida delas", denuncia Ana Lucía Herrera, presidente da Comissão de Transição, um organismo que trabalha com o governo equatoriano para criar um Conselho das Mulheres e Igualdade de Gênero na Assembleia Nacional.
Apesar de a Constituição de 2008 ser uma das constituições mais completas da América Latina e Caribe, persiste o "problema da Justiça, de regulamentações e da falta de decisão por parte dos organismos públicos", diz Ana Lucia.
O Equador apresenta uma taxa de "femicídio" de 30 para cada 1 milhão, número superior a média de 19 para 1 milhão, segundo estudo de 44 países do Centro Rainha Sofia em 2010. A taxa na América Latina, onde só 12 países forneceram números, o dobro mundial.
Segundo Ana Lucía, um dos maiores problemas é a "banalização da violência de gênero", fruto, em parte, do tratamento dado pela mídia.
Ana Carcedo, no estudo de 2011 "Femicídio no Equador", criticou o uso de expressões como "crime passional", que "minimizam a responsabilidade do agressor" e "a gravidade do assassinato". Ana pede uma abordagem diferente dessas notícias, mas aprova a publicação dos casos, pois na falta de dados oficiais isso permite uma apuração das vítimas.
Agencia Patricia Galvão
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