O Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP) e a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) lançarão na segunda-feira (23), o livro Caminhando a Gente se Entende.
A iniciativa tem o apoio da Fundação Cultural Palmares (FCP) que é o órgão vinculado ao Ministério da Cultura criado para preservar os valores de igualdade e valorização das manifestações de matriz africana em defesa da liberdade religiosa.
O lançamento faz parte das comemorações pelo Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa, comemorado todo dia 21 de janeiro. Em suas 115 páginas, o livro reúne fotografias das quatro últimas edições da Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa que já reuniu mais de 120 mil pessoas, na Avenida Atlântica, em Copacabana. Além de conter textos históricos documentados por representantes de diversas religiões, do movimento social negro e governo.
Eloi Ferreira de Araujo, presidente da FCP, acredita que a iniciativa é uma importante contribuição para o combate à intolerância religiosa. “Temos o compromisso de promover e valorizar as tradições afro-brasileiras, assim como o respeito a todas as outras manifestações religiosas. E fazer uso do instrumento da legislação brasileira que assegura o direito do livre exercício desses cultos religiosos – o Estatuto da Igualdade Racial”, afirma.
O interlocutor da CCIR, babalawo Ivanir dos Santos, ressalta que o livro é resultado de mais um grande esforço do grupo para mostrar a importância e necessidade de respeito ao Estado laico. “A Comissão tem alcançado muitas vitórias e o livro é uma delas. Ao olhar a obra, percebe-se como o movimento cresceu e a seriedade da Caminhada para todos, inclusive os que não têm fé, pois é também um direito deles”, revela.
CCRI - Formada inicialmente por candomblecistas e umbandistas, a Comissão de Combate à Intolerância Religiosa (CCIR) conta com a parceria de espíritas, judeus, católicos, muçulmanos, malês, bahá’ís, evangélicos, hare krishnas, budistas, ciganos, wiccanos e agnósticos. A Comissão tem por objetivo combater a prática do preconceito e da intolerância religiosa.
Lei nº 11.635 – Oficializada pela Presidência da República, a lei institui o Dia Nacional de Combate a Intolerância Religiosa. A data homenageia a sacerdotisa Gildásia dos Santos e Santos, a Mãe Gilda. Ialorixá do terreiro Axé Abassá de Ogum, em Salvador, Mãe Gilda morreu de enfarte, após ver sua foto publicada no jornal de uma igreja evangélica, acompanhada de texto depreciativo.
Semanas antes, o terreiro de Mãe Gilda fora invadido por evangélicos. A Igreja Universal do Reino de Deus, responsável pela publicação da Folha Universal, foi condenada a indenizar a família da ialorixá.
Serviço:Lançamento do livro de fotografias Caminhando a Gente se entende
Quando: 23 de janeiro às 18 horas
Onde: Palácio Gustavo Capanema – Rua da Imprensa 16 – Centro – Rio de Janeiro
Quando: 23 de janeiro às 18 horas
Onde: Palácio Gustavo Capanema – Rua da Imprensa 16 – Centro – Rio de Janeiro
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