A Cia. Baobá de Dança - Minas, fundada em 1999, por Júnia Bertolino, William Silva (bailarino e coreógrafo) e Jorge Áfrika (músico), surgiu para estimular e propor a representação e valorização das matrizes africanas no cenário das artes cênicas de Belo Horizonte, por intermédio da dança, da música, da poesia e do teatro, partindo-se de pesquisas sobre a presença dessas matrizes no panteão da cultura nacional.
Mulheres de Baobá é o mais novo espetáculo da Cia composto de declamações performáticas de poemas brasileiros, inspirados em poetisas, escritoras e performers que retratam a narrativa africana/afro brasileira como: Conceição Evaristo, Leda Martins, Elisa Lucinda e Jussara Santos. Sendo essas declamações embaladas por cantigas populares afro-brasileiras que retratam a religiosidade, a mulher, a arte e a poesia. Essa montagem, conta com 12 (doze) integrantes: Vinicius Moreira, Hiran Donato e Rodrigo César (Percussão); Lú Silva, Gabriela Rosário, Marisa Veloso, Júnia Bertolino, Fabiana Silva, Camila Santos, Letícia Moreira e Maiara Lourenço (Bailarinas); Aidê Leandro e Lú Silva, (Figurino); Érika Rocha (Produção); Marisa Veloso, Aidê Leandro e Dora Cabelereiros ( Maquiagem e Cabelo); Rubens Aredes, (Preparação Cênica); João das Neves, (consultoria, Geraldo Otaviano (iluminação) e Júnia Bertolino, (Direção e Coreografias).
As fotos são de Patrick Arley.
O universo feminino é explorado nesse espetáculo por intermédio das palavras, gestuais, figurinos e cantos. Apresentando desde mulheres ancestrais que trazem o saber, a fé, a garra e a alegria da dádiva de ser mulher; às mães, profissionais liberais e artistas que transitam pela modernidade e a tradição, o profano e o sagrado, a oralidade e a academia, o rural e o urbano, o visceral e o sutil em meados de segundos. Corroborando o significado do Baobá, mãe e pai (bá e obá), grande árvore de tronco robusto e raízes fartas, que simboliza o continente africano. Assim, expressar a narrativa do feminino é valorizar a arte negra, e reconhecer o forte papel da mulher na vida, na beleza e na geração de um mundo melhor.
Nas montagens da Cia Baobá de Dança – Minas, a cultura popular e a arte negra são as principais fontes de pesquisas e aprendizagem constantes. Sendo os griots (conhecidos como os contadores de histórias) que exercem uma função importante nesta cultura, tendo a responsabilidade de transmitir ensinamentos dos antepassados, uma outra fonte de inspiração para Cia Baobá, que procura explorar através do teatro, do canto, da música e da dança valores e temáticas importantes da cultura africana e afro-brasileira como: oralidade, memória, ancestralidade e identidade, sobretudo o notório saber dos mestres populares e a valorização da mulher (através do matriarcado).
A Cia. Baobá de Dança - Minas completou 11 anos de trajetória com o lançamento do espetáculo “Ancestralidade: Herança do Corpo” concebido, dirigido e coreografado por Júnia Bertolino. Sendo que o grupo começou encenando as performances: Fertilidade e Canto de Amani - homenagens aos filhos da coreógrafa: Jahi Amani (dignidade e paz) e Dandara (rainha negra e mulher guerreira). E que o espetáculo Quebrando o Silêncio, antecedeu o “Ancestralidade: Herança do Corpo”. Atualmente segue com diversas ações na cidade Centros culturais e escolas públicas e fóruns. O III Prêmio Zumbi de Cultura e Comemoração da Consciência negra no Palácio das Artes em Parceria com a Fundação Clóvis Salgado é mais uma das atividade da Cia Baobá de Dança - Minas para valorização dos mestres populares e artistas, sobretudo da arte negra. Premiando todo ano 10 (dez) pessoas qie se destacam com temáticas e arte negra na cidade.
CONTATO : Júnia Bertolino (Diretora e Coreógrafa)
(31) 99176762 ou 3467-6762
site: www ciabaoba.com.br
http://www.myspace.com/ciabaoba www.uniblog.com.br/juniabertolino/
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