As autoridades do Haiti confirmaram hoje (10) que 4.334 pessoas morreram em decorrência da epidemia de cólera no país. Segundo as autoridades, os números aumentam diariamente. Pelos dados do Ministério da Saúde Pública e da População no Haiti, 220.784 pessoas foram infectadas pela doença. As informações são da rede multiestatal de televisão, Telesur.
Segundo as autoridades, mais de 118 mil pessoas infectadas conseguiram se recuperar. Os números de contaminação aumentaram em outubro de 2010, na região de Artibonite, no Haiti. Só nessa área houve 863 mortes. Porém, a doença ultrapassou os dez departamento do país e atingiu as regiões vizinhas.
Na República Dominicana, foram registrados 325 casos da doença e três mortes. Na tentativa de conter o avanço, vários governos do Caribe e da América Central adotaram programas emergenciais para impedir a propagação do cólera.
O governo do Brasil, por intermédio do Ministério da Saúde, liberou hoje R$ 11,8 milhões destinados à compra de vacinas para o Haiti. Deste total, R$ 4,3 milhões serão repassados para a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) que comprará vacinas contra raiva animal e humana, difteria, tétano e coqueluche por meio de licitação internacional. O restante, R$ 7,5 milhões, ficará com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) para a aquisição de geladeiras e demais aparelhos usados no armazenamento das vacinas.
O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação dos Assuntos Humanitários alertou, em janeiro, que a epidemia ameaça 2,2 milhões de crianças - que sofrem com a falta de acesso à água potável e às instalações sanitárias.
Há, ainda, no Haiti mais de 1 milhão de pessoas vivendo em alojamentos improvisados. Pelo menos 380 mil crianças moram em barracas nas principais cidades, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef).
Edição: Juliana Andrade
Agencia Brasil
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