quarta-feira, 13 de março de 2013

Cresce o número de internações de mulheres com infarto


A internação de mulheres por infarto nos hospitais públicos cresceu 34% nos últimos quatro anos em todo o estado de São Paulo. Segundo levantamento divulgado ontem (12),  pela Secretaria Estadual da Saúde, 8.570 mulheres foram internadas no ano passado com a doença, enquanto em 2008 ocorreram 6.395 internações.
Em média, sete mulheres infartadas foram atendidas a cada hora em hospitais do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2012. Do total de mulheres internadas, 66% tinham menos de 70 anos de idade. No mesmo período, segundo a secretaria, cresceu também o número de mulheres vítimas de acidente vascular cerebral (AVC), também conhecido como derrame. Em 2012, 20.428 mulheres foram internadas por causa de AVC, enquanto em 2008 ocorreram 17.789 internações.

Para a secretaria, os principais fatores de risco para as mulheres são a hipertensão, o colesterol alto, a diabetes, obesidade abdominal, o sedentarismo, uso de cigarro e a combinação entre o anticoncepcional e o fumo. “Pensa-se que o câncer de mama é o maior problema e a maior causa de morte entre as mulheres, mas isso não é verdade. O infarto mata seis vezes mais que o câncer de mama. É um problema grave e devemos estar atentos a ele”, disse a nutricionista Mirian Furtado, do programa Meu Prato Saudável, uma parceria entre o Instituto do Coração (InCor) e o Hospital das Clínicas.
Para prevenir o surgimento de doenças cardiovasculares, a nutricionista sugere que as pessoas façam exercícios físicos regularmente, consultem periodicamente um médico e um nutricionista, façam check-up anual e tenham uma alimentação equilibrada.
Na alimentação, a recomendação da nutricionista é que as pessoas comam “bastante vegetais e frutas”. “Comer de três em três horas é superimportante porque assim você não vai comer muito em uma alimentação e ficar muito tempo sem comer nada depois. Fazer a distribuição correta dos alimentos também é importante: no almoço, por exemplo, metade do prato deve ser constituída por vegetais [verduras e legumes] e, na outra metade, distribuir carboidratos e proteínas animal e vegetal. Fazendo essa combinação, se estará ingerindo todos os nutrientes, mas sem excessos e sem trazer prejuízos à saúde”, orientou a nutricionista.
A sugestão do Meu Prato Saudável é que metade do prato, dois quartos, seja composta por verduras e legumes variados, alimentos de cores diferentes. Na outra metade deve ser posto um quarto de alimento rico em proteína (frango, peixe, ovos, com pouca gordura), que pode ser complementada com leguminosas (feijão, grão de bico, soja e lentilha), e mais um quarto com alimentos ricos em carboidratos (arroz, massas, batatas, mandioca, mandioquinha ou farinhas).
Segundo a nutricionista, a combinação brasileira de feijão, arroz, salada, batata e carne é “ótima”. “Mas é preciso saber equilibrar isso e não pegar mais carne do que um quarto do prato e não pegar muito carboidrato [como arroz e purê]. O arroz e o feijão é uma combinação ótima, rica em minerais e vitaminas que são essenciais para nosso corpo. Completando isso com a carne, os vegetais e uma leguminosa é o ideal. A questão é evitar os excessos”, destacou.
Para quem costuma comer fora de casa, a nutricionista sugere que as pessoas tenham bom-senso e evitem os excessos. “Comer fora de casa tem um atrativo maior: em um self service, por exemplo, há uma oferta muito grande [de alimentos]. É preciso então ter bom-senso e saber equilibrar isso e não ficar pegando um pouquinho de cada coisa para colocar no prato”, alertou. Ela também orientou para que se evite ingerir alimentos industrializados e refrigerantes.


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