segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Segundo a agência existem mais de 140 milhões de meninas e de mulheres mutiladas; Guiné-Bissau vai debater lei contra a prática

O Dia Internacional contra a Mutilação Genital Feminina, marcado este domingo, renova os apelos para que seja desencorada a tendência crescente dos funcionários da saúde em executarem a sua prática.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde, OMS, o problema afecta mais de 140 milhões de raparigas e de mulheres e, todos os anos, mais de 3 milhões estão em risco de ser mutiladas.

Profissionais de Saúde
Segundo agência, o envolvimento dos profissionais da saúde contribui para legitimar ou manter as mutilações, sendo necessário implementar "acções de conscientização para conter a prática."
Na Guiné-Bissau, um dos países mais afectados pelo fenómeno em África, as autoridades estimam em 300 mil o número de mulheres mutiladas. Cerca de 80 mil raparigas estão em risco de ser mutiladas.
Em Entrevista à Rádio ONU, o embaixador do país junto das Nações Unidas, João Soares da Gama, disse que as autoridades guineenses estão determinadas em avançar com uma lei que proíba a mutilação genital.

Legislação
"Em Burquina Faso, Senegal e outros países já há leis concretas que abordam esta questão de forma constrangedora e punitiva. Penso que já é momento dos parlamentares do país assumirem esta questão e tentarem, de uma vez por todas, para abolir esta prática", disse.
A mutilação genital feminina é tida como nociva, por "violar os direitos das raparigas e de mulheres." A OMS comprometeu-se a eliminar a prática na actual geração "recorrendo à advocacia, pesquisa e direccionamento dos profissionais da saúde."
A agência aponta que não é conhecido qualquer benefício para a saúde trazido pela mutilação genital feminina. Segundo a agência "pelo contrário, é associada a riscos físicos, mentais, de âmbito sexual e do bem-estar."

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