Por Vanessa Cunha
A Fundação Cultural Palmares recebeu, na última semana, a visita de Alison Moses, consultora da União Africana. Esta importante instituição é formada por 53 países africanos, que ocupam praticamente todo o continente. No Brasil há alguns dias, a consultora está em missão para conhecer instituições públicas e da sociedade civil que tratam de ações afirmativas e inclusão social para desenvolvimento socioeconômico das sociedades afrodescendentes.
O Diretor do Departamento de Fomento e Promoção da Cultura Afro-Brasileira, Martvs das Chagas, que presidiu a reunião, explicitou que o desafio da Fundação Palmares é tornar a cultura aliada imprescindível na luta a favor da ascensão econômica da população afrodescendente, por meio de práticas como as da economia criativa. A consultora louvou o trabalho da Fundação neste campo e informou que a União Africana partilha dessa preocupação de limar a miséria a partir da valorização de ativos culturais do povo negro.
A consultora informou que a União Africana considerará a organização de uma representação na América Latina para ajudar na aproximação dos continentes e fomentar projetos de cooperação e intercâmbio no âmbito do diálogo sul-sul. Recomendará em seu relatório, inclusive, que a União Africana indique o Brasil como próximo país-sede do Festival Mundial das Artes Negras (FESMAN), em que o Brasil participou nas suas três edições, todas em países africanos.
Sempre em clima bastante cordial e produtivo, a reunião serviu para desenvolver um contato institucionalizado entre nosso país e o continente africano, para que ambos possam atingir seus objetivos de erradicar a miséria, que atinge mais a população negra, e ascender à inclusão social um povo que contribui de forma tão importante no desenvolvimento das mais diferentes nações do mundo.
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