Por Monica Aguiar
Um grupo de manifestatantes realizaram dia (07) panelaço contra o racismo, em frente o restaurante a Nono Paolo em São Paulo.
Um grupo de manifestatantes realizaram dia (07) panelaço contra o racismo, em frente o restaurante a Nono Paolo em São Paulo.
A manifestação, foi organizada pela internet e motivada pela história do casal espanhol que teve o filho negro adotivo, de 6 anos, colocado para fora do estabelecimento.
A estudante Carina Paola Cardenas, uma das idealizadoras do protesto, disse que o objetivo é chamar a atenção para o preconceito racial. “Pretendemos mostrar às pessoas que o racismo existe. Não se consegue mudá-lo somente por leis. O que muda isso é a conscientização. Por isso, estamos estimulando o boicote aos estabelecimentos que tenham esse tipo de política de maltratar pessoas seja por causa da raça ou por questão social.”
Wilson Honório da Silva, do Movimento Nacional Quilombo Raça e Classe, disse que o protesto, apesar de ter contado hoje com um grupo muito pequeno de pessoas, não pode ser esgotado. “O movimento tem o propósito de mandar um recado para a sociedade. Estamos cansados de viver em um país onde ser negro é parecer marginal.”
Para ele, a ideia é organizar manifestações ao longo do ano para alertar a população sobre o racismo. “Estamos propondo transformar o dia 21 de março, que é o Dia Internacional de Combate ao Racismo, num grande ato em protesto a todos esses casos que têm se repetido em São Paulo”, disse.
Ao serem procurados pela Agência Brasil, os sócios do restaurante disseram que não iriam se manifestar sobre o caso até a conclusão do inquérito policial.
No dia (4) de janeiro, a Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania de São Paulo instaurou um processo para apurar o caso. Caso comprovada racismo contra a criança, o estabelecimento poderá ser multado , baseando-se na Lei Estadual 14.187/2010, que pune atos discriminatórios no estado de São Paulo.
De acordo com o coordenador de Políticas para População Negra e Indígena da Secretaria da Justiça, Antonio Carlos Arruda, a multa pode chegar a 3 mil Unidades Fiscais do Estado de São Paulo (Ufesp), o que corresponde a R$ 55.320.
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