terça-feira, 5 de julho de 2011

Ministra Fátima Jardim participa na Convenção de Meio Ambiente e Desenvolvimento em Havana

Havana – A ministra angolana do Ambiente, Maria de Fátima Jardim, declarou hoje, terça-feira, em Havana, que as práticas e mecanismos que potenciam os países para a diminuição dos danos ambientais continuam a afectar o equilíbrio e a sustentabilidade do planeta e do desenvolvimento.
 A governante angolana teceu estas considerações na cerimónia de abertura do fórum sobre a Convenção de Meio Ambiente e Desenvolvimento, que decorre no Palácio das Convenções de Havana ( Cuba), de 4 a 9 de Julho.
 Fátima Jardim recordou que a estratégia global concebida no Rio de Janeiro ( Brasil) com a Agenda 21, reafirmada na Conferência do Desenvolvimento Sustentável na África do Sul, dez anos depois, continuam a promover eventos e a apreciação de debates e factos, com o objectivo de superar os obstáculos, ajustando as imprevisibilidades que interagem com o desenvolvimento.
 Os países africanos concertam-se cada vez mais em posição comum, afirmando ser necessário não só a interacção com os desenvolvimentos e o diálogo permanente como também no estreitamento de relações de colaboração e cooperação entre as partes, através de programas para a preservação da biodiversidade, o combate à pobreza, à desflorestação, seca e desertificação - disse.
 Para a ministra, a monitoria nacional integrando a transferência de tecnologias, capacitação e troca de experiências e o financiamento apresentam-se como imprescindível, pois não se pode continuar sem a concretização dos desafios globais e sem que os mesmos signifiquem melhores dias para o continente e para as gerações vindouras.
 Falando da política africana sobre a matéria, Fátima Jardim apresentou alguns esforços realizados em África em prol da formação de novas consciências para vencer o analfabetismo, os males endémicos como o HIV e o paludismo, a fome e a pobreza para que novas práticas possam ser adoptadas para se ultrapassar a fragilização das economias.
 Segundo a governante, África realizou em Junho último a Cimeira em Brazzaville ( República do Congo) onde abordou questões ligadas às três Bacias Florestais do Mundo.
 “ A Floresta Tropical da Bacia do Congo, que inclui Angola, é transformada hoje numa área de protecção importante que necessita de ser financiada, de formação e intercâmbio, recolha de dados, estudos e pesquisa” - asseverou.
 A biomassa em África representa 11 porcento do total de toda energia primária consumida no mundo. A produtividade média da biomassa cultivada em climas tropicais e subtropicais é mais de cinco vezes superiores à biomassa produzida em regiões de clima temperado da Europa e América do Norte.
  Referindo-se aos esforços realizados pelo Executivo angolano em matéria do Ambiente, Maria de Fátima Jardim disse que Angola está a descentralizar as questões ligadas ao ambiente com a nova Lei de poder local e as áreas verdes e o ordenamento continuam como preocupações de sustentabilidade.
 “O programa do Governo para a pobreza permitirá reduzi-la, nos próximos cinco anos, criando premissas para a auto-suficiência alimentar e práticas agrícolas sustentáveis. Neste programa incluímos o processo participativo e multissectorial, legislação, questões sobre o uso da terra, gestão dos recursos naturais e a protecção dos direitos das comunidades - adiantou.
 Sustentou que Angola está a urbanizar e elaborar planos de ordenamento para todo o país e integrar a Rede das Áreas de Conservação no aproveitamento do território.
 "Estamos a construir um milhão de casas e a taxa média demográfica representa 4.4 porcento - explicou a governante angolana.
 Nesta deslocação transatlântica, a titular da pasta do Ambiente faz-se acompanhar do vice-ministro de Ordenamento do Território, Manuel Júnior, e funcionários seniores do seu pelouro.

Fonte : ANGOP

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