Fato desconhecido da maior parte dos cinéfilos no Brasil, a Nigéria tem uma indústria cinematográfica expressiva, com uma produção anual de títulos que rivaliza com as dos Estados Unidos e da Índia. Para revelar ao público brasileiro um pouco da cinematografia desse país africano, a Caixa Cultural do Rio de Janeiro inaugura amanhã (6) a mostra Nollywood – O Caso do Cinema Nigeriano. Até o próximo dia 18, serão exibidos 12 filmes produzidos desde 1992 e que têm nos demais países da África seu principal mercado.
O nome Nollywood, que batiza a indústria cinematográfica da Nigéria, é uma óbvia referência a Hollywood e sua congênere indiana, Bollywood. Embora feitos com equipamentos simples e rodados em poucos dias, com um custo de produção que varia de US$ 4 mil a US$ 100 mil, os filmes nigerianos empregam milhares de profissionais e respondem por 90% do consumo cinematográfico do país.
“Foi um desafio eleger 12 filmes de uma cinematografia vastíssima e inédita no Brasil”, disse Maria Pereira, curadora da mostra, juntamente com o cineasta e produtor nigeriano Bond Emeruwa. “Nós pré-selecionamos 35 filmes a partir de sua relevância na história de Nollywood, seja pelo êxito comercial alcançado, pelo debate que foi capaz de provocar na sociedade ou pela notoriedade internacional obtida”, explicou.
Considerado marco inicial de Nollywood, o filme Living in Bondage (1992), de Chris Obi Rapu, abre a mostra, às 15h30 de amanhã. Entre os títulos a serem exibidos, está o premiado Tango With Me, lançado este ano. Com mais da metade das obras faladas em inglês, os filmes nigerianos conquistam espectadores em todo o continente, tendo como seu principal meio de difusão os canais de TV via satélite e a internet.
Profissionais de destaque da indústria cinematográfica do país africano vêm ao Rio para o festival e participam na Caixa Cultural, entre os dias 14 e 17, sempre às 19h, de debates sobre o cinema de Nollywood. Os ingressos para a mostra custam R$ 2, a inteira, e R$ 1, a meia-entrada. A Caixa Cultural fica na Avenida Almirante Barroso, 25, no centro do Rio.
Fonte : Agencia Patricia Galvão
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