quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

O Retrato da Presença Feminina no Itamaraty por Viviane Rios Balbino .

O mundo diplomático é masculino. Por que?As mulheres não se interessam pela carreira diplomática? Então, como explicar a tímida presença feminina no Itamaraty?
Mergulhada nesse universo até então pouco explorado, Viviane Rios Balbino decidiu analisar números, com base na participação de mulheres nos Concursos de Administração à Carreira Diplomática, realizados entre 1993 e 2003, e sair em campo, entrevistando funcionárias do Ministério das Relações Exteriores.
O estudo resultou no livro “Diplomata – Substantivo Comum de Dois Gêneros. Um Retrato da Presença Feminina no Itamaraty no Início do Século XXI”, que será lançado no próximo dia 2 de fevereiro, às 19 horas, na Livraria Cultura Iguatemi, no Lago Norte, em Brasília – SHIN CA 04, Lote A, Loja 101.
Entre várias hipóteses levantadas para explicar o baixo interesse das mulheres pela carreira diplomática, bem como o baixo desempenho feminino nos concursos, está o efeito da imagem masculina projetada sobre essa carreira e a crença de que esse trabalho é incompatível com a opção de constituir família, no caso das mulheres.
A propósito do tema, algumas curiosidades registradas pelo Instituto Rio Branco: a primeira embaixadora do Itamaraty foi Odete de Carvalho e Souza, que chefiou o departamento político do ministério de 1956 a 1959;  a primeira colocada no concurso de 1918 foi Maria José de Castro, que teve sua admissão contestada pelas autoridades da época, mas a defesa brilhante de Rui Barbosa garantiu seu direito.
E mais: de 1919 a 1938 ingressaram no corpo diplomático 19 mulheres. Em 1938, um  decreto presidencial estabeleceu que somente homens poderiam ingressar na carreira. Em 1953, após ação judicial, a candidata Maria Sandra Cordeiro de Mello obteve o direito de servir ao Brasil como diplomata. Desde 1954, o concurso é aberto a todos os brasileiros. 
 
Comunicação Social SPM

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