Benguela - Mulheres de vários estratos sociais do município de Benguela foram hoje esclarecidas sobre a importância do dia 31 de Julho, consagrado às mulheres africanas, numa palestra promovida pela administração municipal.
A chefe de repartição municipal da Família e Promoção da Mulher, Josefina Marques, que presidiu a palestra, explicou aos presentes que foi em 31 de Julho de 1962 em que um grupo de mulheres se reuniram na Tanzânia, numa conferência que criou um órgão de mulheres para incentivar a participação feminina na luta pela independência dos seus países.
Segundo a palestrante, o fórum inicialmente chamou-se conferência das mulheres africanas e reuniu-se em 1974 com a denominação de OPM (organização pan-africana das mulheres), onde fizeram parte deste evento algumas mulheres representadas pelos países como Angola, Moçambique, Senegal e Camarões.
“Em Angola, a OMA foi a fundadora que tomou parte da constituição da OPM, com uma delegação da mulher angolana, sendo até hoje membro activo desta organização”, frisou.
Disse ainda que o objectivo que norteou a criação deste órgão foi de formar uma parceria forte na perspectiva de manter uma visão comum baseada no desenvolvimento económico de África e atingir uma taxa de crescimento de mais de sete porcento ao longo dos próximos 15 anos.
A boa governação política, a prevenção de conflitos, estabilidade política, a erradicação da pobreza e o combate do HIV/Sida, a erradicação do analfabetismo e a estabilidade da paz foram outros objectivos apontados pela chefe de repartição.
Por sua vez, o administrador municipal de Benguela, José Manuel Lucombo, considerou o continente africano onde existe mais disparidades sociais, pobreza e discriminações de todo tipo, aliados ao desenvolvimento socioeconómico retardado.
Acrescentou que essas perspectivas apontam de certa maneira para um desequilíbrio que tende a desfavorecer o povo africano.
Enfatizou que durante a reunião extraordinária da região da África Austral realizada recentemente em Moçambique foi subscrita uma carta denominada declaração de Maputo que reconhece o lugar das mulheres africanas, seu papel na implementação de medidas a tomar e no concernente ao desenvolvimento sócio-cultural económico do continente africano.
Manifestou ainda a sua satisfação pelos cinco porcento de mulheres pertencentes a comissão da União Africana e a eleição de uma considerável presença feminina como candidata à presidência do parlamento pan-africano.
As comemorações alusivas ao dia 31 de Julho decorrem sob o lema “A consolidação da paz, reconciliação nacional, harmonia social e solidariedade entre mulheres africanas”.
Fonte:ANGOP
Foto: google
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