quinta-feira, 3 de maio de 2012

Relatório Commodities e Desenvolvimento 2012 relata que aumento dos preços das matérias-primas e de bens agrícolas básicos está prejudicando países pobres

O aumento dos preços das matérias-primas e de bens agrícolas básicos está prejudicando países pobres mais do que os ajudando com os rendimentos das exportações de commodities, por conta da elevação dos custos dos alimentos e dos combustíveis. Essa foi uma das conclusões do Relatório Commodities e Desenvolvimento 2012, um estudo lançado dia (23/04) na 13ª sessão da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), em Doha, no Catar. 
A Vice-Secretária-Geral Asha-Rose Migiro na cerimônia de abertura da UNCTAD XIII, em Doha, no Catar. (ONU/ Eskinder Debebe).O relatório destacou que desde a crise dos alimentos em 2008, os preços têm sido voláteis e altos, e consequentemente as famílias pobres permancem profundamente vulneráveis, pois normalmente elas gastam 50% ou mais dos seus rendimentos em alimentação. As sessões da UNCTAD XIII são realizadas a cada quatro anos e o tema deste ano é “Globalização centrada no desenvolvimento: rumo ao crescimento e desenvolvimento inclusivo sustentável”.
Para o Secretário-Geral da Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD), Supachai Panitchpakdi, os ganhos do sistema comercial global da última década foram perdidos nas crises recentes. Ele avalia que, em equivalência com um mundo cada vez mais multipolar, a Conferência deveria servir de uma plataforma central para que os Estados-Membros partilhem experiências e lições aprendidas.
Já para a Vice-Secretária-Geral da ONU, Asha-Rose Migiro a UNCTAD XIII constituiu uma oportunidade para enfrentar cinco desafios principais: identificar as medidas necessárias para restaurar o crescimento da economia global; examinar as causas da crise, especialmente as de natureza sistêmica, e identificar medidas para prevenir a sua recorrência ; identificação de políticas de comércio que apoiem os esforços para enfrentar as alterações climáticas; tornar a globalização mais inclusiva e, finalmente, libertar todo o potencial dos negócios internacionais.
Criada em 1964, a UNCTAD promove a integração dos países em desenvolvimento na economia mundial e busca ajudar a dar forma aos debates de políticas e propostas para o desenvolvimento. A UNCTAD fortalece a mensagem que o atual sistema financeiro e econômico global permitiu que alguns participantes colhessem benefícios, enquanto a desigualdade de renda mundial e os desequilíbrios financeiros cresciam.


Fonte: ONU Brasil 

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