segunda-feira, 4 de julho de 2011

Jovens consideram problema da juventude africana comum aos demais países do continente

Luanda  – Os problemas enfrentados actualmente pela juventude africana é comum aos jovens dos demais  países do continente africano, segundo opinião de  jovens participantes na recém terminada Cimeira dos Chefes de Estados e de Governos da União Africana.
 Para o jovem empreendedor são-tomense,  Dinca  Amorim dos Santos,  o acesso as instituições de ensino universitário é o principal problema da juventude do seu país, que , em sua opinião, também o é dos demais países de África.
 “Muitos  quando terminam o seu ensino secundário não têm muitas oportunidades  para frequentar  o ensino superior  no próprio país ou mesmo no exterior”,  disse, acrescentando que actualmente São Tomé tem  uma Universidade privada que é muito cara e nem todos os jovens têm capacidade financeira para pagar.
 Segundo referiu, o seu país regista também uma taxa de desemprego bastante alta, num país com uma população a volta de 200 mil habitantes e em que quase 70 porcento da população é jovem.
 Uma outra questão que preocupa também a juventude são-tomense , de acordo com Dinca Amorim, é a infecção por HIV/SIDA que atingiu uma taxa de 1, 5 porcento, considerada  elevada para um país de 200 mil habitantes.
 Por isso, disse,   é que nós os jovens defendemos uma política nacional  para a juventude (o que falta em São Tomé),  e que sejam alocadas mais verbas para os projectos juvenis , porque o sector da juventude é o que menos recebe dinheiro do Orçamento Geral do Estado.
 Já a estudante universitária Trinidad Botey,  da Guiné- Equatorial, espera que após a Cimeira os Estados africanos  passem a olhar  mais para  os jovens, criando cada vez mais instituições de ensino universitário de qualidade e programas juvenis para a melhoria da sua capacidade.
 “Gostaríamos de ter também cá, na Guiné-Equatorial,  universidades com qualidade comparada a de outros países da Europa ou da América”,  desabafou, referindo que muitos jovens,  os que têm possibilidade,  vão ao estrangeiro adquirir conhecimentos, o que  não seria necessário se o país tivesse.
 “A juventude equato-guinense tem muitas necessidades e a falta de emprego junta-se a este  leque, assim como o acesso as tecnologias de informação “, acrescentou.
 O país precisa de quadros em todas as áreas do saber, daí  a necessidade dos Estados apoiarem cada vez mais a camada juvenil porque os jovens são a força motora de desenvolvimento de um país, concluiu.
 Os Chefes de Estados e de Governo garantiram no final  na sua 17ª Cimeira, que decorreu de 30 de Junho a 1 de Julho, em Malabo, Guiné Equatorial,   o total apoio da União Africana à juventude africana,  com vista a serem de facto substitutos capazes de suceder os  líderes  africanos e dar continuidade à luta no continente.

FONTE: ANGOP

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