segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Ministra da Cultura apela à redução de consumo de produtos culturais estrangeiros

Kuito - A ministra da Cultura, Rosa Cruz e Silva, apelou hoje, na cidade do Kuito, província do Bié, à
Ministra Rosa Cruz e Silva
         Ministra Rosa Cruz e Silva
necessidade de se reduzir o consumo de produtos culturais alheios à identidade nacional, promovendo, desta forma, o produto e os criadores nacionais.
 A ministra Rosa Cruz e Silva lançou esse apelo durante o acto central do Dia da Cultura Nacional assinalado hoje a nivel nacional.
 Rosa Cruz sublinhou que o consumo de produtos culturais estrangeiros passará pela eliminação das assimetrias ao acesso à cultura nacional.
 "O crescimento económico e a justiça social só podem conduzir ao desenvolvimento integral e duradouro se forem acompanhados pelo desenvolvimento cultural. Sem cultura viva e criativa não é possível o desenvolvimento integral do homem", reforçou.
 De acordo com a ministra, as vertentes sociais e económicas do sector cultural assumem cada vez maior importância, facto passível de constatação através da crescente valorização da sua componente e do papel que assume nas políticas de criação de empregos.
 Sendo assim, avançou Rosa Cruz e Silva, as políticas culturais devem estar orientadas prioritariamente para os criadores, aos agentes culturais e investigadores, entidades que, com o apoio do Estado, são os responsáveis pela internacionalização da cultura angolana e no processo de integração da cultura nacional nos valores internacionais, promovendo a identidade nacional num só objectivo integrador das variáveis do rico tecido cultural do país.
 "As políticas culturais nesta perspectiva devem estimular uma cultura de responsabilidade societária que leve todos a se empenharem na vida cultural e na protecção dos bens patrimoniais, transformado o cidadão, sempre que possível, num agente cultural, impondo a si próprio os necessários esforços e os limites dos reais interesses em nome da solidariedade e da promoção do bem comum", asseverou.
 Outra vertente com grande peso na expansão das actividades culturais e de incentivo a cultura, segundo a ministra, é o sintoma de desenvolvimento tecnológico que se regista nos últimos tempos no país, razão pela qual se deve apostar no aproveitamento dos benefícios da era digital, numa perspectiva de auto sustentabilidade das acções culturais.
 O 08 de Janeiro, como dia da Cultura Nacional, foi aprovado por decreto nº21 e publicado no Diário da República nº 87, I série, de Novembro de 1986, em homenagem ao discurso sobre a Cultura Nacional, do primeiro presidente de Angola, António Agostinho Neto.
 Em 1979, o poeta e Presidente Agostinho Neto, durante a tomada de posse dos corpos gerentes da UEA, fez uma abordagem sobre a Cultura Nacional, que de então a esta parte passou a ser referência fundamental em todas as discussões sobre a Cultura angolana.
 Em reconhecimento ao seu pensamento relativamente aos problemas que se prendem com a cultura nacional, bem como a importância que a cultura possui como um dos elementos constituintes do substrato da unidade nacional e factor essencial na afirmação da soberania do país e promoção do desenvolvimento, foi instituída a data.


 Fonte: ANGOP

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