A história e a identidade do povo negro do Rio Grande do Sul será tema nas salas de aula de Venâncio Aires em 2011. Com reforço de 30 kits de material didático, a Secretaria Municipal de Educação reforça a inclusão da cultura afro-brasileira nos currículos escolares locais. Os kits contendo livro, CD de música, vídeo-documentário, aulas em Power Point, revista e quadros com imagens marcantes da história e dos personagens negros ficarão à disposição das Escolas Municipais de Ensino Fundamental nos próximos dias. O conteúdo, distribuído pelo Programa Estadual RS Negro, é produzido pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS).
A temática da cultura afro-brasileira nas bases curriculares é trabalhada em Venâncio Aires desde 2009. Naquele ano, a realização do 1º Seminário de Discussão e Implantação da Cultura Afro reuniu professores e palestrantes para debater a história ensinada às crianças nas escolas e os possíveis preconceitos raciais presentes na tradução da importância do negro na construção da cultura e da identidade nacional. Em 2010, além da cultura afro, o 2º Seminário incluiu debates sobre o ensino da cultura indígena nas salas de aula. Para 2011, o coordenador da área de Ciências Humanas da Secretaria Municipal de Educação, professor João Batista Gomes, destaca que além de investir em renovação do material didático, devem ser realizados encontros menores para treinamento e capacitação dos professores para o uso desse material.
Além dos kits gaúchos sobre a história dos negros no Rio Grande do Sul, João Batista Gomes destaca o recebimento de materiais didáticos oriundos do Ministério da Educação e a aquisição, por parte do Município, de dezenas de livros sobre o tema. “Mesmo sendo um tema ainda tratado com certo tabu e distorção por alguns educandários, em nossas escolas municipais estamos muito felizes com os resultados alcançados em dois anos de trabalho. Nossas escolas trabalham o conteúdo em sala de aula e, com certeza, estamos contribuindo para a formação de gerações de crianças e adolescentes mais conscientes e livres do preconceito racial”, finaliza.
por: Danielle Rubim / Africas
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