O Ipea realizou na terça-feira, 1º de fevereiro, o seminário Combate à pobreza e cooperação internacional no Haiti. Presentes à mesa estavam o diretor da Agência Brasileira de Cooperação (ABC), ministro Marco Farani, o ex-chanceler do Haiti Alrich Nicolas, o diretor de Estudos e Políticas Sociais do Ipea, Jorge Abrahão, e o professor do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília (UnB) Antônio Jorge Ramalho da Rocha. Quem abriu o debate foi Mário Lisboa Theodoro, diretor de Estudos e Relações Econômicas e Políticas Internacionais do Ipea.
Ao expor os indicadores sociais, econômicos e políticos do Haiti, Nicolas expressou o desejo de que a viagem ao Brasil pudesse lhe fornecer experiências quanto ao desenvolvimento humano para seu país. “O desenvolvimento no Haiti perde para as catástrofes ambientais. Nosso objetivo macroeconômico abrange 18 meses até 2015. Um programa ambicioso requer estabilidade política”, disse o ex-chanceler.
Ao expor os indicadores sociais, econômicos e políticos do Haiti, Nicolas expressou o desejo de que a viagem ao Brasil pudesse lhe fornecer experiências quanto ao desenvolvimento humano para seu país. “O desenvolvimento no Haiti perde para as catástrofes ambientais. Nosso objetivo macroeconômico abrange 18 meses até 2015. Um programa ambicioso requer estabilidade política”, disse o ex-chanceler.
O Brasil tem presença militar no Haiti e se comprometeu com o auxílio de R$ 645 milhões em projetos de ajuda humanitária. Segundo o ministro Marco Farani, a ABC tem ao todo 17 projetos no Haiti, nas áreas de agricultura, formação profissional, segurança pública, infraestrutura, saúde, cultura e esporte, além dos projetos de implantação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs / PNUD) e de instalação hidrelétrica, que beneficiará um milhão de pessoas.
Farani lembrou que as iniciativas individuais e visionárias ocorridas no Haiti, que somam 40 mil ONGs, deveriam estar em acordo com os planos do governo local. “Quase a totalidade trabalha sem a autorização do governo, muita gente quer ajudar, mas contribui para um caos. Há muitos interesses. O Haiti tem que tomar as rédeas do país, e o Brasil está cooperando em relação a isso”, disse.
O professor Antônio Ramalho e o diretor Jorge Abrahão, a pedido do chanceler Nicolas, apresentaram algumas iniciativas brasileiras para o combate e erradicação da pobreza extrema. Antônio Ramalho lembrou a época da inflação galopante no Brasil e com o país caminhou para o desenvolvimento em 20 anos. Para Antônio Ramalho há muito o que fazer no Haiti e é necessário que o país apresente qual o foco de atuação. “O sistema vai ter de aprender a trabalhar a longo prazo. Há um mercado em torno do curto prazo. É necessária a ajuda das multinacionais, mas há quem não queira que o problema se resolva”, afirmou.
O diretor da Disoc/Ipea também comentou sobre a importância de uma estrutura política. “O Brasil tem demonstrado nos últimos tempos a institucionalização da estrutura política. Processo difícil que ainda está em construção. Passamos por tudo o que o Haiti passou”, declarou. O diretor falou ainda sobre as iniciativas locais do setor agrário.
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