Experiências nacionais são exemplo para cooperação sulamericana; projeto do PNUD e do Brasil no Haiti é um dos que podem ser replicados
Terminou nesta sexta-feira (25) o I Fórum Sul-Americano de Cooperação Internacional em Saúde. Representantes de governos, organismos internacionais, agências da ONU e especialistas reunem-se por três dias no Rio de Janeiro para discutir a situação atual da cooperação internacional em saúde na América do Sul.
O Fórum, aprovado pelo Conselho de Ministros da Saúde da UNASUL (União de Nações Sulamericanas), busca promover a integração regional ao compartilhar experiências e identificar potenciais parceiros para lidar com os desafios comuns na área da saúde enfrentados pelas nações sulamericanas.
Para o Coordenador do Sistema ONU e Representante do Programa das Nações Unidas (PNUD) no Brasil, Jorge Chediek, parte destes desafios está refletida nos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. “Os avanços na saúde materna, por exemplo, são de especial importância, pois acredita-se que eles possuam impacto significativo em outras áreas do desenvolvimento humano como redução da mortalidade infantil e combate ao HIV/AIDS”, comenta Chediek, que participou do evento.
No âmbito sul-sul, o Brasil tem se destacado em diversas esferas da assistência humanitária internacional. A cooperação na área de saúde tem se desenvolvido tanto de forma bilateral quanto por intermédio de organismos internacionais, como a ONU.
Cooperação em saúde com o Haiti
Atualmente, o PNUD realiza no Haiti o maior projeto de cooperação internacional do Ministério da Saúde brasileiro, no valor de quase R$ 100 milhões. A sua primeira fase compreende a aquisição de 30 ambulâncias, a construção de quatro hospitais, de um laboratório de próteses e dispositivos ortopédicos e de um centro de reabilitação.
Executado pelo PNUD, o projeto faz parte de um acordo trilateral entre os Ministérios da Saúde do Brasil, de Cuba e do Haiti, no contexto de reconstrução daquele país – devastado pelo terremoto que atingiu a ilha, em 2010. Além das instalações e dos equipamentos – financiados pelo governo brasileiro –, um amplo programa de capacitação e treinamento é oferecido por equipes cubanas, que possuem um longo histórico de cooperação com o Haiti.
Para o responsável pelo projeto no PNUD Brasil, Joaquim Fernandes, existe tanto a necessidade como o potencial para replicar a experiência em outros países da região. "Embora em melhores condições de desenvolvimento, a América Latina enfrenta, de certo modo, desafios similares aos do Haiti na área de saúde. Para que o Brasil continue a transferir conhecimento e tecnologia, é preciso que a outra ponta apresente capacidade de gestão - e isso está presente nos vizinhos sulamericanos", explica Fernandes.
do PNUD
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