por Mônica Aguiar
Modelos desfilaram no dia (25/03), na Avenida
Paulista, em São Paulo, em protesto contra o
estilista Ronaldo Fraga.
Na semana passada, a utilização de perucas e
apliques de palha de aço na cabeça de modelos
em desfile na São Paulo Fashion Week, causou
polemicas e abriu o debate nas redes
sociais entre as militantes do movimento negro
com sociedade sobre os esteriótipos que as
mulheres negras sofrem .
O evento foi organizado por uma agência de modelos negras que usaram a palha de aço como
O evento foi organizado por uma agência de modelos negras que usaram a palha de aço como
tecido das roupas que usavam. O grupo contestou a atitude e as perucas colocando nas cabeças,
lindos turbantes .
lindos turbantes .
Em entrevista na ocasião, o estilista justificou que sua proposta não foi entendida negando frustração,
afirmou que jamais pensou na associação da palha de aço com a questão racial.
Disse que o material remeteria às antenas dos aparelhos de televisão, que antigamente recebiam bolinhas
de bombril em suas pontas para melhorar a imagem da transmissão dos jogos de futebol.
afirmou que jamais pensou na associação da palha de aço com a questão racial.
Disse que o material remeteria às antenas dos aparelhos de televisão, que antigamente recebiam bolinhas
de bombril em suas pontas para melhorar a imagem da transmissão dos jogos de futebol.
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Mas uma vez, outra atitude
racista com relação a imagem da mulher negra, novamente apontada nos estereótipos
que corrompem nossos traços e características naturais. Assistimos esta nova versão entre capítulos longos com muita tristeza e dor .
Atitudes como esta, que ainda são justificadas, tem cunho danoso e cruel , deixa
seqüelas irreparáveis, pois sempre
vem agregados de valores preconceituosos
e discriminatórios.
Estes estereótipos evidenciam
as mais diversas manifestações do
racismo, promovem criticas comparativas a algo indesejado ou a
alguma mercadoria de consumo rápido e barato. Remetem a imagem da mulher negra a uma estilo imposto
de subserviência, vista ainda por alguns não como ser humano mas como artefato, totalmente isenta de sonhos e de sentimentos.
Mas a verdade, nossos cabelos formatam e destacam nossa expressão e identidade racial, nos propõem
para além da estética, liberdade e
sobretudo sonhos , desejos e autoestima.
Fonte: Inst. Luiz Gama / Foto: J. Duran Machfee / Futura Press/ Estadão Conteúdo
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