quinta-feira, 10 de maio de 2012

Mulheres são titulares de 48% das terras na reforma agrária


Em 2001, percentual de assentadas com título era de 13%

As mulheres são titulares de 48% das terras destinadas à reforma agrária, entre 2008 e 2010, de acordo com os dados do Sistema de Informação do Programa de Reforma Agrária (Sipra), do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), divulgados na terça-feira (8). Em 2001, 13% das assentadas tinham o título do lote.
 De acordo com o Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), o índice é reflexo de duas normas instituídas  há menos de dez anos: a portaria nº 981/2003, publicada pelo Incra, que estabeleceu como  obrigatória a titulação conjunta dos lotes da reforma agrária para homens e  mulheres em situação de casamento ou de união Instruestável; e a Instrução Normativa nº 38/2007, também do Incra, que ajustou os procedimentos e instrumentos de inscrição de candidatas ao Programa Nacional de Reforma Agrária. 
As medidas jurídicas elevaram o índice de atuação das  mulheres em aproximadamente quatro vezes ao assegurar a participação feminina, independentemente do estado civil, sendo que as chefes de família tiveram prioridade. A implementação da portaria nº 981 garantiu à produtora rural Francisca Antonia de Lima Carvalho, do assentamento Lajes do Meio, em Apodi, no Território da Cidadania do Sertão do Apodi (RN), dividir com o marido mais do que as responsabilidades de um lar. Desde o primeiro ano de vigência da norma, ela também compartilha o direito do registro da terra, onde vive também com os dois filhos, de sete e 11 anos.

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