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Ministra Emanuela Vieira Lopes | |
Luanda – A ministra da Energia e Águas, Emanuela Vieira Lopes, anunciou, nesta segunda-feira, que 36 localidades do país beneficiarão de sistemas solares fotovoltaicos, num total de 216 infra-estruturas.
Emanuela Vieira Lopes fez este anúncio quando discursava na abertura da primeira Conferência Nacional sobre Energias Limpas sob o lema “Electrificar Angola com Energias Limpas”, que se realiza no auditório da Edel, em Luanda.
Segundo a governante, o projecto vai beneficiar escolas, postos médicos, sistemas de bombagem de água, administrações públicas das localidades, residências e postos policiais.
Acrescentou que foram concluídos estudos do potencial eólico da Baía dos Tigres e o mesmo no Tômbwa (na província do Namibe).
“Está em promoção o desenvolvimento de fontes locais, através da recuperação e construção de mini e micro centrais hidroeléctricas com o apoio dos governos provinciais, administrações locais e autoridades tradicionais”, frisou.
Referiu que o mundo vive actualmente um amplo movimento de mudanças no modelo de energias fósseis e nuclear para um sistema energético que inclui as energias renováveis, alternativas e limpas e que se não for feito nada para a protecção da natureza a médio e longo prazo os recursos naturais do planeta estarão em extinção.
Desse modo, disse, crescem a cada instante manifestações tendentes em reduzir o dióxido de carbono na atmosfera, que contribui para o efeito estufa.
Considera imperativo que se proceda a criação de um mundo em que o ar e a água deixem de estar poluídas e que as pessoas não vivam num planeta contaminado.
“A poluição custa dinheiro, degrada a qualidade de vida com efeitos nocivos à saúde e agrava ainda mais a pobreza e a miséria. Devemos, por isso, evitá-la a todo o custo”, apelou.
Emanuela Vieira Lopes alertou que na análise a energia eólica, como fonte inesgotável de energia, deve-se ter em conta a chamada poluição visual e sonora dos cata-ventos, assim como a morte de passaros, o que provoca o desequilíbrio ecológico.
Sobre a realidade angolana, a governante sublinhou que após análise das vantagens e desvantagens das principais fontes de energia limpas, há condições de se escolher as energias alternativas, o que deve acontecer com base na situação concreta de cada lugar.
“O Ministério fará um concurso público de 30 estudos preliminares e dois de viabilidade técnico-económica para a construção de mini-aproveitamentos hidroeléctricos em regime de Boot”, finalizou.
No encontro, organizado pelo Ministério da Energia e Águas e pela Embaixada da Noruega, participam membros do Governo, organizações especializadas em energias renováveis, técnicos de vários sectores, especialistas, entre outros.
FONTE: ANGOLAPRESS
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