quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Brasil vai financiar pesquisas na área de bioenergia em países da África Ocidental

Por meio de acordo de cooperação firmado nesta quinta-feira (17), o Brasil vai realizar estudos na área de bioenergia em países em desenvolvimento, a começar por oito nações situadas na África Ocidental (Benim, Burkina Faso, Côte d’Ivoire, Guiné-Bissau, Máli, Níger, Senegal e Togo). O acordo vai ajudar a diversificar a matriz energética desses países e a reduzir a dependência de petróleo. 
O documento foi assinado pelo ministro das Relações Exteriores, Antonio de Aguiar Patriota, e pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, em cerimônia no Palácio do Itamaraty, em Brasília. 
Na solenidade, Coutinho, destacou que a instituição vai dar apoio aos projetos da área de biocombustíveis. “O Brasil é um dos líderes mundiais em biocombustíveis e bioenergia e esse processo requer que outros países se engajem nessas atividades e, do ponto de vista comercial, pode gerar oportunidades para o Brasil”. 
O grupo de países faz parte da União Econômica e Monetária do Oeste Africano (Uemoa) e é o primeiro a receber os estudos. Em outubro de 2007, o Brasil celebrou com a Uemoa um Memorando de Entendimento na Área de Biocombustíveis, que prevê a realização de estudo de viabilidade para a produção e uso de biocombustíveis nos países que integram a organização. O estudo determinará os locais mais indicados e as melhores condições de sustentabilidade para a instalação de projetos de bioenergia.

Embaixadores africanos negociam acordo comercial com Mdic
Também nesta quinta-feira, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) recebeu a visita dos embaixadores de 15 países que compõem a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (Sadc, na sigla em inglês). Na reunião com o ministro do Mdic, Fernando Pimentel, os embaixadores demonstraram interesse na criação de um acordo comercial entre os países da Comunidade Africana e o Brasil. 
Segundo o embaixador da Namíbia, Lineekela Mhoti, o objetivo da parceria é atrair investimentos brasileiros em setores estratégicos para economia dos países africanos membros da SADC, como, por exemplo, a construção de aeroportos e os setores de mineração, turismo e qualificação de mão-de-obra. 
De acordo com o ministro Fernando Pimentel, o Brasil que aprofundar as relações com os países africanos e “ser um parceiro estratégico e permanente da África”. Pimentel disse ainda que o Mdic deve realizar nova missão comercial ao continente africano no próximo semestre. 
Juntos, os países que integram a Sadc têm população de 258 milhões habitantes e Produto Interno Bruto de US$ 482 bilhões.

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