A par de países desenvolvidos, região tem 12% de polícias femininas; relatório cita Brasil como exemplo de aplicação de legislação sobre violência doméstica.
Nova Iorque- A maior proporção de mulheres na polícia é encontrada na África Subsaariana e em países desenvolvidos, com 12% a 13% respectivamente, aponta um novo estudo das Nações Unidas.
O documento “Progresso nas Mulheres do Mundo: Em Busca da Justiça” indica, entretanto, que o Norte de África e Médio Oriente têm a proporção mais baixa com 2% a 3%.
ONU Mulheres
Trata-se do primeiro grande informe desde o lançamento da ONU Mulheres, em Janeiro de 2011. A directora executiva da agência, Michelle Bachelet, disse que como as mulheres são a metade da população mundial, as constatações do relatório constituem um chamamento à acção.
De acordo com a pesquisa, em mais de 139 países foram alcançados progressos em legislações indicando, entretanto, que mulheres em todo o mundo continuam a viver experiências de injustiça, violência e desigualdades na vida diária e no trabalho.
Igualdade de Género
A África do Sul é indicada como exemplo de conciliação das leis constitucionais e os direitos costumeiros com a aplicação de medidas de igualdade de género por tribunais tradicionais.
No documento é citado o caso da introdução da lei Maria da Penha, no Brasil, como exemplo de aplicação de uma legislação mais forte sobre violência doméstica no país, a partir de intervenção feminina.
Adopção da Legislação
Maria da Penha, que após ter sofrido ataques do marido, incluindo uma tentativa de a electrocutar que a deixou paralisada, levou o caso a um tribunal interamericano dos Direitos Humanos, no que veio a culminar com a adopção da legislação contra a violência doméstica no país.
O relatório aponta haver uma desconexão entre as leis no papel e a realidade no terreno, considerando importante que governos implementem as medidas adoptadas.
Michelle Bachelet faz notar que uma igualdade total precisa que a mulher se torne completamente igual aos olhos da lei – nos seus países, nas suas vidas e na esfera pública.
Fonte: Rádio ONU
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